Interessa a todos, em especial aos que se recusam a meter a cabeça debaixo da areia ficando à espera que o povo esteja preparado para receber a notícia de que a UE já é um cadáver.
O “eixo” franco-alemão morreu. Esta morte é antiga e convém dizer aqui que este “eixo” nunca funcionou como o dava a entender a imagem feliz difundida em França.
O eixo entrou em agonia desde que a Alemanha levou a cabo a sua reunificação. As tentativas de o manter confrontaram-se com a realidade de uma Alemanha que, tendo recuperado a sua soberania, já não precisava de uma aliança especial com a França.
É verdade que as hesitações, recuos, dos dirigentes franceses, de Nicolas Sarkozy a François Hollande, acabaram por lhe pôr termo. Por falta de coragem para falar com firmeza com a Alemanha e a confrontar com as suas responsabilidades, temos agora de enfrentar uma crise muito pior do que se em 2010 ou em 2011 tivéssemos encostado à parede os dirigentes alemães e dissolvido a zona euro.
Só nos teremos realmente desembaraçado da UE quando o sucessor estiver instalado. Mas, para realmente começarmos a trabalhar, é evidente que teremos necessidade de uma classe política, no poder ou na oposição, diferente da que existe hoje em França.
As eleições francesas podem mudar o rumo dos acontecimentos. Se houver uma maioria anti-UE no parlamento francês a UE acaba de vez. E pelo descontentamento dos francesas em manifestações violentas, isto pode mesmo acontecer.
ResponderEliminarDevo dizer que são certas afirmações feitas por certas pessoas que realmente me assustam. Numa Democracia, a classe política reflete, para bem ou para mal, a imagem da população que a elege. Nenhum sistema democrático está imune à demagogia, ao carreirismo, à corrupção e por aí a fora. Convém lembrar que a Democracia Liberal é só o pior de todos os sistemas, com exceção de todos os outros. Por isso, se o que Sapir defende são ruturas desta natureza, desculpem mas comigo não contam. Não acredito em Reis Filósofos. Aliás, os exemplos na Europa, na Hungria ou na Polónia, de recomposição completa dos sistemas parlamentares, não são nada egrégios... Isto para já não falar da recomposição do sistema parlamentar de um País como a Venezuela, que agora se prepara provavelmente para uma recomposição de sinal contrário, com todo o revanchismo que daí segue (o Brasil vive uma situação semelhante, mas menos grave).
ResponderEliminarEm minha opinião a proposta de uma Europa
ResponderEliminarDas nações do Atlântico aos Urais, feita pelo célebre cabo de guerra Francês Charles De Gaulle continua a ser a melhor ate hoje lançada. Uma Europa que urge para substituir uma União Europeia tecnocrática que se mostra incapaz de fazer face aos grandes desafios da nossa época.
Os tempos são outros, dizem e, e´ verdade. Mas a Europa continua com o traçado de sempre.
Sem rejeitar outras ideias sobre a configuração da Velha Europa, acho que seria útil e agradável estudar a proposta do General De Gaulle.
Antes que fiquemos sob as botas do TIO SAM e marchar em passo de ganço ALEMAO.
Uma Europa sem o RU fica amputada, mas sem um tronco forte como a Rússia fica a merce de qualquer predador…Atinem nisso! De Adelino Silva
Um Euroentusiasta de alta convicção disse que a Europa "caminhava para o abismo", chama-se ,Jacques Delores, mas não foi hoje que estas palavras foram pronunciadas, foi à cerca de cinco anos.
ResponderEliminarAlém disso parece também caminhar para o centralismo burocrático e para o autoritarismo. O filosofo francês Jean Paul Sartre , em declarações ao jornal" Le Monde " , no final da década de 70 pronunciou o seguinte: "A Europa pode vir a transforma-se numa América Latina."
Já só fica a faltar a NATO.
ResponderEliminarA Nato?
ResponderEliminarAh...são tão queridos quando andam de chupeta agarrada à Nato e a outras coisas maiores.
Parecem gente crescida até.
E permite vencer os traumas pela cobardia sentida no fundo dos quartéis do regime, sentida pelos saudosistas do mesmo regime no dia histórico do 25 de Abril