quarta-feira, 25 de maio de 2016

O mínimo que podemos fazer...

…perante a corajosa luta dos estivadores do porto de Lisboa, incluindo uma greve às horas suplementares, quando muito reveladora, nos seus efeitos, da escassez de trabalhadores neste sector, é associarmo-nos à solidariedade manifestada pela CGTP, divulgando o seu comunicado. Este sintetiza o que está em jogo numa luta com ressonâncias mais gerais, dado o exemplo de combatividade de classe contra a precariedade e em defesa da contratação colectiva.

Entretanto, é deprimente, mas eventualmente revelador, ver a Ministra com a tutela da área, Ana Paula Vitorino, numa intervenção de resto confusa, falar de privilegiados, precisamente a velha retórica das direitas que temos de superar, indicando os perigos políticos de um alinhamento, incluindo policial, com um “terrorismo psicológico” dos patrões que cabe precisamente a um governo democrático impedir.

Bom, dada a reveladora manipulação instituída, o mínimo que podemos fazer é também divulgar testemunhos como estes (via Leonor Guerra):


11 comentários:

  1. O Sindicato das Mulheres-a-dias vai esperar os resultados deste processo para reclamar encarregar-se da organização das limpezas.

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  2. Jose, sabujão, voz dos donos disto tudo, vai dar banho ao cão.

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  3. Mais uma vez um post corajoso contra a onda de desinformação e de manipulação.


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  4. Curiosamente (ou talvez não) lê-se aí em cima um comentário boçal e grosseiro dum tipo a falar sobre o "sindicato das mulheres-a-dias".

    Tal comentário sintetiza o ódio de classe de alguém que faz o que pode pela sua, mesmo que tal assuma por vezes um carácter próximo do esgoto.

    Registe-se a forma como de uma assentada se tenta vilipendiar por um lado uma luta justa mas por outro mostrar todo o desprezo ( de classe) a raiar o abjecto perante os que trabalham.

    Este mesmo tipo que assim se exprime e que confere ao seu depoimento o tom de vómito, postava há escassas horas uma ladainha tola e ignorante sobre a "moralidade"
    "Quanto à moralidade, tratou a esquerda de o demonizar para além de qualquer retorno".

    Vê-se assim a verdadeira "moralidade" destas coisas.

    Será por isso que quando o mesmo tipo fala em "chulos e clientes" o que está a fazer é o habitual jogo de espelhos.
    Coisas de públicas virtudes, privados vícios. Como a "moralidade"

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  5. Inepto e trafulha Cuco.
    Mais uma vez manipulas frases a teu jeito mas, porque até nisso és incompetente, temos um problema de género: a moralidade / o demonizar.
    Sem vergonha nem emenda.

    Quanto às mulheres a dias, a D.Conceiçã que vem cá a casa quando a chamo, tem muita mais classe do que tu.

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  6. Estive a ouvir as Flores no Cais.
    Quanto aos números do dinheiro que chega a casa ouvi de 100 a 1200 e nunca 5000.
    Quanto às horas/dia de trabalho, 16 horas é uma forte tendência.

    Ora isto é muito revoltante. E se é o sindicato que organiza os turnos, esses tipos são uns bandalhos sujeitando as famílias a tais condições.
    A não ser que as florzinhas não contem toda a história...

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  7. Para o coitado do "problema do género" e da manipulação de frases:

    "Quanto à moralidade, tratou a esquerda de o demonizar para além de qualquer retorno".
    Citação ipsis verbis duma frase postada aqui no LdB a 25 de maio de 2016 às 10:43 pelo mesmo que tem problemas de género.

    http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/05/os-fundilhos-do-mundo-ao-avesso.html

    Isto de citar ipsis verbis os disparates de outros faz com que se colem os ditos disparates ao inocente citador.
    Sorry mas a verdade dos factos é sempre revolucionária.

    ( mas não terá o mínimo pingo de vergonha?)

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  8. "Cuco? Manipulas? Tu?"

    Hummm.. Deve estar com toda a certeza equivocado
    O "moralista" que anda a invocar os seus "chulos e clientes" tem um problema.

    Provavelmente está habituado a tratar os demais por esta forma coloquial.Lá em casa terá bebido tal educação? Será um imitar do ouvir dizer nos seus tempos de meninice? Será que isto está relacionado com o problema desta estória das "mulheres-a-dias, marca da snobice maior de putrefactos marialvas a cair da tripeça?

    Pois é, mas não passa

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  9. Parece que o que o das 12 e 28 está um pouco acabrunhado pelo facto do que o que ouviu não coincidir com o aprendizado nas suas aulas de "inepto e trafulha" ( estou a citar, embora se tenha demonstrado com a verdade dos factos que é mesmo disto que também se trata)

    Mas mais do que acabrunhado, o que se regista é sobretudo a frustração. A frustração, a irritação e o pé-de-chinelo perante os dados.

    Que fazer perante tal, pensará o dito cujo das 12 e 28?
    Recorrer ao vocabulário típico de quem odeia o trabalho e os trabalhadores("sindicato das mulheres-a-dias, florzinhas") insinuando e utilizando também os truques das alcoviteiras de todos os tempos.

    Tal qual um velho trôpego a babar-se

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  10. Na última luta dos Estivadores,
    os argumentos dos testas de ferro dos interesses instalados, para fazer passar a lei do Trabalho Portuário,

    passavam por referir que "a lei seria só faz de conta..."

    depois, na negociação, resolvia-se a "coisa"...

    pois, agora o argumento para defender a posição dos empregadores... é a lei!

    ( até direcções sindicais do sector portuário, aceitavam/defendiam o faz de conta da lei, para descredibilizar a luta dos Estivadores).


    Resolver a "coisa",
    seria abdicar de defender os Estivadores sem direitos e,

    entregar os futuros Estivadores...aos cães!

    Contrariamente aos estivadores do Porto de Leixões que, traindo a classe, não perderam um tusto
    - ainda por cima são dados como um grande exemplo...de bom comportamento! -

    os Estivadores do Porto de Lisboa, continuam a lutar pela classe, não se vendendo.

    Era tão fácil, deixarem-se comprar!

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  11. dia 16 de Junho há uma Manif de apoio aos estivadores e à luta contra a precarização do trabalho. Apareçam!

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