«O que é falso, e basta olhar para a lei, é dizer-se que a carência não tem nada a ver com os contratos de associação. Os contratos de associação têm como pressuposto absoluto a carência. E portanto onde não há carência, não há pressuposto para celebrar estes contratos. Quando em Junho de 2015 o anterior governo abriu um procedimento para celebrar 79 novos contratos, abriu o respectivo aviso por freguesias. E quando abriu esse aviso por freguesias, e quando tentou visar estes contratos no Tribunal de Contas, o Tribunal de Contas perguntou como é que se abria por freguesias. Como é que se compaginava a suposta concorrência com a abertura por freguesias? Naturalmente, só os colégios localizados naquelas freguesias é que podiam concorrer...
E eu permito-me ler os esclarecimentos que o Ministério da Educação da altura deu ao Tribunal de Contas. Diz assim: "É pois em concretização desta fundamental regra base da Lei 9/79 que o Estado, nos primeiros contratos de associação celebrados no âmbito deste novo estatuto, procedeu à delimitação das áreas geográficas de implantação da oferta através do critério das áreas carenciadas de rede pública. (...) A liberdade de escolha ou opção das famílias entre o ensino público e o privado não se faz através de contratos de associação. Não nos esqueçamos, com efeito, que, como estabelece o n.º 2 do artigo 16º dos Estatuto, os contratos de associação são celebrados com vista à criação de oferta de ensino, o que só se pode compreender na lógica da atenuação das lacunas e carência da rede pública". Esta é a lógica que presidiu, e que continua a presidir, aos contratos de associação. E por isso, qualquer assunção de compromissos plurianual, que obrigue o Estado a abrir contratos quando não há carência é ilegal.»
Alexandra Leitão, Secretária de Estado Adjunta e da Educação, no Prós e Contras da passada segunda-feira, dedicado aos contratos de associação (via Geringonça).
Ainda sobre a Escola
ResponderEliminarA meu ver o que se passa e´ que a direita esta´ a instrumentalizar os mais jovens em manifestações favoráveis a´ rapina e contra si próprios. A ganancia pelo poder cega esta direita ultraconservadora.
São capazes de tudo para obterem o poder, ate´ autorizarem a gamar o Estado através de ilegalidades governativas …
Aqui o PS irmão gémeo do PSD mostra-se filho da mesma mãe, (social-democracia) mas de óvulo diferente.
Salvo seja. De Adelino Silva
Defina-se carência:
ResponderEliminar- Se há salas, não há carência?
- Se há salas e tudo o mais e não há transportes, não há carência?
E a plurianualidade.
Se o Estado tem planos para não suprir carências, não pode contratar pelo prazo em que entende não o fazer?
Se o estado fizer melhor negócio em contratar em vez de sustentar não pode negociar prazos?
Se se deixassem de merdas e se limitassem a dizer que querem contratar professores para a função pública e fazer obras em escolas, em vez de arengarem sobre pretensas imposições constitucionais ou ficcionais poupanças...a geringonça tem suas exigências.
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Porta-aviões ao fundo! Não há nada mais doce que calar o adversário com as suas próprias palavras...
ResponderEliminarcagalhão zé
ResponderEliminarao usares o verbo "sustentar" já te determinas
em suma
já dizes ao que vens
não tens credibilidade nenhuma
do que está na lei não dizes tu nada, pulha sarnento e cobarde
volta pró cano, merdoso (passe a redundãncia)
já foste o sabujo zé
és o cagalhão zé
mas a vida rola e gira
vais passar a ser - cobarde meio cagalhão zé
há que ser rigoroso nestas coisas
tu és um acintoso cobarde e não vales um cagalhão...fiquemos pelo meio cagalhão porque eu sou um gajo generoso
Se o fulano das 20 e 16 se deixasse de merdas sobre idiotices para entreter como "definições de carências".
ResponderEliminarE se se deixasse de outras merdas que nem sequer respeitam os mínimos da compreensão como este "não pode contratar pelo prazo em que entende não o fazer"?
E se assumisse de vez que o que ele quer é sustentar interesses privados à custa do erário público , contribuindo para a transformação da dívida privada em pública,paga por todos nós?
Enquanto tenta dar cabo do Escola Pública?
"ficcionais poupanças"?
ResponderEliminarFicaremos à espera da demonstração das "ficcionais poupanças". Ou ficaremos a saber que a treta dos neoliberais de direita-extrema é não só treta como a mentira lhes está incrustada nas merdas que dizem. E estas como se sabe também têm exigências próprias como o demonstra o comentário das 20 e 16
Quanto à celebração de contratos de associação pelo anterior governo foi o próprio Nuno Crato que se encarregou de anunciar que a celebração destes mesmos contratos ia deixar de estar dependente da inexistência ou insuficiência de oferta pública, ao nível do ensino básico e secundário.
ResponderEliminarOnde cabem agora aqui os joguinhos medíocres sobre o que "são carências" ou sobre o que são as "plurianualidades" ?
(Para além de se reconhecer a imensa ironia de ver o defensor da Lei e da Ordem - Nova e Velha - arremessar desta forma contra a Lei Constitucional)