É mais ou menos o que vem traçado no gráfico ao lado. Para lá de os valores do desemprego pós 2011 não serem comparáveis com os anteriores (quebra de série do INE), o gráfico até está subavaliado: não tem em conta os desempregados que emigraram, os desempregados desencorajados, os desempregados ocupados (que são considerados estatisticamente como empregados). O número de desempregados seria, pois, muito mais elevado. E o papel negativo do SMN seria ainda mais gravoso.
Isso é o que se concluirá olhando para as linhas do gráfico. E para explicar aquela mimetismo de tendências, arranja-se uma teoria que em nada justifica a realidade: a subida do SMN estaria a puxar para cima os salários, dificultando o emprego de novos empregados, o que se traduziria em desemprego prolongado. Na realidade, o peso do SMN no conjunto da massa salarial é bastante reduzido. Não é isso que faz desincentivar o emprego e fazer crescer o desemprego de longa duração. O desemprego sobe desde 2000 por causas que são bem mais profundas e que a Comissão Europeia não quer ver porque não lhe convém: o projecto do euro não está a funcionar e alarga os fossos entre as economias do centro e da periferia.
Mas se é a simetria das linhas que torna convincente a teoria oficial, parecendo estabelecer uma relação de causa-efeito, arranje-se uma outra, que nada tem - igualmente - a ver com a realidade:
E então não é que o SMN favorece a competitividade externa das nossas exportações? Mas como, se as exportações apenas dependem do mercado externo? Arranje-se então uma tese: os trabalhadores estão mais contentes com mais rendimento, tornam-se mais produtivos e conseguem produzir melhor e com maior eficiência. Produzem mais, o custo salarial por unidade desce, o que se traduz em preços mais baixos. Irrealista?
Detonem com esta "União" Europeia de uma vez por todas!!
ResponderEliminarJá chega de tantas malfeitorias, os eurocratas são um bando de verdugos que infligem torturas à maioria da população!
Quantas mais vidas vão ter que destruir estes fanaticos para que se diga um basta definitivo?!
Não, não e´ irrealista.
ResponderEliminarO problema e´ o egoísmo do explorador que a tudo se faz, agora descaradamente, para chegar ao topo da “pirâmide”. E pela ignorância do explorado…Que teima em ser explorado!
Logo apos a 2ª guerra mundial, o Topo das elites anglo-saxonicas, com apoio do Plano Marshall, diga-se, milhões de dólares made in USA, mais tarde o Eurodólar, para travar o avanço da cultura Soviética…criaram em ROMA a tal CECA-CEE da nossa desgraça. Implementaram na Europa uma cultura baseada na Hipocrisia.
E, e´ neste caldinho cultural que vivemos – ser Xico-esperto, ir a´ escola para que se eu nem sei ler-- viver a custa do parceiro. Cultura essa, que atingiu as camadas ditas superiores da sociedade portuguesa. Desculpem qualquer coisinha…de Adelino Silva
Arranje-se?*
ResponderEliminarEu defendo que o SMN como está causa muito desemprego e problemas económicos no nosso país. Mas não é o nosso SMN, é o da Alemanha, que devia ser 30% ou 40% mais alto, senão também não se exporta nada porque não há quem compre.
ResponderEliminarAi as estatísticas, são tão interessantes, têm um ar tão científico!!
ResponderEliminar!
Longa duração é tendencialmente pouca qualificação ou qualificação desajustada ao mercado - nada que o aumento do salário mínimo favoreça em termos de emprego.
Para os empregados o aumento do salário ou dá desemprego, ou aumento de produtividade ou aumento de preços.
Em resumo, nunca o aumento de salário mínimo favorece o emprego!
Pois as estatísticas são o que são.
ResponderEliminarMas a sua confrontação com o pensamento religioso/neoliberal expõe de forma cruel os axiomas deste.
Ou seja a actos contrapõem-se "mantras ou "tretas" assentes em palavras de ordem saídas da estarrecedora ignorância em questões do Trabalho ou da pesporrência ideológica assumida.
Já sabemos que para este o que dá aumento do emprego é mesmo a colocação do dinheiro nos offshores
A justificação do desemprego de longa duração é algo penosa:: pouca qualificação ou qualificação desajustada no mercado.
ResponderEliminarSão uns malandros estes desqualificados ou estes qualificados que não olham para o mercado, esse deus todo poderoso que nos querem vender a todo o custo.
A crise sistémica deste modelo de sociedade é assim silenciada e escondida.Repare-se como daqui se parte para uma conclusão abstrusa. Enquanto se faz esquecer a condição de dignidade de quem trabalha, chulado de forma indigna que todos conhecemos.
Atente-se neste mimo:
ResponderEliminar"Para os empregados o aumento do salário ou dá desemprego, ou aumento de produtividade ou aumento de preços".
(Não se riam mas aposta-se que é de quem diz estas nulidades que devem sair os "especialistas em trabalho ", "convidados" para fazerem o papel de evangelizadores junto das almas ignaras)
Sobra o resumo que não é resumo nenhum mas uma frase perfeitamente avulsa sem qualquer correspondência com as afirmações desconexas ditas acima pelo das 20 e 56. Isto é a prova provada por um lado do pensamento mágico entre as hostes neoliberais, mas por outro do assassinato em público da lógica mais banal.
Em resumo o que favorece o emprego é a manutenção da indigência e da pobreza, às escancaras ou em segredo, para se ter um exército de mão-de-obra barata.
Que diacho há que permitir que o capital acumule dinheiro suficiente para poder empatá-lo nos offshores. Esse sim é o verdadeiro desgraçado e não os pobres miseráveis que aspiram apenas a um punhado de moedas a mais para fazerem face às agruras da vida.
E ainda há quem diga que não há luta de classes
correlation doesn't imply causation.
ResponderEliminarMas aquilo que está a mostrar nos dois gráficos é a subida nominal do SMN, não é? O que deveria ser mostrado é a subida real (que creio ser nula ou mesmo negativa desde os anos 70) do SMN. Depois, relativamente às exportações, qual é a proporção de trabalhadores dentro dos setores exportadores que realmente recebe o SMN?
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