quinta-feira, 21 de abril de 2016
«A economia é demasiado importante para ficar entregue apenas aos economistas»
«Vivemos num mundo em que há poderes que procuram preservar as suas posições privilegiadas e que tiram partido de ideias, de uma hegemonia de discurso, de valores que procuram propagar como sendo valores universais, como ideias feitas, como verdades incontornáveis. O papel dos cientistas sociais em geral e dos economistas em particular também passa por pôr em causa algumas dessas ideias feitas, e portanto os meus adversários são precisamente aqueles que procuram convencer-nos que o mundo é como é e não pode ser de outra forma. (...) A economia política é uma forma de olhar para as economias enquanto objecto e enquanto realidade, fazendo-o numa perspectiva que é multidisciplinar, que tem em consideração as instituições, que tem em conta os processos políticos. A economia dominante tende a ignorar em larga medida estes aspectos históricos, políticos e institucionais. É uma economia de equações mais ou menos abstractas que ignora frequentemente o papel do poder. E este papel central do poder nas relações sociais é crucial para qualquer interpretação válida do mundo real. E a economia política procura fazer isso» (Ricardo Paes Mamede).
A propósito do seu novo livro, «A Economia como Desporto de Combate», o Ricardo Paes Mamede esteve na TSF à conversa com Carlos Vaz Marques, no «Pessoal... e Transmissível». Um diálogo fluído e cativante, como é timbre do programa, com a clareza de ideias e formulações a que o Ricardo já nos habituou. Uma conversa que percorre temas como a Economia enquanto ciência social, a política e a economia política, os desafios do combate à austeridade, o papel do Estado ou o quadro de constrangimentos que o país enfrenta. Vale a pena ouvir na íntegra.
Foram mestres/elite em economia que enfiaram ao contribuinte autoestradas 'olha lá vem um', estádios de futebol vazios, BPN, BES, Novo Banco, Banif, etc.
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Ora, por muitos mestres/elite em economia que existam por aí... quem paga (vulgo contribuinte) não pode abdicar do seu legítimo Direito de defender-se - o DIREITO AO VETO de quem paga!
[« http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »]
Quem enfiou auto estradas e outros "bens" foram sobretudo orientações económicas neoliberais que vieram da união europeia e esta realidade não se pode escamotear; de resto é para esta realidade que o RPM chama a nossa atenção. Mas vem sempre uns comentadores 'inteligentes' criar diversão para ver se apagam a mensagem central.
ResponderEliminarHoje já percebemos que um sistema económico que não divide a riqueza tem de criar dívida para subsistir e encontrar justificação para formas de exploração e escravização mais subtis, em nome da crise que foi a crise do próprio sistema de produção em que vivemos e que convém atribuir aqueles que a estão a pagar. Neste domínio só lamento que grande parte das pessoas não perceba o discurso ideológico que os donos do poder(económico) produzem, auxiliados por uma classe jornalística acrítica e as vezes acéfala; autênticos proletários intelectuais sem consciência de classe!
A propósito das autoestradas -
ResponderEliminarPode-se dizer que foi um dos bons serviços prestados a economia de espaço/tempo do país. O mesmo não direi dos estádios de futebol…
E da economia do pais-
De facto «A economia é demasiado importante para ficar entregue apenas aos economistas» e todavia, não e “por aí que a porca torce o rabo”…
Antes de mais e´ necessário perceber que, nem tudo que luze e´ ouro - nem tudo que balança cai, e que a menina que vai a igreja, pode ser que seja uma santa - mas também pode ser que não seja”
Em minha modesta opinião, julgo que o erro esta´ na pratica de políticas desatualizadas, e executadas por pessoas destituídas de sensibilidade social. Pessoas que ate podem ser bons executivos nos seus partidos, mas incapazes para a governação do País.
E por sermos assim, somos a cauda da Europa. De Adelino Silva
Anónimo disse...
ResponderEliminarA propósito das autoestradas -
Pode-se dizer que foi um dos bons serviços prestados a economia de espaço/tempo do país. O mesmo não direi dos estádios de futebol…
E da economia do pais-
De facto «A economia é demasiado importante para ficar entregue apenas aos economistas» e todavia, não e “por aí que a porca torce o rabo”…
Antes de mais e´ necessário perceber que, nem tudo que luze e´ ouro - nem tudo que balança cai, e que a menina que vai a igreja, pode ser que seja uma santa - mas também pode ser que não seja”
Em minha modesta opinião, julgo que o erro esta´ na pratica de políticas desatualizadas, e executadas por pessoas destituídas de sensibilidade social. Pessoas que ate podem ser bons executivos nos seus partidos, mas incapazes para a governação do País.
E por sermos assim, somos a cauda da Europa. De Adelino Silva
Não podia estar mais de acordo: «este papel central do poder nas relações sociais é crucial»
ResponderEliminarA economia política como poder se saque é a dominante de todo o geringonçoso processo de que se comemora dentro de dias o 41º aniversário.
Mas onde há poder à conta-poder...vamos andando e vendo.
Ainda bem que se comemora o 25 de abril. 41º ou 42º aniversário tanto faz.
ResponderEliminarPara desdita de quem assume que o 25 de Abril lhe causou náuseas e lhe fez tremuras na voz e nas pernas.
As mães que pariram a 25 de Abril têm um brilhozinho especial nos olhos. Elas lá saberão porquê
A literacia tem coisas destas.
ResponderEliminar"A economia política como poder se saque é a dominante de todo o geringonçoso processo" é uma frase no mínimo estranha. Por menos do que isso um qualquer idiota há dias exigia um dicionário para conseguir perceber o que outrém escrevia.
Mas a coisa não acaba por aqui:
"onde há poder à conta-poder"
Então não? À À pois então, então não à?
A culpa é d geringonçoso processo com toda a certeza.