Estou a assistir à emissão da SIC Notícias em contínuo sobre os atentados em Bruxelas. E a mensagem passada é a habitual:
"A melhor forma de combater o terrorismo é viver com naturalidade, voltar à vida" (Nuno Rogeiro disse-o talvez por outras palavras). "Não podemos ter medo, não podemos ceder ao inimigo, porque o seu objectivo é criar medo, as pessoas ficam reféns desse medo e mudam a sua forma de pensamento" (Cândida Pinto disse-o, talvez por outras palavras). "Cada vez que explodem bombas, aparecem pessoas com explicações, com causas sociológicas, quando o essencial é condenar os atentados" (Nuno Melo, deputado do CDS, disse-o talvez por outras palavras).
Ou seja, a ideia geral é a de que teremos de viver com o terrorismo. Não pensemos no que pode estar por detrás do terror, porque os seus actos não têm qualquer justificação. Deixemos tudo como está. Não mudemos as nossas convicções. Não questionemos a eficácia do combate ao terrorismo com violência. Não questionemos a ideia de que a guerra se combate com guerra. Não questionemos a razão por que morrem os nossos vizinhos nem por que morrem os vizinhos de quem nos ataca. Não questionemos as causas da morte de todas estas pessoas. Vivam a vossa vida, não saiam de casa, enquanto nós tratamos de tudo... E se voltarem a explodir mais bombas, voltem a pensar o mesmo.
Sim, a mensagem é essa: "não pensem, não vale a pena." Tem toda a razão.
ResponderEliminarO joao ramos de almeida quer, verdadeiramente, colocar questões!? Há muitas outras questões, certo?
ResponderEliminarSe acha que um apelo a viver a vida e a não ceder ao medo é um convite a não questionar os políticos ou a reflectir sobre o mundo, está profundamente doente.
ResponderEliminarMiguel Duarte
"Ou seja, a ideia geral é a de que teremos de viver com o terrorismo. Não pensemos no que pode estar por detrás do terror, porque os seus actos não têm qualquer justificação."
ResponderEliminare este tipo de raciocinio aplica-se, de certa forma, ao terrorismo prepetrado pelos banksters...
os banksters destroem a economia mas como não há alternativa dizem-nos que temos viver dentro das nossas possibilidades, e portanto, caluda!
e já agora, mandem o Nuno Melo para o Iraque combater o estado islamico, e enquanto lá anda ele que procure bem pelas armas de destruição maciça!!!
Concordo em absoluto com o que escreveu é a miséria intelectual em todo o seu esplendor.
ResponderEliminarExemplos de uma classe política a nível europeu, mas preocupada no "politicamente correcto", mais preocupada em sobreviver com a sua "europa" e suas regalias ... do que a representar o comum cidadão europeu que, à força, paga todas essas inutilidades, ou mesmo nulidades, políticas.
ResponderEliminarClaro, voltar á normalidade, tudo bem; mas não deixa de ter implícito um convite a não colocar em causa as políticas externas desastrosas que a Europa e os Estados Unidos têm levado a cabo. Ninguém se pergunta seriamente como é que o chamado estado islâmico consegue sobreviver, quem lhe garante a logística e cria corredores seguros onde pode circular; e não perguntam porque tinham de descobrir que a barbaridade não começa nem acaba com os terroristas. Também ninguém parece perceber que esta teatralidade criada a volta dos atentados so serve para incrementar o pânico e não percebem que deveriam criar uma qualquer forma de cooperação informativa no sentido de uma muito maior sobriedade noticiosa. Claro que este meu comentário poderá ser criticado com o argumento da liberdade informativa e do pluralismo, mas sobre isto também há muito a dizer. porque frequentemente não passa de um verbo de encher, ou seja, de pura retórica.
ResponderEliminarE´ minha opinião que esta´ a ficar claro que para a atitude Imperialista da Hegemonia Global, a Europa e´ o Espaço Ideal para segundo Teatro de Operações Belicistas a seguir ao Medio Oriente.
ResponderEliminarMe parece que depois de ter nascido em 1939
Ainda com as cinzas do terrorismo que foi a guerra civil de Espanha estava a entrar no terrorismo ainda maior que foi a 2ª Guerra Mundial, mas sempre acompanhado com o terrorismo económico. E entre terrorismos menores, veio o terrorismo chamada Guerra da Coreia. E que para além do terrorismo Pidesco veio o terrorismo da Guerra Colonial em pleno terrorismo da Guerra Fria. Agora não me posso furtar a este terrorismo de novo tipo. Vou acabar os dias que me resta neste triste e vil terrorismo. Isto e´ que foi viver a´ grande e a´ francesa, Em?! De Adelino Silva
Muito bom texto!
ResponderEliminarA.Silva
Questões, olhe questões!! Por toda a imprensa, de quem questiona, como clamava por, o caro ramos de almeida.
ResponderEliminarAté o Ferreira Fernandes, no DN, coloca questões e oferece algumas respostas. Mas, percorra-se a imprensa que, ao que parece, está cheia de gente que pensa e coloca questões. Ao repto do caro ramos de almeida, muitas questões e algumas respostas. Não sei, sinceramente, se o caro ramos de almeida gostará das questões ou das respostas que a maioria da imprensa oferece. Talvez ainda venha, ocaro ramos de almeida, a preferir o tom apaziguador e descogitante da Candida Pinto e do Nuno Rogeiro!!
Convém, por vezes, pensar antes de pedir qualquer coisa!!