segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Nem percam tempo
A imposição externa da “resolução” do Banif em benefício do Santander, bem reveladora da natureza da economia política europeia, é sublinhada no artigo que eu e o Nuno Teles escrevemos para o Le Monde diplomatique – edição portuguesa – Não gostar, mas aplicar: As ajudas estatais são invocadas por Bruxelas para impor uma solução que resulta, ela própria, numa subsidiação a um grupo espanhol. A ajuda é boa quando está ao serviço de um processo de concentração à escala europeia, com grandes grupos monopolistas estrangeiros no controlo.
O Expresso divulgou, na passada sexta-feira, o conteúdo de um e-mail, do BCE para o Ministro das Finanças, confirmando pela enésima vez como as coisas realmente funcionam:
'A ordem foi clara. O Banif tinha de ser vendido ao Santander. E nem valia a pena tentar outras alternativas. O e-mail enviado a Mário Centeno por Danièle Nouy, presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu, e com o conhecimento de Vítor Constâncio, na manhã de sábado, dia 19 de dezembro, traça o destino que acabaria por ser dado aos ativos do Banif. “A chamada com o Santander correu muito bem e a Comissão Europeia vai aprovar”, pode ler-se logo na primeira frase do documento a que o Expresso teve acesso. O supervisor europeu explica depois que “há outras ofertas pelo Banif, que de acordo com a Comissão não respeitam as regras de União Europeia das ajudas de Estado, e que por isso não podem seguir em frente”. E deixa um aviso a Mário Centeno: “A Comissão Europeia foi muito clara neste aspeto, por isso, recomendo que nem percam tempo a tentar fazer passar essas propostas.”'
Pornografia em horário nobre.
ResponderEliminarO "mercado livre" é muito engraçado na ótica de um neoliberal, o trabalhador tem que aceitar todas as contingências do dito mercado, seja trabalho precário, salários miseráveis, pouca ou nenhuma segurança e outras misérias. Já os banqueiros e restantes oligarcas vão ao dito "mercado livre" e compram tudo o que quiserem com o dinheiro que tiram dos próprios cus e ainda recebem a crucial ajuda dos contribuintes via Estado!!
ResponderEliminarJá estou a ver o Prof. Martelo, o novo presidente "de todos os portugueses" e amigão do Ricardo Salgado (e de outros endinheirados) a mudar este estado de coisas, é que estou mesmo a ver!!
Até quando esta podridão que nos destrói a cada dia que passa vai durar!?
Quantas mais vítimas deliberadas, repito, DELIBERADAS o neoliberalismo vai ter que fazer até que admitamos que o neoliberalismo é cruel e anti-humano?
Mais um caso (entre 'n'):
ResponderEliminar- O governo da Suécia decidiu trocar a sua intenção de reconhecer a independência do Sahara Ocidental pela abertura de uma loja do Ikea em Casablanca, que o governo de Marrocos estava a dificultar, mantendo o negócio como refém.
[ http://mundocaohoje.blogspot.pt/2016/01/a-vida-humana-e-mau-negocio.html ]
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-»»» Não há tempo a perder com os 'globalization-lovers' , 'UE-lovers' e afins... que andam por aí a fazer piruetas, saltos-mortais e fliques-flaques procurando pretextos para negar o DIREITO À SOBREVIVÊNCIA das diversas Nações/Pátrias.
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-» A superclasse (alta finança - capital global) pretende 'cozinhar' as condições que são do seu interesse:
- privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
- caos financeiro...
- implosão de identidades autóctones...
- implosão das soberanias...
- forças militares e militarizadas mercenárias...
resumindo: estão a ser criadas as condições para uma Nova Ordem a seguir ao caos - uma Ordem Mercenária: um Neofeudalismo.
{uma nota: anda por aí muito político/(marioneta) cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da superclasse}
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Os Nazis-Económicos (nazis-made-in-USA) terraplanam Identidades atrás de Identidades Autóctones de forma insaciável...
-» Quando se fala no (legítimo) Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones {nota: Inclusive as de 'baixo rendimento demográfico'... Inclusive as economicamente pouco rentáveis...} Nazis-Económicos (nazis-made-in-USA) - desde há séculos com a bênção de responsáveis da Igreja Católica - proclamam logo: «a sobrevivência de Identidades Autóctones provoca danos à economia...»
[nota: os nazis-made-in-USA provocaram holocaustos massivos em Identidades Autóctones]
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Pelo Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones:
-» http://separatismo--50--50.blogspot.com/
Este Governo, de António Costa, começa mal, no que respeita ao Banif.
ResponderEliminarVoltamos ao "bom aluno" ou a algo semelhante.
Não aceito que o Governo de Portugal se subordine, desta forma abjeta aos ditames dos burocratas europeus que decidem em função de uma ideologia ordoliberal determinada pela Alemanha que, como sabemos, prepondera nas instituições europeias.
Há um caminho de desobediência a trilhar.
Isto não e´ fatalidade nenhuma, a massa e´ que e´ ruim..!
ResponderEliminarO que se verificou foi um “transvazo de classe”, um reencaminhamento urgente da classe dominante diluída em alguns partidos políticos, face a´ perigosa conjuntura parlamentar! “A boiada foi forçada a entrar no curral”. Acabou tudo em bem, felizmente. Ninguém perdeu, só que Portugal ficou mais esticadito! Amanha vem mais um banco, depois uma subvenção, um subsídio. Talvez Nova ordem de Bruxelas, eeee… De Adelino Silva
É para isso que existe governo. Para esclarecer a opinião pública quando o futuro da nação balança perigosamente no despenhadeiro das ameaças e das manipulações. O que se passou com o Banif devia levar ao banco dos reus alguns irresponsaveis politicos…E para isto os tribunais. De Adelino Silva
ResponderEliminarA pergunta que eu faço sempre que esta questão é levantada é, para além da retórica relativa à desobediência, qual é a estratégia que dispõem para sair do Euro? O principal problema da Grécia e que facilitou o garrote europeu foi, recorde-se, o triste estado da sua banca. Pelos vistos, Portugal está numa situação em tudo semelhante. Tirando o esboço feito por Francisco Louçã e João Ferreira do Amaral, que me parece um excelente ponto de partida, mas apenas isso, como reconhece Louçã, que recomenda mais estudo, ainda não percebi em que plataforma é que devemos votar. É verdade que foi a irresponsabilidade de políticos, nacionais e em Bruxelas, e de banqueiros, que nos levou a isto. Mas o que verdadeiramente interessa perceber que eles têm a força e nós não. Um bom general não perde tempo e recursos com batalhas perdidas, e até o PCP parece que percebe isto. Por isso meus senhores, menos retórica e mais estudo e propostas políticas, de preferência realistas, mas que nos conduzam para fora deste nó cego, por favor...
ResponderEliminarAndou o Costa, antes das eleições,pela Europa a dar-se ares de ter colocado a UE pronta para os 'novos tempos' que estava a preparar não só para o país, como para uma Europa expectante por tão promissora promessa!
ResponderEliminarPUFFF....
PuffF?
ResponderEliminarPuff.desta Europa não há a esperar nada. Embora seja manifestamente ridículo o silêncio cumplice dos pufistas,perdão, dos pafistas, sobre os verdadeiros responsáveis pela situação. Silencia-se a chantagem e o inadmissível para se fazerem exercícios pufistas em jeito de diversão a ver se passa.
Mas cada um escolhe o seu lado da barricada. Aposta-se que este já a escolheu há muito e há muito que trabalha para o eixo.