Hoje o negócios, às 10:30 da manhã, tinha como principal título do seu website "Juros de Portugal voltam a negociar acima dos 2,5%". Continua a campanha política dos media para condicionar a formação do próximo governo: "Com o cenário de uma coligação de esquerda a ganhar força, cresce a ansiedade no mercado de dívida, devido ao receio de alívio na austeridade. Os investidores deverão "odiar a ideia", dizem os analistas". Entretanto, Mario Draghi falou, dando a entender um reforço das operações de compra de activos no mercado e uma possível descida da taxa de juro, e aconteceu isto aos juros da dívida:
A actual acalmia financeira não significa insensibilidade futura dos "mercados" face às opções políticas de um governo de esquerda, sobretudo se elas não forem do seu interesse. De todo. No entanto, não é isso que está aqui em causa para jornais como o "Negócios". Para a generalidade da imprensa, o que é preciso é impedir uma mudança de governo, manipulando de forma despudorada tudo o que se puder. Quando se trata de algo que o público tem dificuldade em perceber, mas que, ao mesmo tempo, é fonte de medo e ansiedade, como acontece com os "mercados", então esta é uma oportunidade imperdível para a campanha em curso.
Juros da dívida de Portugal, Espanha e Itália, a 5 de Outubro e a 22 de Outubro:
ResponderEliminarEspanha: 1.801 para 1.755
Itália: 1.655 para 1.613
Portugal: 2.310 para 2.465
A de Portugal é a única que está a subir neste período.
Acho que a maioria das pessoas não sabe o significado da palavra Democracia.
ResponderEliminarDemocracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.
Penso que a maioria dos portugueses não sabe o significado da palavra democracia. E outros sabem mas não pretendem respeitar!
ResponderEliminarDemocracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.
Nuno tudo o que dizes é verdade. Só que tem-no sido desde que o Draghi lançou a sua bomba sobre os mercados, tem-no sido com os chumbos do TC e no entanto toda a retórica se centra, ainda e sempre, nos sacrifícios. Como se as políticas dos quatro anos tenham tido como resultado um país mais autónomo e «menos dependente» dos empréstimos a que estes juros dizem respeito.
ResponderEliminarAplaudo a resiliência em querer passar a mensagem.
Os mercados têm uma inmpreensível incompreensão quanto à possibilidade de que seja decidido democraticamente não lhes pagar os créditos ou os juros.
ResponderEliminarSuspeita-se que não compreendem a democracia!
E diz-se que não distinguem entre, democraticamente se decidir não pagar e democraticamente se fazer o necessário para que não possa pagar-se!
E isto já é claramente próprio de fascistas, nazis e outros horrorosos atributos.
Nos dias de hoje, falar em democracia é um devaneio e uma dissonância.Ilude-se o eleitor, criando-lhe a convicção de que é ele que soberanamente escolhe as políticas e os políticos.Puro engano. Quem faz as grandes escolhas são os mercados,os investidores e os grandes accionistas dos conglomerados bancários, que já capturaram os Estados e domesticaram os governos. Vive-se o tempo de uma ditadura financeira, muito mais eficaz do que as ditaduras clássicas do século XX.
ResponderEliminarTemos democracia política e, mesmo assim, no nosso país, de muito má qualidade, basta lembrar o recente discurso de Cavaco. Quanto à democracia económica nem vê-la e sem esta aquela outra é um mero simulacro para enganar papalvos. Esta percepção já está interiorizada pelo enorme numero dos que se abstém; mesmo sem o verbalizarem já perceberam que é a finança que domina os políticos e as políticas e que consegue a acrobacia de fazer com que os cidadãos paguem através da austeridade os seus desvarios e a sua desregulamentação e ainda os culpa por cima: viveram acima das suas possibilidades. Para quem conhece a referência, isto é Ionesco puro e duro.
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