terça-feira, 27 de outubro de 2015

Depois da derrota, a sabotagem


Enquanto o país viola todos os prazos da governação económica e as instituições europeias ameaçam com sanções, a direita apresenta um governo de aparelho a passo de caracol e prepara-se para esgotar o prazo constitucional com a apresentação de um programa que será basicamente o prolongamento da campanha eleitoral.

Cavaco, que estava tão preocupado com o cumprimento das regras europeias e a apresentação, tão rápida quanto possível, de um Orçamento do Estado para 2016, perdeu a pressa toda. Aguarda, cheio de paciência e bonomia, que a direita faça os seus números mediáticos e meta todos os seus meninos e meninas em cargos de chefia da administração pública. Tudo em nome da responsabilidade e do sentido de Estado.

7 comentários:

  1. "Tem havido um excesso de debate, opinião e calor. É preciso normalizar"
    "Julgo que está a decorrer um processo normal. ..."
    http://www.noticiasaominuto.com/politica/475568/tem-havido-um-excesso-de-debate-opiniao-e-calore-preciso-normalizar

    Sampaio da Nóvoa dixit. Felizmente ainda há bom senso.

    ResponderEliminar
  2. PàF: até ao lavar dos cestos é vindima.

    E o ministro Costa Neves sabe-o bem: (dias antes das eleições legislativas de 2005, aprovou um despacho permitindo a construção de um empreendimento turístico da empresa Portucale, que ficou conhecido como o escândalo de corrupção “caso Portucale”, envolvendo o CDS. Vários milhares de sobreiros foram abatidos… - In Expresso de 28/10/2015)

    ResponderEliminar
  3. Ainda vai demorar algum tempo, pelo menos o necessário para o governo apresentar "uma avaliação do impacto das medidas do seu programa" que António Costa exige (http://rr.sapo.pt/noticia/37888/socialistas_querem_ver_contas_do_governo_psdcds_e_garantem_cumprimento_das_regras_num_governo_ps).

    Entretanto não percebo qual é a pressa: o acordo PS+PCP+BE ainda não está fechado, e as negociações continuam pelo que António Costa só tem a ganhar com o arrastar da situação. Caso contrário já todos o estariam a pressionar para fechar as negociações e apresentar o acordo.

    ResponderEliminar
  4. Esta de se preencherem lugares é grave e ameaça gravemente a solidariedade de esquerda!
    Mas havendo fé, e cumprindo a Constituição os lugares proliferarão no esforço meritório de bem servir o povo. Haja fé, a Constituição salvará o Arco da Constituição!

    Mas, interrogo-me.
    Está o acordo de governação concluído e o governo de esquerdo organizado para que possa dizer-se que o estão a atrasar?
    Ou temos pieguices, o que é muito pouco recomendável?

    ResponderEliminar
  5. Resumindo aquilo a que chamam “tradição” parlamentar dos últimos 40 anos nunca foi tradição
    Alguma.
    Nunca Portugal viveu uma verdadeira Tradição Parlamentar. Simplesmente, porque aquilo a que chamam de parlamento não passava de um instrumento absolutista/Liberal/Corporativo para sua própria defesa – contra a pobreza, não fosse esta revoltar-se. Alias, instrumento esse que teve sempre por de trás uma polícia política.
    A invocação da tradição e´ um acto desesperado normal entre as burguesias narcisistas…Eles receiam
    A sua queda, e, como não querem cair sozinhos, tentam meter medo a´ população na tentativa da repulsa ao novo, ao progresso do país… já Marcelo Caetano usava vários papões…
    Creio que devemo-nos preparar para o pior. Esta gente e´ capaz de tudo…De Adelino Silva

    ResponderEliminar
  6. Adekino, aguenta-te e fica para ver...vais divertir-te bué.

    ResponderEliminar