sábado, 4 de julho de 2015

Orgulho ou Preconceito


Ontem estive no Expresso da meia-noite com Fátima Bonifácio, Paulo Rangel e Jorge Alcobia. Foi um debate rasgadinho e revelador...

10 comentários:

  1. Não vi o vídeo mas vi parte do programa em directo.

    Pena que muitas vezes estas discussões roçem o ataque pessoal de quando em vez. Refiro-me às afirmações da senhora que lá estava. Nota-se que tem "contas a ajustar" com alguém de esquerda. O problema é que este tipo de assertividade empobrece o debate e fica muito difícil seguir em casa.

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  2. Quando a Fátima Bonifácio começa a falar, tenho de fazer zapping.

    A senhora usa o insulto e os argumentos são do mais pueril que podem existir.

    É preciso calma para ouvir os insultos da senhora e não lhe responder na mesma moeda.

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  3. OH almas sensíveis!
    Habituadas a cavalgar as ondas do politicamente correcto, embalados pelos corais de chavões martelados ao longo de décadas, o contraditório, sobretudo se fundado em evidências, recondu-los aos pressupostos burgueses de urbanidade e respeitabilidade em busca de refúgio.

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  4. A Bonifácio, uma agremiada da extrema-direita a tender para infinito. Até foi interessante vê-la a esbracejar qual barata doida, vermelha de raiva, a partir para o insulto como argumento próprio da derrota. Perdeu claramente o debate. Não tem argumentos. Tem a papagaice neoliberal extrema que, confrontada com pi(!) da realidade, não passa. Não passará.

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  5. "Cavalgar as ondas do politicamente correcto?!
    Este deve estar a brincar. O que dizer de quem diz que Petain estava correcto e que a obediência à troika é mandamento divino?

    "Chavões martelados ao longo de décadas?"
    Os chavoes de quem tenta deitar água benta ao petain tem quantos anos? Desde a morte do traidor? A direita-extrema tem que chavões

    Contraditório fundado em evidências? O que é isto?
    Tal como a utilização da palavra burgês , vinda precisamente de quem vem.

    "Não é o nível de preparação, nem o grau académico, ou o nível salarial, mais baixo ou mais elevado que definem a classe social. A classe social é definida pela posição que cada um ocupa na estrutura de comando do capital: «Por burguesia entende-se a classe dos Capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção social e empregadores de trabalho assalariado. Por proletariado, a classe dos trabalhadores assalariados modernos, os quais, não tendo meios próprios de produção, estão reduzidos a vender a sua força de trabalho [labour power] para poderem viver»
    A actual crise só veio evidenciar uma realidade: a posição de classe de qualquer pessoa ou grupo de pessoas é definida pela sua posição na estrutura de comando do capital e não pelo estilo ou padrão de vida dos trabalhadores em países mais desenvolvidos ou nível salarial.

    Assim, a destruição da chamada classe média mais não é do que a feroz ofensiva global do grande capital contra a classe trabalhadora, que a todos atinge, independentemente do seu nível salarial, estilo de vida ou consciência de classe."

    De


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  6. Os parabéns às intervenções do José Gusmão.
    Tenho pena da Fátima Bonifácio, que até pode ser doutorada na área dela mas fez figura de ignorante. Sobretudo quando disse que o Syriza estava a ser ou era um partido revolucionário para justificar a falta de cooperação europeia. Mas que brincadeira... Com revoluções assim, quem precisa de reformismo?

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  7. Fátima Bonifácio é uma mulher vítima do regime autoritário que se vivia em sua própria casa e nos locais por onde foi passando e sendo educada. Não esqueçam o papel da Mãe e do Colégio Alemão...A entrevista ao Público de 29/01/2012 é terrivelmente esclarecedora relativamente à violência que sobre ela foi exercida em todos as peripécias porque passou. E ela resiste -sente-se incapaz- a culpar os seus educadores e por isso, transforma-se por antítese numa acérrima defensora dos princípios e valores que serviram precisamente para a enformar.

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  8. E como é triste, tão tristemente triste, aquela confissão sobre a total frieza emocional da sua própria mãe. Inacessível.
    Mas ela tinha uma verdadeira ambição: -Casar com alguém que não fosse de Ovar, Aveiro ou Porto!
    -E conseguiu realizar essa ambição, embora o casamento durasse apenas 1 ano!...Um êxito, teve uma filha, em vez de um exército de filhos e netos!
    -Tal como enorme sucesso teve a sua alegre passagem pelos grupos Maoístas em que a suprema intenção e preocupação, era confundir "os gajos" da UEC!...

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  9. Eu dessas coisas da vida íntima da dita senhora nada sei, nem quero saber. Mas já uma outra coisa eu sei: desde que vi tal Senhora Professora Doutora ser de uma má-criação e arrogância avassaladoras em relação a Carvalho da Silva num debate que com ele teve numa das nossas excelentes televisões, a minha antipatia por tal pessoa é radical e irredutível. A senhora é o retrato acabado de um certo académico nacional: pensa que a autoridade que tem num certo ramo de saber se estende às suas outras intervenções sobre assuntos de que nada sabe. Nesse particular, a senhora está ao nível do Zé dos Anzóis que, sendo pescador, opina em alta voz e com muita convicção sobre Física Nuclear. Uma tristeza.

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  10. Estas coisas da vida íntima de Fátima Bonifácio foram tornadas públicas por ela mesma, em entrevista concedida ao Jornal o Público em 2012.
    Se eram zonas de intimidade que deveriam merecer recato, deixaram de o ser por culpa da própria -talvez por inconsciência- e eu limitei-me a ler e interpretar a entrevista, porque me interessou saber um pouco mais da vida de alguém que se mostrava tão rude e austera em todas as intervenções que fazia de forma pública. E essa entrevista justifica muito, senão tudo, o que ela vem dizendo e afirmando.
    É uma mulher aparentemente amargurada e marcada por um sistema político e social que agora, curiosamente, continua a defender.
    Mas é a nível afectivo uma personalidade muito curta.

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