quarta-feira, 22 de julho de 2015

Da ordem

O neoliberalismo deve ser visto como uma forma radical de construtivismo pós-democrático, com uma relevante componente legislativa ao serviço do reforço dos direitos das forças sociais capitalistas, mas ideologicamente disfarçado com conversas mais ou menos naturalistas sobre a ordem espontânea dos mercados sem alternativas que não sejam artificiais.

Olhem para mais 900 páginas de legislação imposta pelo euro-imperialismo. Segundo o The Guardian, os deputados gregos aprovarão hoje à noite este tijolo, sem escrutínio e sem alterações. Tirem, uma vez mais, as vossas conclusões sobre o europeísmo realmente existente.

Entretanto, como assinala Stahis Kouvelakis, neste contexto anti-político, “Tsipras, que é também o presidente do Syriza, recusa convocar o comité central do partido, apesar de a maioria dos seus membros o ter requerido numa declaração onde também rejeita o acordo”. Realmente, isto não augura nada de bom.

4 comentários:

  1. BLINDANDO A ACÇÃO

    - legitimar as regras de calhamaços de 900 páginas
    (e entrelinhas...) (!) no Parlamento, e não os "Princípios" -

    E CAPTURANDO OS CENTROS DE DECISÃO DO PODER EXECUTIVO

    - colocando o Poder soberano do colectivo ( Syriza ), nas mãos do Presidente
    ( Tsipras )...

    Os cães ladram e a caravana... vai passando!

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  2. Não se trata de europeísmo, trata-se de uma sentença do tribunal colectivo de falências dentro do euro.
    Quem não quiser submeter-se sai do euro e vai tratar de vida.

    O comité central do Syriza quer seguramente fazer o que melhor saben fazer os agrupamentos de esquerdalhos: dar uns palpites para que outros façam o infazível!

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  3. A esquerda conduz sempre (sem excepções que se conheçam) a regimes totalitários.
    De que estão á espera ?

    cumps

    Rui SIlva

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  4. Ler um pouco mais faria bem a quem aprendeu da escola os tiques e as manhas dum qualquer hayek de meia tijela.Infelizmente parece que quase sem excepção ( essa de "excepcionar" a excepção tem a mediocridade dum cavaco) a estupidez ronda a cabeça de quem é formatado em blogs manhosos. Nem o comprimento do cumprimento se safa.

    Quanto ao papel dos promotores da agiotagem o fundamental já foi dito e a pregação da submissão já conheceu melhores dias. Nem os miguéis de vasconcelos nem os petains ( nem os Tsipras?) são exemplos ( enm ao nível da higiene) para ninguém

    Entretanto de Frédéric Lordon
    1. L’euro interdit radicalement toute politique progressiste possible.

    2. S’il en était encore besoin, le traitement criminel infligé à la Grèce en six mois de brutalisation (rebaptisée « négociation ») prouve que l’entreprise de « transformer l’euro », ou l’hypothèse d’un « autre euro possible », sont des chimères qui, par désillusions successives, ne mènent qu’à l’impasse et à la désespérance politiques.

    3. Abandonner aux extrêmes droites (qui au demeurant n’en feront rien [1]…) toute perspective politique d’en finir avec l’euro et ses institutions est une faute politique qui condamne les gauches européennes à l’impuissance indéfinie.

    4. Sauf à continuer de soupirer après ce qui n’arrivera pas — un « autre euro » et l’« Europe sociale » qui va avec — le réarmement des gauches européennes passe donc impérativement par l’imagination de l’après-euro.

    http://otempodascerejas2.blogspot.pt/2015/07/a-titulo-de-informacao.html#links

    De

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