Francisco Louçã, no Público de hoje, assinala a desgraçada tendência em curso na esquerda: “Quase toda a esquerda está a recuar perante a crise grega. Os que defendiam um acordo internacional para a mutualização da dívida dão a causa por perdida, os que esperavam os sensatos eurobonds desistiram e ainda há espectaculares renúncias à luta pela reestruturação da dívida. A esquerda tem medo. Percebeu agora que o Tratado Orçamental não tem margem para evitar a austeridade e que a única solução estrutural para reestruturar a dívida é emitir moeda própria e reorganizar a economia dependente. Percebeu também que o protectorado é uma regra europeia e não se dispõe a enfrentá-la, sente que o caminho é demasiadamente difícil e que não sabe percorrê-lo.”
A questão, como tenho insistido, é mesmo a de saber de que é que têm medo e de que é que temos medo? Se há coisa que a Grécia revela espectacularmente, qualquer que seja o desenlace das chamadas negociações, é a verdadeira natureza da UE, em geral, e da Zona Euro, em particular, e o que estão condenados a fazer todos os que aceitam os seus termos: respectivamente, o mais poderoso mecanismo imperialista de conformação com o neoliberalismo e a austeridade permanente, dos superávites orçamentais aos cortes, com atrofiamento das forças produtivas, em especial das nações periféricas, e retrocesso nas relações sociais que aí estruturam a provisão de bens e de serviços.
O europeísmo, ou seja, a crença de que a escala da UE é o espaço privilegiado de acção política destrói as esquerdas europeias.
Entretanto, na boa lógica das preferências políticas endógenas, o espaço político desloca-se cada vez mais para a direita, sendo que o pior é que muitos já nem parecem saber onde estão. A maioria da esquerda opta por apelar a vagos sentimentos humanitários ou à razoabilidade das elites, multiplicando analogias históricas deslocadas para não ter de encarar as tarefas que tem pela frente, em linha com as experiências nacionalistas, antimperialistas e populares bem-sucedidas de outras latitudes. Perante esta demissão, alguém pode espantar-se que as direitas ganhem?
«as experiências nacionalistas, antimperialistas e populares bem-sucedidas de outras latitudes.»
ResponderEliminarEis um inventário de sucessos que, a ser credível, muito ajudaria a deprimida esquerda.
Só que os raros casos de invocação de esquerda são desastres que sobrevivem da exploração de matérias-primas sem qualquer modelo que vagamente se conforme a uma economia concorrencial.
Penso que, o que o Sr. Louçã quer dizer, e´ que esta´ bem instalado na vida como sempre esteve, e, o resto e´ conversa…Sua conversa da esquerda, das esquerdas e´ uma perversão colossal.
ResponderEliminarA esquerda com ele não tinha medo, a esquerda com ele era frontal. Pela conversa, este Sr. não e´ de esquerda.
O povo de esquerda não necessita de desviacionistas.
Ri com a atitude do Sr. Tsipras, mas não consigo rir com a atitude do Sr. Louçã. De o “Catraio” com respeito
Perante tanta realidade que mostra que a dicotomia esquerda/direita é uma artificialismo que teve a sua epoca; que as hostes que ainda se intitulam de esquerda se fossem menos líricos só podem chegar a conclusão que falham permanentemente em cativar adeptos, penso que seria sensato mudar de discurso, tornarem-se eficientes, juntarem forças com outros que tambem sofrem de umbigopatia e fundamentalmente lerem um pouco mais de historia. No caso portugues nem precisam de grande esforço; basta irem ao PREC e a todas as propostas que forças revolucionarias na altura fizeram(AOC, PRP, MRPP...) e verem que as grandes descobertas que apresentam já foram todas testadas e com resultados pouco brilhantes. Lá por fora(certo que são todos uns toscos) tambem os resultados de tanto lirismo é bem fraco e nunca vingou em lado nenhum.
ResponderEliminarPara João Rodrigues os caudilhismos proto-fascistas de Peron, de Getúlio Vargas e o Chavismo são "experiências nacionalistas, antimperialistas e populares bem-sucedidas de outras latitudes".
ResponderEliminarEstamos esclarecidos (se dúvidas houvesse).
Mas estas espécimes
ResponderEliminar- sem coluna vertebral -
defendem quem??
A casa?!
A aldeia?!
O País?!
...?!?!?!..
Com jeitinho...também vos chega!!!
O eterno-jovem Xico Louçã, fez a proclamação antes ou depois de beijar o anel do arcebispo Soares? É que certos detalhes, fazem toda a diferença...
ResponderEliminarO amigo Cristóvão (perdoa lá este desvio, que eu não sou dado a intimidades com quem não conheço) tem que gastar um dinheirito, que parece uma despesa, mas que, bem visto, é um investimento: arranje lá um psiquiatra para tratar esses traumas. Sem medos nem vergonhas, que a vida é mesmo assim.
ResponderEliminarO meu comentário acima ignora injustamente alguns casos de sucesso:
ResponderEliminarA China que sendo brutalmente capitalista garante o poder aos camaradas.
Os camaradas da Coreia do Norte que sendo completamente brutos não menos garanten o poder.
E temos ainda a Rússia, que deu um estranho passo na sua senda de construção do comunismo mas que ainda povoa as esperanças de tanto camarada que acredita na inevitabilidade de que os espíritos de Lenine e Estaline baixe sobre o camarada Putin, certo que é o apoio das massas saudosas da canga milenar.
A esquerda, em vez de procurar e propor resolver problemas concretos com pragmatismo e sentido do limite do possível, entretém-se a discutir alta filosofia política, a debater e comparar grandes correntes de pensamento económico (incluindo em perspectivas históricas), a desenhar sociedades utópicas, e a propor soluções abrangentes, complexas e radicalmente transformadoras:
ResponderEliminar"mecanismo imperialista de conformação com o neoliberalismo e a austeridade permanente", "europeísmo, ou seja, a crença de que a escala da UE é o espaço privilegiado de acção política", "preferências políticas endógenas", "experiências nacionalistas, antimperialistas e populares". Sem dúvida uma boa base para um artigo numa revista científica da especialidade.
Uma consequência prática deste (simultaneamente) umbiguismo. elitismo intelectual e messianismo é o afastamento do cidadão comum (que naturalmente não faz parte da elite intelectual que se entretém com estas discussões infindáveis) e o sectarismo purista que fragmenta os partidos às esquerda que impede, na práctica, qualquer solução governativa (acção) desses mesmos partidos. Na procura de uma solução perfeita, completa, imaculada, nada se faz. A não ser discutir, debater, racionalizar, ... e escrever artigos científicos. Que também são precisos, diga-se de passagem.
O " Pensamento Unico " está instalado na Europa, o que se traduz em meio caminho andado para o partido uníco. O "Berço da Civilzação" entrou em decadência perigosa que nós não sabemos onde vai parar.A Europa é hoje dirijida por uma espécie de zona dominante central, constituida pelo eixo França - Alemanha, a Austria satelite da Alemanha, e o Benelux , que são os Países que beneficiam com o Euro e com os tratados em vigor. Dos nordicos , a Finlandia que foi o unico que aderiu ao Euro entrou em decadencia económica.
ResponderEliminarNão se percebe tanta crispação e tanto "desconforto" do das 10 e 26 que retoma o seu dialecto de ontem desta forma tão esclarecedora .
ResponderEliminarVejamos: nada permitia adivinhar esta incontinência ( a lembrar outras incontinências) do mesmo sujeito que falava em "esquerda deprimida".
Ontem adivinhava-se a cobiça pelo pote ( as "matérias-primas") que os colonialistas saquearam durante tantos séculos e cujos apetites criminosos persistem. Entretanto para que conste, parece que o modelo económico defendido é o da "economia concorrencial" , velho jargão para designar a sociedade podre, abjecta e corrupta a que assistimos, verdadeiro maná para quem detem o poder. Talvez seja este o motivo da retoma do das 10 e 26, perturbado por tomar consciência que a sua propaganda aos tempos presentes, (em que os apologistas troikistas mais não têm para oferecer senão fome, miséria e despedimentos), não ser de facto nada apelativa (e as eleições estarem aí à porta)
Pelo que a cartilha foi retomada com a cartilha da China ( parece que esta diz que o melhor sítio para comprar empresas públicas é Portugal ,indo ao encontro deste"jose" que pugna pela privatizações como qualquer miguel de vasconcelos que se preze). E com a cartilha de Putin e da Rússia, numa estranha e tonta salada. Tão estranha que é aqui que se adivinha a incomodidade maior, de forma directamente proporcional a tal arrazoado.
Que diacho, alguma contenção. Será pedir muito para se evitar esta exposição tão ...primária?
De
O comentário do anónimo de 23 de junho de 2015 às 11:08, encerra uma crítica que é um desafio: o contraponto entre um ambiente intelectual às vezes quase metafísico e o quotidiano com a sua contingência e as necessidades de descodificação da complexidade. Pois bem, há um tema que foi votado ao ostracismo d tudo o que é tabu e que talvez tenha que ser recuperado, precisamente na sua simplicidade mais espartana e austera. Precisamente com a mesma simplicidade que permitiu a mobilização em torno dele de milhões de homens e mulheres de muitas origens e condições sociais: o tema do socialismo enquanto superação da sociedade capitalista, que, nesta fase de expansão imperial, revela à saciedade todo o âmago das suas irresolúveis contradições. Onde estamos, o que temos e para onde vamos. Estas perguntas simples talvez sejam um primeiro passo, um elemento orientador que permita fazer as escolhas essenciais - separar o trigo do joio. Quanto à complexidade do caminho, estou seguro de que o maior obsctáculo é sempre não saber para onde queremos ir. Depois disso, já conseguimos convocar todos os recursos do nosso engenho e arte.
ResponderEliminar«as experiências nacionalistas, antimperialistas e populares bem-sucedidas de outras latitudes.»
ResponderEliminarExactamente, o José é demonstra a sua total ignorância (e seguidismo face ao "pensamento mágico" neo-liberal) ao desprezar os importantes avanços conseguidos na América Latina pelos países que romperam com o consenso neo-liberal. Abaixo deixo documentos e estatísticas relativas à Argentina e Venezuela.
http://www.cepr.net/documents/publications/venezuela-2009-02.pdf
http://www.cepr.net/documents/publications/argentina-success-2011-10.pdf
O caso do Equador é tb ele paradigmático.
Aliás, aquilo que está a acontecer aos países periféricos e do sul da europa tem grandes semelhanças com o que aconteceu na América-latina nos anos 80-90 (as décadas perdidas como são designadas na região) onde o FMI foi rei e senhor. É de esperar que na Europa (tendo em conta as diferenças histórica-culturais, etc...) a resposta para sair deste rolo compressor tenha algumas semelhanças, como muito bem aponta o João Rodrigues.
A questão é que ainda existem alguns sectores martirizados pelas actuais políticas que ainda não se libertaram das ilusões de solidariedade e prespectivas de desenvolvimento associados com a UE. É que apesar de tudo a periferia da Europa viveu nos anos 80-90 um período de expansão à sombra da entrada na UE. Felizmente essas ilusões estão cada vez mais a desfazer-se. O desenrolar do drama greco-europeu tem pelo menos a virtude de desfazer uma série de mitos, torna-se cada vez mais claro e inegável, que dentro do euro é impossível qualquer tipo de política alternativa aos dogmas austeritários-neo-liberais.
Do anónimo de 23 de junho de 2015 às 11:08 para o João.
ResponderEliminar"o tema do socialismo enquanto superação da sociedade capitalista, que, nesta fase de expansão imperial, revela à saciedade todo o âmago das suas irresolúveis contradições."
Era precisamente este tipo de discurso que eu criticava (o discurso, não a ideia). Nada pode estar mais afastado dos problemas e da linguagem do quotidiano. Para além de que, à esquerda uma frase deste tipo daria logo para iniciar discussões intermináveis sobre os verdadeiros socialistas, os comunistas e todas as suas variações, ...
Enquanto isso, à direita, a indiferença. No cidadão comum, o bocejo.
Os Gregos tem agora uma excelente oportunidade de se encostarem ao Bloco de Leste, libertando-se da tirania da austeridade, com a recente aproximação ´a Russia.
ResponderEliminarPodiam então sonhar com voos mais altos, como aproximarem o seu PIB e IDH da mãe Russia. So tinham que baixar o PIB cerca de 8000 euros per capita e baixar o IDH de 29º para 57º lugar.
Bom, mas parece que os gregos não querem, para desgosto dos ideólogos nacionais para a politica grega.
cumps
Rui Silva
Os gregos encostados no bloco de Leste?
ResponderEliminarBom. E uma idea. Surprendente mais idea.
Proximamente ja vamos ver como Portugal com impossivel encostamento ao bloco do Leste pase a encostarse no mar ...
Com o devido respeito para o anónimo das 15 e 01, o João põs, com uma clareza espantosa, o dedo na ferida.
ResponderEliminarA recusa em ver mais longe que o dedo que aponta, dá, com frequência um discurso imediatista, redutor, que se traduz nalguma ignorância nos termos e nos conceitos. Não é preciso ir muito longe para perceber o que é o socialismo, e que "enquanto superação da sociedade capitalista" não se pode confundir com a palavra que enfeita o nome de muitos partidos "socialistas" ,entre os quais o português.
De resto tal processo permite separar as águas duma forma clara.É perguntar ao Costa ou a outro dirigente se ele pugna por uma sociedade sem exploração do homem pelo homem, recusando frontalmente o capitalismo, para se averiguar de que se fala, do que ele fala e do que falamos.
Percebe-se que o contágio da ideologia dominante, que marca o seu território desta forma a que quotidianamente se assiste, não deixe ninguém imune. O "bocejo" é a resposta primária, e quanto a isso ,batatas.Também não me pauto pelo que a direita pensa ou não. A necessidade de mudar o mundo deve ser o motor,ele próprio, independentemente se isso incomoda ou não os donos do mundo. Mas iria apostar que sim,pelos comentários desbragados dum tal jose ou pela ignorância espantosa dum tal rui silva , que fala ainda do bloco de leste como se tivesse tido aulas apenas nos antros pouco saudáveis dos neoliberais pesporrentos. Depois noutra oportunidade se falará da "tirania da austeridade" mas confessemos que tal, pela repetição, já cheira um pouco mal e que os repetentes desta índole agora não cabem aqui)
Mas há um ponto comum a este pequeno debate que entronca com o texto de João Rodrigues. É que os exemplos que nos chegam da América Latina sao exemplos que não traduzem o "bocejo" ou o tédio de intelectuais ou de indivíduos adormecidos pela sociedadde de consumo. Lá voltaremos
De
Se repararem todo o sul da Europa, após a entrada em vigor do caminha para o sistema monetário Europeu (ECU 1999), de uma forma geral deixou de convergir, para estagnar e divergir do centro norte da Europa.
ResponderEliminarClaro alguns vão dizer que a culpa foi da má utilização dos fundos (parte da verdade), mas a realidade é outra quando uma economia é mais avançada têm uma moeda mais forte logo não deve ser a mesma, pois as mais atrasadas vão divergir por inerência.
O euro foi feito a imagem do marco alemão .
A verdade é que; o problema não está na Grécia está na Alemanha....se esta deixa-se o euro e regressa-se ou Marco este valorizaria para o dobro do Euro, e talvez a partir desse ponto fosse possível, reformular a U.E.
A situação na Zona Euro parece caminhar hoje para uma "longa noite escura ".
ResponderEliminarHà quem alvitre que deve ser criada uma Federação de países da Europa do Sul , precisamente para retirar a Alemanha do Euro.
Comn um pedido de desculpas ao autor pela repetição um pouco extensa:
ResponderEliminar"A questão, como tenho insistido, é mesmo a de saber de que é que têm medo e de que é que temos medo? Se há coisa que a Grécia revela espectacularmente, qualquer que seja o desenlace das chamadas negociações, é a verdadeira natureza da UE, em geral, e da Zona Euro, em particular, e o que estão condenados a fazer todos os que aceitam os seus termos: respectivamente, o mais poderoso mecanismo imperialista de conformação com o neoliberalismo e a austeridade permanente, dos superávites orçamentais aos cortes, com atrofiamento das forças produtivas, em especial das nações periféricas, e retrocesso nas relações sociais que aí estruturam a provisão de bens e de serviços. O europeísmo, ou seja, a crença de que a escala da UE é o espaço privilegiado de acção política destrói as esquerdas europeias"
(João Rodrigues)
"Nada que afecte o poder do capital está explicitamente em cima da mesa, e no entanto têm medo; não de nenhuma força política concreta, mas do povo. Melhor que ninguém, eles sabem que não há saída previsível para a crise e que não há outro programa que não seja cortar salários, pensões e direitos sociais. E os seus temores crescem na exacta medida em que diminuem os de que têm cada vez menos a perder" (Ángeles Maestro*)
"de que é que a esquerda tem medo e como é que volta a meter medo? Alguma esquerda, a que ainda domina, tem medo das lutas de classes e de nelas se inscrever. E como é que volta a meter medo? Precisamente quando se inscrever nos terrenos onde pôde sempre crescer, dando corpo, em simultâneo, às aspirações das nações oprimidas e dos grupos explorados. Hoje, na Europa, a começar nos países do Sul, porque são o elo mais fraco da cadeia, isto impõe colocar na primeira ordem do dia a ruptura com a União Económica e Monetária, o mais ameaçador dispositivo para tudo o que se conquistou quando houve uma vontade geral nacional-popular, uma revolução democrática e nacional, que metia medo…." (João Rodrigues)
(De)
"E os seus temores crescem na exacta medida em que diminuem os de que têm cada vez menos a perder" (Ángeles Maestro*)
ResponderEliminarEu diria que: "E os seus temores crescem na exacta medida em que aumentam os que têm cada vez menos a perder"
Outra coisa a experiencia Grega (Syriza) nos relembra, ganhar as eleições não é ganhar o Poder (O PODER DE ESTADO) o SYRYZA não representa uma classe (ou união de classes) dispostos a exercer o PODER (económico, juridico, militar etc) o SYRIZA é um reflexo reformista, Social Democrata, da classe média(parte significativa da classe trabalhadora) iludidos pela possibilidade de o capitalismo lhes possa dar uma vida decente, não aspira a ser Poder tem aspirações mais modestas como gerir BEM o sistema e manter a vida como está.
ResponderEliminarMas meus caros o Poder é a questão central e é bom que a esquerda (esquerdas) comecem a pensar nisto, ou vai continuar de Syriza em Syriza.
P.S. por exemplo em Portugal o unico Partido de esquerda que aspira a ser Poder é o PC, já devem ter percebido
O teu partido Livre/Tempo de Avançar prefere a solução dos engravatados, ajudar os PS´s da União Europeia. Os PS's por seu turno (e será assim também com o António Costa no Governo, não vai ser a Ana Drago - com sua péssima entrevista diga-se de passagem - a salvar o país, muito menos o eufórico Tavares - que cederá em tudo só para ter um pézinho no Conselho de Ministros, talvez como mordomo) esfolam com satisfação qualquer tentativa de um governo de esquerda - chateiam-se até que Tsipras não use gravata, vejam lá!
ResponderEliminar