segunda-feira, 25 de maio de 2015

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Hoje, em Coimbra, podem participar num debate sobre o “sistema bancário: Há solução sem controlo público?". Será no belíssimo Café Santa Cruz a partir das 21h30. Nele intervirão Mariana Mortágua, Miguel Cardina e Nuno Teles. Será um debate entre especialistas que não desistem da popularização sobre todo um sistema, as suas estruturas, os comportamentos predatórios favorecidos e os modos de o superar.

Talvez a provocadora formulação de Mortágua – “O maior erro é achar que isto é culpa do Ricardo Salgado” – possa servir de mote. Como o Nuno Teles também tem sublinhado, o Espírito Santo foi e é uma toda uma economia política da financeirização sobredeterminada externamente pela integração europeia. Aposto que isto não vai melhorar com o reforço em curso do controlo estrangeiro da banca, sabendo nós o que aconteceu também devido a isso noutras latitudes.

Bom, aposto que fará o seu caminho a ideia de que uma regulação nacional conforme ao interesse público, e não aos míopes mercados, só pode existir com modificações no regime de propriedade e nas lógicas de gestão da banca. Isto no muito actual espirito de um decreto-lei aprovado fez quarenta anos no passado dia 14 de Março.

Entretanto, as circunstâncias externas de liberalização financeira e integração monetária, obrigam a levar mais longe esta discussão e estou certo que isso será feito, ou seja, o debate também será o seguinte: é possível desfinanceirizar a economia, controlar a banca e o bem público que é o crédito, sem reestruturar a dívida, sem impor controlos de capitais e sem um banco central nacional digno desse nome, ou seja, sem sair do Euro, o principal marco da tal financeirização?

1 comentário:

  1. Nãos eria melhor, em vez de pensar em alterar a propriedade da banca, pensar em separar a banca de investimento da banca a retalho?
    Bancos que não fossem de investimento só poderiam comercializar depósitos a prazo, e bancos de investimento não poderiam comercializar depósitos a prazo.
    Isso chegaria para acabar com trapalhadas como a dos alegados burlados do BES.

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