João Miguel Tavares pega no valor final entre 29 a 30% da população activa para uma
dimensão real do desemprego – ecoado no jornal “El Mundo” - e assusta-se.
E ao assustar-se, achou que só pode estar errado. Não foi buscar as estatísticas
publicadas, não foi estudar o assunto, não conhece as opções estatísticas que
estão na base de conceitos de “empregado” e “desempregado” que são - no mínimo –
limitados para cobrir a realidade do fenómeno do desemprego, e que poderiam
levar a uma discussão sobre se não se trata de opções de fundo, a nível
comunitário, para desvalorizar o desemprego; não conhece as razões que levaram –
precisamente – os organismos estatísticos - seguindo conselhos da própria OIT - a considerar os conceitos de “inactivos
desencorajados”, “inactivos indisponíveis”,
“subemprego”, sob pena de se perder informação relevante sobre categorias não consideradas nos conceitos "oficiais"; não conhece as alterações que foram feitas em 2011 no inquérito
ao Emprego e que passaram a abarcar obrigatoriamente no conceito
de “empregado”os estágios apoiados pelo IEFP; não sabe que os próprios conceitos estatísticos são objecto de discussão presente, precisamente por se considerar que, cada vez mais, que os conceitos "oficiais" omitem informação relevante; não pensou que a emigração foi, de facto, uma opção de quem não
tinha perspectivas de emprego e que, como tal, deveria ser contada para medir, não só o impacto que as medidas adoptadas tiveram, mas – mais grave! – o quanto terá de
ser feito, caso se queira atrair de novo esses activos, imprescindíveis para
acrescentar juventude a um sistema de protecção social e a um país inteiro.
JMT brincou. Inventou conceitos - no mínimo, sem sentido - que o Observatório poderia também considerar. Mas não refez as contas apresentadas pelo Observatório.
Havia uma coisa que JMT poderia ter feito para questionar os
valores a que se chegou e em que até lhe poderíamos dar razão. E que é a
seguinte: perguntar-se se estará a amostra do INE bem calibrada, a ponto de reflectir a
realidade nas suas estimativas. Mas isso era então toda uma outra conversa. E
uma outra discussão. Mais séria. Mas de momento, as estatísticas oficiais usadas pelo Observatório são as que se
conhecem, que servem para o Governo se alegrar quando a taxa oficial desce e que são seguidas por todos, por todos os organismos que trabalham com números. Uns fazem certas contas, outros não.
Mas JMT assustou-se. E sinceramente eu acho que ele tem
razão em assustar-se. Porque a dimensão da devastação é demasiado elevada para
que não seja tida em conta. Não será de 29 a 30%,
pode ser que seja de 25%. A questão de fundo é a mesma. É demasiado! É
demasiado para dar felicidade a alguém. E suscita a outra questão que deveria estar
no cerne destas eleições legislativas e de todas as crónicas de opinião: Como absorver consistentemente o
desemprego? Como crescer a ponto de criar emprego que absorva este desemprego?
Tanta coisa para discutir, sem insultar. É pena.
Se os números são alterados para parecerem aceitáveis é porque há muito se deixou de pensar nas pessoas. Uma sociedade que tolera que haja alguém que não tenha forma de subsistir é uma sociedade de sociopatas. Parece-me inaceitável que se discuta se devem ser cinco as pessoas que não tem o que comer ou dez, toda esta dialéctica é errada, alimentar as mentiras que são todos os dias ditas é em última análise um retrocesso. Estou convicto que quando as coisas mudarem serão muitos a achar que o que acabei de escrever é mais que óbvio.
ResponderEliminarO link para o artigo de opinião do JMT, logo no início do seu texto, está incorrecto. Cumprimentos
ResponderEliminarCoisas como "factos", "números" e "estatísticas" são coisas muito complicadas para a direita, a verdadeira política faz-se por feelings.
ResponderEliminarpara que discutir emprego ou Desemprego...s e os meios de produção se querem comuns a todos?
ResponderEliminarse se compreende estão continuamente a a chorar sobre o leite derramado.
sobre o ato de produzir utilmente caramba - só a utilidade é eficaz .
o emprego improdutivo forças armadas banqueiros e bancários funcionários públicos etc etc etc e tal vamos lá xer... como se diz nada criativos
assim assim
"Não será de 29 a 30%, pode ser que seja de 25%."
ResponderEliminarAfinal os tais 30% também lhe parecem exagerados. Daí que, por feeling, aceite baixar para 25%. Só não baixa mais porque é de esquerda.
Uma só nota.
ResponderEliminarDesde há muito se sabe que virá o tempo (se é que não é já esse tempo) em que não haverá emprego para todos. Se uma forma de emprego público será peregrinar em sucessivos cursos de formação e seus estágios parece-me bem mais interessante que juntar legiões em repartições públicas a exercitar o jogo 'simulemos que estamos ocupados e somos úteis'.
Não ne venham falar em dignidade, que a farsa de uma sinecura é tudo menos digno.
Dignidade?
ResponderEliminarNão pode. A palavra não joga com.
Porque josé lá saberá se a farsa da sua sinecura é tudo menos digna.
A nossa opinião a tão premente questão sobre a dignidade que o jose não pode sequer ouvir (pieguices do sujeito...) poderia ser dada.
Mas francamente não nos apetece porque o jogo do jose a mostrar-se ocupado e a ter-se como útil é, não só um jogo de simulação, como não passa de um emprego...a fazer uso do patrão
"Como absorver consistentemente o desemprego? Como crescer a ponto de criar emprego que absorva este desemprego?"
A direita extrema já tem a resposta. Não a que tem em conta a dignidade das pessoas, mas a que resulta de apresentar o seu modelo de sociedade como inevitável e imutável
Por isso há aqueles que defendem a chulice governamental de proliferação de falsos empregos à custa sabemos nós de quem.
Como o anúncio dum leite. Se não forem eles a propagandear a falta de escrúpulos, a baixeza de métodos e a sordidez da sociedade que defendem , quem o faria?
De
Quanto a um anónimo que faz o papel de "matemático" de trazer por casa, a resposta óbvia para o tipo de argumentos apresentado seria:
ResponderEliminar30% ? Só não sobe mais porque é de direita...e de direita canhestra.
Assim o neoliberalismo mostra por aqui a sua finura argumentativa.
(Na madeira parece que preferem outros métodos, ...como as chapeladas...
Um tema que o autor do post conhece bem...e que já o denunciou)
De
O futuro, pensando-o a partir do que agora é, parece um susto.
ResponderEliminarE o susto é de tal magnitude que reduzir a coisa a diferenciais Direita/Esquerda, Trabalho/Capital equivale a fugir á questão.
Na verdade o susto é tão grande que o simples e vulgar senso comum, recomendaria que Esquerda e Direita, Trabalho e Capital, Estado e Cidadãos se juntassem para pensar e resolver a equação em vez de andarem com maricadas a iludi-la, porque é só isso que andam todos s fazer.
Perguntem a um piloto qual a percentagem de trabalho humano em toda a operação de um vôo padrão e quanto é que é feito por computadores. Acho que vão ficar espantados com a resposta.
Mas tentem também saber o que se está a fazer em robótica e automação, e não é para daqui a uns anos, está a ser feito agora e é evidente que o ritmo aumentará sendo desnecessário explicar porquê.
Já agora perguntem a qualquer director de um banco, seguradora, grupo financeiro, etc., se bem lá no fundo não tem um certo medinho de levar um chuto porque na verdade o que ele faz, pode ser feito por um computador com um chip ás costas, por assim dizer.
Procurem também informação sobre Inteligência Artificial - não é o que será a inteligência Artificial daqui a uns anos mas o ela já é, agora.
Depois juntem tudo:
Robótica, automação inteligência artificial.
Depois é só pensar do jornalismo á limpeza de janelas, da reparação automóvel aos tribunais, da pastelaria ao controlo e gestão de tráfego aéreo e já agora terrestre, etc., e digam quantos empregos acham que sobreviverão ?!
De onde resulta um panorama em que:
O trabalho humano será simplesmente desnecessário desaparecendo o emprego.
Os custos de produção tenderão a fixar-se em mínimos residuais.
Mas as mercadorias e serviços defrontarão a falta de poder de compra de consumidores sem qualquer recurso ou rendimento.
Não é um susto ?
Pelo contrário.
ResponderEliminarO panorama actual obriga mais do que nunca a revisitarmos os debates ideológicos e as doutrinas económicas
Porque a equação( não sejamos redutores, as equações) não se resolvem com maricadas a iludi-la(s) em nome de aricadas que o não são
De
"A razão de que as economias capitalistas maduras perderam sua base industrial é a de que não era mais lucrativo que o capital investisse na indústria britânica no fim século XIX ou na indústria dos países da OCDE no final do século XX. Então o capital contrabalanceou esta queda de lucratividade se ‘‘globalizando’’ e encontrando mais força de trabalho para explorar.
ResponderEliminarE a lucratividade caiu porque a acumulação capitalista corta força de trabalho. Os capitalistas competem entre si para lucrarem mais. Aqueles com mais tecnologia podem passar na frente dos outros ao aumentar sua produtividade reduzindo os custos laborais cortando trabalhadores. A direção que seguem é sempre a de reduzir a quantidade de força de trabalho e aumentar os lucros. A contradição central, tal como foi explicada por Marx na lei da lucratividade, é que a redução da força de trabalho e o aumento da mecanização levam a uma eventual queda na lucratividade, o que faz com que a força de trabalho industrial seja reduzida nas economias maduras e expanda a indústria de maneira global. O capitalismo é um modo de produção que caminha na direção da mecanização, mas a mecanização também levará à sua própria morte, pois ela é um modo de produção voltada ao lucro e não a uma necessidade social, e mais mecanização significará menos lucro. Isto mostra que enquanto caminhamos para uma economia de robôs, o lucro do capital e os interesses sociais se tornarão cada vez mais incompatíveis. E uma sociedade de lazer é apenas um sonho impossível.
O crescimento do emprego está caindo em economias capitalistas avançadas, ele tem sido muito menor do que 1% ao ano no século XXI.
O engenheiro computacional e empresário de Silicon Valley, Martin Ford, coloca a situação da seguinte maneira: “enquanto as tecnologias avançam, as indústrias se tornam cada vez mais intensivas em capital e menos intensivas em trabalho. A tecnologia pode criar novas indústrias e elas são quase sempre intensivas em capital”. A luta entre capital e trabalho é então intensificada.
E tudo isso depende da luta de classes entre os trabalhadores e os capitalistas sobre a apropriação do valor criado pela produtividade do trabalho. E claramente os trabalhadores têm perdido esta batalha, particularmente em décadas recentes, sob a pressão das leis anti-sindicais, o fim da proteção ao emprego, a redução dos benefícios, o aumento do exército de mão-de-obra de desempregados e subempregados e através da globalização das indústrias"
(Cont)
"De acordo com o relatório da OIT, em 16 economias desenvolvidas, os trabalhadores obtiveram 75% da renda nacional nos anos 1970, mas este valor caiu para 65% alguns anos antes da crise econômica. Este valor cresceu em 2008 e 2009 — mas apenas porque a renda nacional se afundou nestes anos — antes de retomar seu curso descendente. Mesmo na China, onde os salários triplicaram na última década, a fatia da renda nacional para os trabalhadores diminuiu. De fato, isto foi o que Marx queria dizer com “pauperização da classe trabalhadora.”
ResponderEliminarE isso será diferente com os robôs? A economia marxista diria que não, por duas razões. A primeira, a teoria econômica marxista começa a partir do fato de que apenas quando os seres humanos realizam qualquer trabalho é que uma coisa ou um serviço é produzido. Então, apenas o trabalho pode criar valor no capitalismo. E o valor é necessário para o capitalismo. O valor é a substância do modo capitalista de produção. Os donos do capital controlam os meios de produção criados pelo trabalho e só o colocarão em uso para se apropriar do valor criado pelo trabalho. O Capital não cria valor por si só.
Agora, se toda a tecnologia, produtos e serviços pudessem reproduzir a si mesmos sem trabalho vivo, apenas a partir de robôs, as coisas e os serviços seriam criados, mas a criação do valor (em particular, o lucro e a mais-valia) não seriam. Como Martin Ford declara: quanto mais as máquinas comandarem a si próprias, o valor que o trabalhador médio adiciona começa a cair.” Então a acumulação sob o capitalismo cessaria logo antes que os robôs tomassem conta de tudo, porque a lucratividade desapareceria. Esta contradição não pode ser resolvida sob o capitalismo.
Nós nunca chegaremos a sociedades robóticas; nós nunca chegaremos a sociedades livres do trabalho — não sob o capitalismo. Crises e explosões sociais ocorreriam muito antes disso."
Michael Roberts
"O avanço tecnológico não fará a humanidade trabalhar menos. Será necessário um impulso revolucionário para mudar as relações sociais de maneira global."
(De)
3 de abril de 2015 às 12:47,
ResponderEliminar"o susto é de tal magnitude que reduzir a coisa a diferenciais Direita/Esquerda, Trabalho/Capital equivale a fugir á questão"
Ah, sim?
Tanto nos vendeu a direita as suas virtudes sobre a esquerda e do do capital sobre o trabalho, que a mínima justiça que se lhes faz é dar-lhes os méritos pelos tempos de susto vividos.
Não queriam a fama? Fiquem-lhe com o proveito.
Anónimo 13:39
ResponderEliminarMeu caro.
Uma reportagem TV mostrava, para aí dois meses atrás, uma nova fábrica de montagem automóvel nos USA, onde simplesmente não havia pessoas.
Mas há outra no Japão não custando acreditar que outras se lhes seguirão.
Mas isto só é novidade pela natureza da actividade, porque em muitos sectores, engarrafamento de bebidas, processamento e embalagem de produtos alimentares, fabrico de componentes e acessórios em série, etc., a coisa já vai muito adiantada, vem de longe e está a acelerar.
Longe de mim contradizer a teoria marxista de não existir valor sem exploração do trabalho humano.
Sublinho apenas que a tendência que começou a ser visível a partir dos 80 está a alastrar, e aparentemente, pelo menos, o capital proprietário das ditas industrias (e muitos serviços) passa muito bem sem a exploração do trabalho humano.
Quanto á sociedade que nunca será robótica.
(Não gosto da expressão porque deita mais poeira no ar. A sociedade é humana, o trabalho e a produção é que tendem e tenderão cada vez mais a não ser)
As pessoas resistem a associar o termo robot a tudo o que não pareça um boneco vagamente humanoide como os da Guerra das Estrelas.
De igual modo tendem a achar que Inteligência Artificial tem de ser igual á Inteligência Humana e todo o que não se enquadre não é inteligente.
Acontece que um robot ou qualquer tipo de automatismo tem de ser parecido apenas com o necessário para desempenhar bem uma dada função, sucedendo o mesmo com a inteligência artificial.
Bem vistas as coisas uma grua ou um braço soldador não se parecem nada com seres humanos mas cumprem bem as suas funções específicas.
A inteligência de uma abelha ou de uma máquina multibanco não se parecem em nada com uma inteligência humana mas tanto a abelha como a ATM cumprem a função para que foram criadas.
Se se olhar para o avanço do par Automação/Inteligência Artificial desde inicio dos 80 até agora, a isto juntarmos a capacidade que os computadores (na verdade sistemas informáticos) já possuem para aprender ficaremos com uma pálida ideia do que está, não só á nossa volta e recusamos vêr, mas também do que vem a caminho e fazemos de conta que não é.
Antes sugeri perguntar a um piloto quanto da pilotagem, nos modernos aviões*, é da exclusiva responsabilidade de computadores.
Mas podem perguntar também a um médico, quanto do trabalho médico num hospital num já não exige intervenção humana. Ouvi um médico elogiar os novos robots onde os estudantes de medicina estudam e praticam.
Por todas estas e ainda algumas que nem vale a pena falar para maçar ninguém, era bom que Esquerdas e Direitas, Capital e Trabalho, Estado e Cidadãos falassem enquanto isto ainda vai a tempo de não doer muito.
Caro anónimo 15:52
ResponderEliminarTanto a Direita como e Esquerda tem pesadas, muito pesadas, culpas no cartório.
Ou pensas que o mundo, incluindo toda a carga de gloria e horror, indiscutíveis vitórias da humanidade enquanto tal mas também a longa lista de crises, opressões, totalitarismos, etc., foram apenas obras da direita ou da esquerda.
Aliás, quando tiveres a minha idade verás que desde sempre existiram (e existem agora, também, claro) homens de Direita com excelentes ideias de Esquerda e igualmente homens de Esquerda (existem agora, também, claro) com belas e acabadas ideias de direita.
Mas questão dos rótulagem é ainda a que menos importa.
O facto filho é que as economias crescem e não geram emprego, gerarão cada vez menos, e fatalmente, o emprego tornar-se-á residual restringindo-se muito provavelmente a alguns ramos muito especializados da medicina.
E olha que não falo só do emprego de meio da escala para baixo.
Isto refere-se a todo o emprego, mesmo o daqueles que se julgam a salvo, emprego de tôpo, emprego de elites, emprego qualificado e desqualificado.
E isso, meu caro, acredita é uma batata quente de todo o tamanho e todas as Esquerdas e Direitas deste mundo não serão demais para arranjar uma solução.
Quero dizer; solução estou certo que a humanidade encontrará como encontrou outras vezes.
Resta saber é se seremos capazes de chegar a ela de forma inteligente e racional ou se serão, de nôvo, necessários milhões de mortes para chegar lá ?!
Uma forma "simpatica" e sempre muito bem escrita de JMT alfinetar os grandes teoricos que se deliciam em "culpar" quem nem sequer tem meios de criar empregos. Um faz de conta de quem tem muita sarna para se coçar.
ResponderEliminarCaro anónimo que anda a apanhar sustos e que parece que tem alguma dificuldade em compreender o que está escrito.
ResponderEliminarTalvez a culpa seja mesmo minha em não ter colocado o link do texto em causa
"Nós nunca chegaremos a sociedades robóticas; nós nunca chegaremos a sociedades livres do trabalho — não sob o capitalismo. Crises e explosões sociais ocorreriam muito antes disso."
Ora é aproveitar o tempo e tentar ler de novo. E verificar que a discussão não é sobre a robótica , mas sim mais vasta. Do emprego, do desemprego e do que esperar deles numa sociedade como esta.
Pois...é mesmo preciso um "impulso revolucionário"
O resto da sua conversa está certamente bem escrita. Mas é apenas chuva no molhado. Os factos já os conhecemos. Interessa sim contextualizá-los e encontrar formas de sair deste pântano.
Leia e vai ver que não dói nada.
De
Eis o link não colocado:
ResponderEliminarhttp://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Desindustrializacao-e-capitalismo/7/32124
De
O JMT parece que tem uma forma simpática e bem escrita.
ResponderEliminarDiz alguém
Considerar que os disparates do tavares e aquela escrita semelhante à dum boy a surfar na net é "simpática" é uma forma assaz curiosa de achar piadinha aos chistes dos "rapazinhos" lá de casa mas é sobretudo tentar tapar o sol com a peneira.
O tipo é um peralvilho ignorante. Um tonto, não a arrotar postas de pescada, porque as postas têm um cheiro de bradar aos céus , mas a afocinhar duma forma manhosa contra a realidade. E a marrar contra os estudos estatísticos ( os "grandes teóricos" dirão os fãs).
Entendamo-nos . O tavares pode não gostar daquilo a que da forma mais boçal chama de "categorias criativas". Mas o que não pode é duma penada ignorar os conceitos usados nos estudos e nos trabalhos sobre o tema.Aceites e aplicados internacionalmente.
O tavares e a sua escrita "muito bem escrita" (santo Deus) pode tentar rasurar a OIT e os desempregados.Pode mesmo açoitar daquela forma também assaz curiosa em que se mistura a conivência com a cumplicidade que não interessa "culpar" quem não tem meios de criar empregos ( não se riam por favor).Pode tentar ir buscar outros indicadores como ( e aqui cito Filipe Tourais) “activos infelizes”, “activos que não saíram do armário” “activos descontentes” e “activos sonhadores”.
Pode fazer tudo isto.
Mas não pode é ser desonesto e assumir-se como aqueles outros trastes que falavam da ciência como se esta fosse obra do diabo ou dos comunistas.
João Ramos de Almeida mostra que o rei vai nu.
É natural que isso provoque sarna, muita sarna para se coçarem, embora façam de conta que o tipo escreve bem e que tem uma forma simpática de alfinetar (santo Deus)
De
"3 de abril de 2015 às 17:42",
ResponderEliminarMas sabes a minha idade, vê-se pelo teclar, é?
Factual, sem ir buscar a guerra da restauração, aljubarrota, a tareia que afonso henriques deu à mãe, ou o big bang, é que nos últimos 30/40 anos a direita nos disse que assim é que se ia no bom caminho, tendo cumprido e posto em marcha e excecução todas as ideias que diziam ir dar um resultadão.
Agora, que finalmente mostrou resultados, fome, morte e doença, vêm dizem que nada têm a ver com isso. que não se pode pensar em termos de quem avisou o que ia dar a receita.
enquanto a esquerda disse que ia rebentar
A esquerda, como toda a doutrina messiânica, vê-se como anunciadora de um tempo de perfeição imutável, seja ele o fim da exploração, o fim da luta de classes ou uma treta qualquer desse tipo.
ResponderEliminarO amanhã não passa de um acerto do hoje, com uma visão que é a do tempo presente na melhor hipótese mas não raro recorre a padrões de há um ou mais séculps atrás.
Falar-lhes de futuro, dos sinais que asseguram uma mudança continuada sem um fim e sem um estádio final, não é sequer assustá-la, é falar-lhe de algo que lhe é incompreensível.
A esquerda vê-se em luta com a realidade, e nada lhe é mais familiar do que negá-la.
Vejamos:
ResponderEliminarPara o jose parece que a esquerda é doutrina messiânica.
Isto é um disparate tremendo, bem revelador dum maniqueísmo notável.E duma pesporrência direitista a rondar o extremismo
Mas a coisa continua. Passando por cima da questão da pluralidade das esquerdas, ou mesmo do que é ser de esquerda hoje, jose fala em "tempo de perfeição imutável".
Associa a tal treta ( vocábulo do uso do mesmo jose) outras questões mais ponderosas que o deixam angustiado, como o fim da exploração ou o fim da luta de classes.
Regista-se com algum gozo o reconhecimento por parte de jose desta realidade.Quanto à incredulidade pela fim da exploração, esta era comum à incredulidade do esclavagista pelo fim da escravatura. E ao slogan usado numa época pela igreja e pelo regime abominável de antanho segundo o qual pobres sempre os houve e sempre os haverá
De
Infelizmente há mais.Ou talvez não, porque a continuação é todo um programa que suscita algumas gargalhadas
ResponderEliminarRegista-se uma frase lapidar do dito jose sobre o que é o amanhã que afinal não passa de um acerto de hoje,(até onde nos poderia levar esta filosofia barata) mas com uma visão (entende-se que a visão do amanhã, que como se sabe a tem pois já acertou as dioptrias ) que é a do tempo, mas do tempo presente na melhor das hipóteses( o que seria se não fosse a melhor?), mas que não raramente recorre a padrões de há um século, quantas vezes mesmo mais.
Uma pérola digna dum personagem queirosiano...
Mas o rosário continua, quando jose se debruça sobre um futuro ( agora já não como acerto) mas como mudança continuada ( essa da "mudança continuada" é um flop...não só ignora como se processam as mudanças, como mostra o pavor que tem a tudo o que não seja "evolução na continuidade"). E escreve sobre quem ache que o futuro tem um fim ( coitado...talvez ler um pouco a Breve História do Tempo, que lhe será mais acessível que Einstein.) Ou quem ache que tem um estádio final.
Aqui desesperamos. Um estádio? Mesmo um estádio?Isto não será outra treta de quem gosta delas? Mas ainda por cima um "estádio " (seja isso o que isso for) final? Tipo metamorfose qualquer em que o final corresponde ao apito do árbitro a dar por findo o futuro?
Como classificar tal discurso?
O que resta é mais outro disparate maior. Parece que jose familiarizado com a esquerda acha que o que é mais familiar à "esquerda" é negar a realidade.
Deixando para lá a familiaridade com que jose conhece a família da "esquerda" e a forma familiar no jose como faz afirmações de todo gratuitas, anotemos todavia um pequeno pormenor.
É que quem luta com a realidade, com a quotidiana realidade, é a trupe neoliberal.É ver os seus axiomas económicos caírem por terra com todo o fragor.E a forma como a dita trupe foge quando confrontada com a frieza dos números e dos dados.
Talvez seja para fugir a tal realidade que jose umas vezes vem como jose ,outras vem como JgMenos,quem sabe?
De
DE, o conhecimento da Língua dificilmente te susterá a verborreia.
ResponderEliminarAinda assim, um modesto contributo:
Estádio: . Cada um dos momentos em que se pode dividir um processo ou uma evolução. = ESTADO, ETAPA, FASE, PERÍODO
Mais uma vez se sublinha que o sr jose me deve confundir com qualquer frequentador dos locais que frequenta.
ResponderEliminarOu replica apenas a linguagem em uso ouvida nos círculos familiares?
Ou atesta outras "qualidades"?
Posto isto sobra mais uma sonora gargalhada. O sr jose não percebeu a ironia e o "gozo" que percorre o texto mais os estádios" que acompanham o comentário? E não sabe (não,não sabe) que o que se pretende é realçar o estadio no que se refere ao estadiamento da espécie de juízo final atribuído desta forma ao futuro?
Saiu-lhe o "estádio" onde jose se sente mais à vontade.Eu vou assim repetir:
"Tipo metamorfose qualquer em que o final corresponde ao apito do árbitro a dar por findo o futuro"
Só mesmo (mais ) uma gargalhada.
Uma última nota para sublinhar, realçar e anotar o silencio comprometido e o assumir de forma desta forma indirecta de tudo o dito sobre o dito do jose. Antológico.Onde nem o estadio onde jose se encontra permite fugir ao estádio onde jose se coloca.Tudo lá escrito e jose refugia-se apenas no "estádio".
À espera do apito final?
De
Acabei de saber que a "larangeira" que sai do "modesto contributo" ( aí num post de 6 de Abril do João Rodrigues) é função directa do estadio (ou do estádio) dos conhecimentos em língua portuguesa.
ResponderEliminarEmbora se saiba que o estádio se levantou em pé para aplaudir o estado em que se encontra o laranjal onde pontificam as "larangeiras" do dito cujo.
De