terça-feira, 24 de março de 2015
Um cofre
Dois dos melhores jornalistas económicos nacionais, Rui Peres Jorge do Negócios e Sérgio Anibal do Público, estão de regresso no economiainfo. Um exemplo do que é uma excelente notícia: “Para o Estado português, que só tem estes depósitos [os tais “cofres cheios”] porque se endivida — e ainda a uma taxa média próxima de 4% — isso é particularmente grave. Se não vejamos: dos 24 mil milhões de euros de excedentes, cerca de 18,5 mil milhões são colocados no banco central, onde a taxa de depósitos oferecida é de -0,2%. Isto significa que, para além de pagar juros pelos empréstimos que pede para ter este excedente, o Estado português ainda paga juros pelos depósitos que tem de fazer com este excedente. Ao ano, mantendo-se um nível de depósitos como os actuais, serão qualquer coisa como 40 milhões de euros que o Estado paga ao BCE para este lhe guardar os cofres cheios.”
Quando se vai às compras, por vezes, o vendedor procura convencer o comprador a pagar, não a pronto pagamento, mas sim a prestações... leia-se... um banco deveria ganhar alguns juros com aquela compra.
ResponderEliminar.
Uma ministra das finanças falou em 'cofres cheios'... e qual foi a reacção de certas marionetas: "a ministra está a ter uma atitude fascista!"
Quer dizer, na óptica de certas marionetas, (como alguns ditadores tinham os 'cofres cheios') uma pessoa que queira ter uma 'reserva', e que queira fazer poucos empréstimos (pagando juros baixos por eles), é um fascista.
Na óptica de certas marionetas, não ter uma 'reserva', andar a fazer constantemente empréstimos (pagando juros altos por eles), andar constantemente de renegociação em renegociação da dívida, é que é uma coisa de democrata!!!
ANEXO:
Por muitos mestres-em-economia que existam por aí... quem paga não pode deixar de ter uma palavra a dizer!!!
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Ora, de facto, foram mestres anti-austeridade [com o silêncio cúmplice de (muitos outros) mestres/elite-em-economia] que enfiaram ao contribuinte autoestradas 'olha lá vem um', estádios de futebol vazios, nacionalização do BPN, etc, etc, etc...
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-» Votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
---> Leia-se: deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
[ver blog 'fim-da-cidadania-infantil']
então não sabem que as reformas dos "carolas" do bce vão ter se ser bem pagas? ----contribuinte Zé
ResponderEliminarDa mesma notícia:
ResponderEliminar"As vantagens: ter dinheiro suficiente para poder evitar ter de emitir dívida a qualquer custo num momento de conjuntura difícil e transmitir uma maior sensação de segurança aos investidores que investem em dívida portuguesa."
Estas vantagens têm naturalmente um custo. O que é preciso discutir, em abstrato, é qual é o nível de tesouraria que o Estado português deve manter. Quem terá sempre custos.
Apoiado!
ResponderEliminarOs factos em cada dia comprovam que o nunca terem sido atrasados os pagamentos de salários e pensões pelo Estado impediu que fosse entendido o exacto significado da falência que ocorreu e que não está afastada.
Esvaziem-se os cofres e fiquemos na total dependência de em cada dia provarmos sermos solventes, e merecedores de crédito.
Seguramente isso vai moderar a treta lamentosóreclamante.
Apoiado?
ResponderEliminarAgora esta é a forma encontrada pelas carpideiras governamentais para ocultar o escândalo dos ditos hipócritas e miseráveis da luís albuquerque sobre os cofres cheios?
A treta lamentosóreclamante do jose contra a clareza deste post de João Rodrigues vai ao ponto de fazer estas fitas para ocultar que, " para além de pagar juros pelos empréstimos que pede para ter este excedente, o Estado português ainda paga juros pelos depósitos que tem de fazer com este excedente. Ao ano, mantendo-se um nível de depósitos como os actuais, serão qualquer coisa como 40 milhões de euros que o Estado paga ao BCE para este lhe guardar os cofres cheios".
Um espanto.
Até onde vai o artifício e a desinformação manhosa?
A espantosa clareza do post conduz a estas misérias. No mínimo patéticas
De
Na óptica de certas marionetas a discussão é desviada para a atitude da ministra catalogada de "fascista"...
ResponderEliminarOra vejamos. Quando a ministra falou sobre os cofres cheios , com aquele ar de pesporrenta personagem,alarve e sem escrúpulos, o que é imediatamente criticável são os comentários da dita ministra e não propriamente o que dizem a respeito desta.
Esta forma de "discutir" é uma maneira de fugir ao odioso dos ditos da Albuquerque. Mas a leitura do comentário restante permite ver algo mais. A incapacidade para se compreender o que é citado no post. Os juros baixos são uma treta. Que se repita o final para ver se é desta que se percebe: " Ao ano, mantendo-se um nível de depósitos como os actuais, serão qualquer coisa como 40 milhões de euros que o Estado paga ao BCE para ESTE LHE GUARDAR OS COFRES CHEIOS"
Quanto ao quem paga deve ter uma palavra a dizer...quem paga é quem trabalha, quem vê o seu ordenado roubado, o seu salário fanado, a sua pensão pilhada, a sua mão-de-obra saqueada. Quem faz as dívidas são precisamente quem governa e para quem a governança governa. Vejamos o exemplo do passos coelho. Quem fez as dívidas à segurança social foi ele. É ele que as deve pagar e justificar o que fez. Com juros e com a penalização devida.As dívidas são deles e não nossa
Quanto a nacionalização do BPN...ela foi da responsabilidade de quem votou a favor da norma que nacionalizou «todas as acções representativas do capital social do BPN e de quem se absteve ( PSD e PP.) E de Cavaco Silva que promulgou a Lei 62-A/2008 em tempo record sem ter levantado qualquer objecção, sem a ter vetado ou devolvido à Assembleia da República, aceitando liminarmente a solução proposta.
Mas há outra coisa que tem que ser dita e de forma frontal. O roubo e o saque foram efectuados pela direcção do PSD ,onde se encontrava uma percentagem significativa do governo do cavaco e da direcção do PSD
Basta de tentar atirar areia para os olhos
De
"Portugal tem os cofres cheios”. Foi com esta tirada insultuosa, perversa, ignóbil, que a ministra das finanças encerrou as jornadas do PSD. Com a sua habitual pose altaneira, almejando o júbilo de uma plateia certamente inebriada pela gloriosa revelação, a responsável política que não foi senão “carrasco” de milhões de portugueses e portuguesas, vem gabar-se de que, afinal, o país “tem os cofres cheios”. Cofres cheios “para honrar os seus compromissos na eventualidade de surgirem perturbações no funcionamento do mercado”, claro está, não vá haver qualquer tipo de dúvidas. E eis-nos então perante o país sonhado por PSD e CDS: um país “de cofres cheios”, mas que obriga crianças a irem à escola nas férias para terem direito a uma refeição digna.
ResponderEliminarO que foi que aconteceu entretanto neste país ao mesmo tempo que se “enchiam os cofres”? Milhares de famílias eram arrancadas de suas casas devido aos cortes de rendimentos e impossibilidade de cumprimento das suas obrigações. Milhares de pessoas desprovidas de qualquer apoio social entregues à sua sorte, condenadas à mendicância da caridade. Centenas de milhares de jovens atirados para a emigração por políticas recessivas e destruidoras do tecido empresarial. Dezenas (centenas?) de mortos em unidades de saúde que foram decepadas por cortes cegos e racionalizações obsessivas. Milhares de jovens que abandonam os estudos e a possibilidade de cumprirem os seus sonhos por falta de apoios e pelo empobrecimento acelerado das suas famílias. Degradação social, desemprego acentuado, desinvestimento público, obras paradas, progressões congeladas, contratações escassas e precárias, retrocesso económico, mais pobreza, mais infelicidade, mais desespero, mais miséria. A sorte é o país ter “os cofres cheios” para pagar “aos mercados”.
Mas todos sabemos também que não foram só “os cofres” do estado que encheram durante todos estes anos. E encheram à custa do suor e da miséria de muita gente. Os banqueiros, por exemplo, nunca tiveram os cofres vazios. As grandes fortunas aumentaram como nunca. Os milionários continuaram a acumular. Ninguém lhes tocou com um dedo. Ninguém lhes fez frente, antes pelo contrário. Os ricos mais ricos, os pobres mais pobres, a concentração de uma grande percentagem da riqueza nacional nas mãos de meia dúzia, são as estatísticas oficiais que o dizem, é a realidade que o demonstra."
Ivo Rafael Silva
(De)
A ministra das finanças diz:
ResponderEliminar«Os cofres estão cheios para...»
A canalha jornalística esquece o 'para ...' e faz título de
«Os cofres estão cheios»
A tropa treteira, que não sabe o que dizer para governo do país, logo entra no discurso lamentosóreclamante.
Mais do mesmo, tudo normal na pocilga.
Anónimo de 24 de março às 17:51,
ResponderEliminarA questão é sempre a mesma. Transmitir segurança aos investidores? E transmitir segurança a quem cá vive?
A questão é que os tais "investidores" estão a condicionar as políticas democráticas.
E o problema é estarmos dependentes desses mesmos investidores, e com as mãos quase que amarradas no que toca a políticas económicas.
Não pondo isso em causa,os governo fazem o melhor que podem. Não sendo necessariamente grande coisa.
A "canalha jornalista" referida pelo jose tem as pernas curtas.
ResponderEliminarNão é que os órgãos de informação não sirvam fielmente o dono e os interesses que servem
Mas é que, sabendo nós as águas em que jose navega e a sua proverbial fuga a tudo o que seja realidade factual, postámos já de propósito a respota ao jeito de fuga do mesmo Jose/Jgmenos.
Ora é só ler o que o Ivo escreveu sobre o tema.
Repete-se para confirmar o que sobra deste discurso de tropa treteira, que sabe bem o que dizer na defesa da governança do país.
"Cofres cheios “PARA honrar os seus compromissos na eventualidade de surgirem perturbações no funcionamento do mercado”, claro está, não vá haver qualquer tipo de dúvidas."
E mais adinate:
"Degradação social, desemprego acentuado, desinvestimento público, obras paradas, progressões congeladas, contratações escassas e precárias, retrocesso económico, mais pobreza, mais infelicidade, mais desespero, mais miséria. A sorte é o país ter “os cofres cheios” PARA pagar “aos mercados”.
Percebe-se assim o discurso lamentosóreclamante de quem o faz. Ou seja,ais do mesmo, tudo normal na pocilga
De
Este José(zito), pobrezito (de espírito) e pouco inteligente, sobra-lhe em espírito missionário (ao serviço do Passismo) o que lhe falta em inteligência, capacidade crítica de análise e isenção.
ResponderEliminarSe ele é o tal JGMenos que se diz noutro comentário, é um ex-emigrante português em França, admirador do FN e da senhora Marine Le Pen (ele próprio - JGMenos - o confessou no blog Arrastão).
Tudo boa gente, JGMenos e Marine Le Pen: «les bons esprits se trouvent».
Quando o blog Arrastão existiu, estava lá de plantão a defender o Passismo, como encerrou, passou a vigia o Ladrões de Bicicletas para justificar as migalhas que o seu dono lhe dá ao fim do mês.
Tristes figuras que esta espécie de gente, estes trastes humanos fazem: sempre houve ao longo da história, sempre haverá.
o
José.
ResponderEliminarEste video é para ti: https://www.youtube.com/watch?v=hC-fPIRCWhQ
A ver se finalmente abandonas a pocilga!
A pocilga agita-se...Fontes refocila.
ResponderEliminarAgradeço ao anónimo o interessante vídeo que coloca em evidência um dos síndromes que sustenta a infelicidade da esquerda: ou lacaio ou a felicidade que outros lhe outorgarão.
ResponderEliminarDeixemos para lá a linguagem patibular de quem a usa da forma confrangedora que se regista.
ResponderEliminarO cofre da ministra albuquerque posto em evidência para cumprir a prostituição nacional aos "mercados" e para aferir também o perfil ético da personagem em causa, tem, como aqui já se revelou, o seu contraponto real:
"O Memorando de Entendimento (2011 / 2015):
Em Portugal regredimos 15 anos:
-as alavancas económicas estratégicas do País estão quase todas nas mãos de capital estrangeiro;
-foram destruídos 400.000 postos de trabalho;
-o investimento público, e também o privado, bateram no fundo;
-a dívida explodiu, atingindo 134% do PIB;
-1/4 da população vive na pobreza ou no limiar dela.
-Em três anos de Pacto de Agressão os salários foram reduzidos em mais de 18%;
-cerca de 70.000 empresas encerraram portas,
-a precariedade disparou e cerca de 300.000 trabalhadores foram obrigados a emigrar, nomeadamente jovens quadros.
A filosofia dos memorandos de entendimento, ou dos pactos de agressão como lhe chamamos, foi a de, num curto espaço tempo, concentrar, forçar e intensificar, de forma particularmente violenta, políticas e medidas de concentração e centralização de capital, de empobrecimento das populações, de aumento da exploração e de retirada de soberania aos Estados.
Mas estas são políticas e orientações que há muito vinham paulatinamente sendo impostas no quadro do processo de integração capitalista. Políticas e medidas que respondem a interesses de classe – os dos grandes monopólios e do directório de potências comandado pela Alemanha – e que visam manter os seus instrumentos de domínio, nomeadamente o Euro, à custa das condições de vida e direitos dos povos".
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/o-memorando-de-entendimento-2011-2015-1877577
De