domingo, 2 de novembro de 2014
Duas defesas de Passos Coelho
1. Passos Coelho tem razões para se sentir exasperado com o seu campo político-ideológico. O seu governo faz cortes sem precedentes na despesa pública, ou seja, nos rendimentos directos e indirectos, reduz a chamada, por manipulação ideológica, rigidez do mercado de trabalho, ou seja, transfere direitos e rendimentos para os patrões (e correspondentes obrigações acrescidas para os trabalhadores) ou privatiza o que ainda há para privatizar com determinação. E ainda se queixam. Nós até percebemos a ideia dos mais estratégicos críticos de direita de Passos: trata-se de puxar as fronteiras do possível, com o argumento de que nada ainda foi feito, de que tudo está por fazer. Mas trata-se também de uma fuga à responsabilidade, já que a violência social, retratada, por exemplo, no último relatório da UNICEF, é parte indissociável do pacote. Passos, Portas, Albuquerque e companhia, realistas, sabem do que se trata na austeridade e na neoliberalização realmente existentes: alterar as regras para transferir rendimentos de baixo para cima, empobrecer amplos segmentos da população para enriquecer segmentos estreitos, a sua gente. Pelo contrário, muitos dos críticos de direita, os que têm sempre o “liberalismo” na ponta da língua, os que acusam este governo de só o ter de “pacotilha”, parecem achar que esta política pode ser um processo de expansão generalizada das liberdades, com cortes nas “gorduras, reformas indolores no “Estado”, outras tantas oportunidades para que todos possam viver felizes para sempre no meio da prosperidade generalizada. Patéticos e preguiçosos, de facto.
2. Passos Coelho é o europeísta mais consequente. Ao declarar que pretende continuar a desafiar a constituição em matéria de reposição de cortes, Passos revela um realista entendimento das implicações das regras europeias em matéria de austeridade. O mesmo se passa noutras esferas. O seu programa é o programa europeu, o programa inscrito nas análises e regras de Bruxelas e de Frankfurt. Neste processo confronta a oposição maioritária com as suas insuficiências e contradicções, com as suas fantasias europeias. Passos sabe que só pode ganhar se mostrar que não há alternativa, seja em matéria de austeridade, seja em matéria da natureza das reformas em curso. E sabem que mais? Pode não haver mesmo. Não me entendam mal: não há alternativa para quem não esteja disposto a fazer rupturas com o europeísmo realmente existente. De Valls a Hollande, a realidade está aí. Esta é a força da política do governo, a força do esvaziamento da soberania democrática. E acreditem: nunca houve força como esta.
1 - verdade se diga que a distribuição tem por limite a obsolescência a que se segue a miséria do desemprego. O princípio da irreversibilidade de direitos e níveis de vida é em si estúpido.
ResponderEliminar2 - A questão europeia tem por drama essencial a não existência de tutelas alternativas.
Muito bom.
ResponderEliminarConcordo. «Patéticos e preguiçosos, de facto.»
“a força do esvaziamento da soberania democrática. E acreditem: nunca houve força como esta.”
Bem exposto por João Rodrigues focando nos pontos certos.
Reconhecer que o esvaziamento da soberania democrática é a realidade que está imposta é uma espécie de grau 0 da consciência do estado de condicionamento forçado.
Alargar essa consciência ajudava.
E eu concordo com a concordância de vernon.
ResponderEliminarMas repare-se como o descrito por João Rodrigues faz logo saltar alguém, em defesa da doutrina associal da quadrilha que nos governa, conferindo uma espécie de verdade irremediável à política criminosa que passos/portas/albuquerque seguem.
Traduzido no slogan, usado até se tornar fétido, da "estupidez da irreversibilidade dos direitos e dos níveis de vida".
Será que esse alguém estará a falar dos direitos e dos níveis de vida dos patrões ?
Por outro lado a questão europeia é anunciada ( num português um pouco trôpego é verdade), por este mesmo alguém, como de sentido único e irremediável (mais uma vez a ideologia neoliberal a tentar fazer passar o mesmo fado).
Mas com um pormenor picaresco.É a admissão sem rebuço de "tutela" necessária e sem alternativa. Disfarçada tal tutela como " drama essencial" pois claro.Mas não ocultando o apelo à submissão e ao latir em alemão ou de qualquer outra língua que reproduza a lógica essencial dos mercados e desta europa com que nos envenenam
Ou de como a direita e a extrema-direita seguem cantando e rindo, reproduzindo os cantares do Miguel de vasconcelos enquanto se aboletava na cama da rainha ao serviço dos interesses de castela.
De
"O princípio da irreversibilidade de direitos e níveis de vida é em si estúpido.", diz o José, mas claro que isso só se aplica aos trabalhadores, porque, se os direitos e níveis de vida em causa forem os dos banqueiros, então nada mais inteligente do que os manter. Estes liberais de %/$# bem podiam ir para a %$%» que os pôs.
ResponderEliminarSe há princípio com que os patrões convivem dia a dia é com o princípio da reversibilidade dos rendimentos, e sabem ser esse o seu único direito.
ResponderEliminarQuem diz tutela diz financiador de falidos.
Alguém
O tímido das 06:51 está a falat dos bancários e confunde-os com banqueiros.
ResponderEliminarProvavelmente as bestas não liberais, pqp,preferiam um Novo BPN a um Novo Banco.
Não se percebe de facto a tentativa de recuperação da palavra "tutela" por quem a usou e a usando se arrependeu presto de a usar , dada a descodificação do seu significado
ResponderEliminarAtendendo à solicitação , apressada e um pouco tosca, podemos fazer todavia a correcção solicitada
"Mas com um pormenor picaresco.É a admissão sem rebuço de "tutela" ,perdão, de "financiador de falidos" necessária e sem alternativa. Disfarçada tal tutela, perdão financiador de falidos como " drama essencial" pois claro.Mas não ocultando o apelo à submissão e ao latir em alemão ou de qualquer outra língua que reproduza a lógica essencial dos mercados e desta europa com que nos envenenam
Ou de como a direita e a extrema-direita seguem cantando e rindo, reproduzindo os cantares do Miguel de vasconcelos enquanto se aboletava na cama da rainha ao serviço dos interesses de castela.
Será que a tutela,perdão,financiador de falidos, também se apercebia na altura da vera importância do vocabulário adequado para ver se passava ,por entre as dobras dos lençóis da rainha, a serventia adequada dos servos?
De
Quanto ao princípio do convívio dos patrões com a reversibilidade dos seus rendimentos
ResponderEliminar( é escusado falar sobre a retórica piegas deste ser o "único direito" daqueles.Ter em atenção uns posts , aqui mesmo no Ladrões, em que eram abordados os perdões fiscais.Enfim, uma tristeza)
Vamos aos factos:
"O relatório OXFAM sobre as desigualdades no mundo fala-nos de um "sistema falseado em benefício de alguns": 1% da população detêm 50% da riqueza mundial, os restantes 99% partilham a outra metade. Nos EUA os mais ricos confiscaram 95% do crescimento após a crise financeira de 2008 e os mais pobres empobreceram. Portugal é dos países com maior nível de desigualdades da OCDE. Em Portugal a parte dos mais ricos duplicou entre 1981 e 2012. Quem andou a consumir acima das possibilidades?"
De
Mas de facto há que fazer uma distinção entre as micro e pequenas empresas e os grandes tubarões:
ResponderEliminar"A diferença entre MPME e grandes empresas não é apenas de dimensão. Há diferenças económicas estruturais e de ordem política. O sector monopolista (os oligopólios são formas apenas mitigadas de monopólio) constitui-se como oligarquia e os seus interesses tornam-se política de Estado, assumem o seu controlo. É o que ocorre atualmente em Portugal e que a tutela da UE promove.
As grandes empresas dominam os sectores estratégicos e de maior taxa de lucro nos combustíveis, petroquímica, química pesada, eletricidade, determinados bens de equipamento, farmacêutico, cimentos, papel, grande distribuição, etc. Graças às privatizações capturaram monopólios naturais e prestação de serviços públicos. Tudo isto representa encargos acrescidos para os consumidores, nos quais se incluem as MPME.
A defesa da “iniciativa privada” reclamada pela direita e pela CIP foi sempre a forma encapotada de misturar os interesses do grande capital, a oligarquia, com os das MPME. Enquanto o crescimento médio anual dos lucros líquidos nos três anos da troika foi superior a 7,5% [1] as falências e dificuldades das MPME agravaram-se dramaticamente. Entre 2010 e 2012, segundo dados INE sobre indicadores das empresas, o número de MPME reduziu-se de cerca de 6 000 unidades. Quanto às empresas que são constituídas, levadas em grande parte pela miragem do “empreendedorismo”, têm em média uma vida útil de dois anos.
Estas dificuldades são o resultado directo das políticas de austeridade pro-monopolistas. Nos últimos três anos, em valores acumulados o PIB reduziu-se 6%, a procura interna 14% e a FBCF 30%. Os dados mostram uma evidente correlação entre a redução do nível de salários e rendimentos dos trabalhadores e as dificuldades das MPME, que expressa as contradições entre os interesses destas e os da especulação financeira e dos monopólios.
Efectivamente, 90% das MPME dependem do mercado interno. A melhoria da situação das MPME não se faz pela redução geral dos salários, visto que estes representam em média apenas 16,6% do volume de facturação, valor que tenderá a decrescer na medida do seu desenvolvimento, investimento, melhoria da produtividade e, claro, plena da carteira de encomendas. O VAB das MPME é em média cerca de 25% do volume de negócios, o que mostra a grande dependência destas empresas de factores que lhes são externos, designadamente do crédito, dado que os capitais alheios constituíam 72% dos fundos utilizados para financiamento das suas actividades"
O sector monopolista, deixa os riscos de mercado para as MPME. A "competitividade" entre os oligopólios da distribuição, faz-se à custa da redução de salários e direitos dos seus trabalhadores e contratos leoninos sobre as MPME fornecedoras, absorvendo lucros fabulosos. Na realidade, o sector monopolista e financeiro, explora e enfraquece os restantes sectores económicos.."
Vaz de Carvalho
Há mais.
Mas por enquanto saboreio a irritação e a crispação do jose, interrogando-me se as iniciais misteriosas que jose publica (pqp?) são fruto da confusão entre banqueiros e bancários ou se é uma espécie de ternura que desponta sempre( mas sempre) por tal espécie de gente.
De
Caro João Rodrigues. Nem a UE nem o Euro são incompatíveis com a economia portuguesa. Precisamos de uma fiscalidade inteligente e de uma política energética soberana. 1/5 das nossas importações são carros e combustíveis, alocamos recursos estratégicos astronómicos em rodovia (carros e combustíveis) e damos benefícios fiscais a quem quer trocar de carro. O nosso défice comercial tem sido muito próximo das importações de carros e combustíveis, todavia estamos longe de ter resolvido os nossos problemas de mobilidade. Rogo-lhe que leia este texto e repare como fizeram países como Bélgica, Holanda ou Dinamarca.
ResponderEliminarCumprimentos
Se JP Ferreira se der ao trabalho de verificar o histórico do Ladrões verá que as questões são muito mais profundas e complexas do que parece apontar uma afirmação como esta: "Nem a UE nem o Euro são incompatíveis com a economia portuguesa"
ResponderEliminarPorque esta afirmação é uma espécie de desejo sincero, de slogan propagandista ou de crença louvável.
Mas não é mais do que isso.
E a realidade e a profundidade das questões não passam infelizmente por aí
Independentemente do mérito da abordagem crítica sobre o que se passa com as nossas vias,meios de comunicação e combustíveis.
Aí também uma política soberana é possível e desejável
De
Caro João Rodrigues. Sair do Euro é empobrecer o país imediatamente, o contrário daquilo que presumo que queira, e daquilo que o PCP/BE tanto criticam nas políticas deste governo por serem "políticas de empobrecimento". Se saíssemos do Euro, os rendimentos dos portugueses cairiam imediatamente pelo menos 20%, e como a dívida continuaria em Euros, a mesma tornava-se pelo menos 20% mais difícil de pagar. O nosso problema, como aponta muito bem o prof. Ferreira do Amaral, é o défice externo, no qual carros e combustíveis contribuem em 1/5 nas nossas importações. Não acuse a UE ou o Euro de serem os responsáveis pelos erros crassos que o país efetuou no domínio das finanças públicas, principalmente durante o período Sócrates; nem acuse a UE, de termos optado por diversos anos consecutivos por ter défices excessivos, ou por estarmos no top 5 dos países da UE com mais autoestradas considerando população, área e PIB.
ResponderEliminarcumprimentos
JP Ferreira:
ResponderEliminarEspero que perceba que quem lhe chamou a atenção não foi o João Rodrigues.
Ponto final parágrafo.
Antes de mais aqui vai um livrinho que lhe deve ser útil,antes de disparar mais tiros tão clamorosamente ao lado
"Porque Devemos Sair do Euro"
de João Ferreira do Amaral
http://www.wook.pt/ficha/porque-devemos-sair-do-euro/a/id/14875270
Sinopse
Em 1581 Portugal rendia-se a Espanha. Em 1992 capitulava aos pés de uma Comissão Europeia crescentemente instrumentalizada pela Alemanha. Não houve referendo, os eleitores não foram consultados. As elites portuguesas, que esperavam vir a beneficiar largamente dos fundos estruturais europeus, entregaram levianamente a nossa moeda - e com ela a soberania monetária. O resto é história. A partir de 2008, a Comissão Europeia, cortando com toda a sua tradição anterior, tornou-se um órgão ao serviço do novo poder. A economia Portuguesa, asfixiada pelo novo marco, sucumbiu. Mas a tragédia tinha sido anunciada. Na década de 90 várias vozes tinham-nos alertado para os perigos da adesão à moeda única. Uma das mais destacadas e consistentes foi a do Professor de Economia João Ferreira do Amaral. O tempo, infelizmente, viria a dar-lhe razão - e concretizaram-se as suas mais negras previsões. Mas não temos de nos conformar. O autor argumenta que podemos e devemos sair do Euro. Explica-nos como e quando; enuncia as condições que têm de estar reunidas para o fazermos com sucesso; e aponta os caminhos para um Portugal pós-Euro. E na mesma medida em que apoia a nossa permanência na União Europeia (com a devida distância) reivindica a imperiosa saída do euro como a única solução possível para recuperar a autonomia. E ultrapassar a crise".
Ficará para mais tarde o desconstruir as análises simplistas sobre o discurso do défice e da UE e etc e tal e tal e etc.Embora,como já o aconselhei, fosse bom ler mais do histórico deste blog e deixar de prestar exclusivamente atenção à cartilha governamento/troikista.
De
Seria interessante e de boa educação eu saber com quem escrevo, alguém que é por vezes rude e que assina apenas como De.
ResponderEliminarA sinopse que li (refiro-me apenas à sinopse), é tudo menos económica, trata-se apenas de um delírio político saudosista e anti-europeísta com pouco fundamento económico.
Acompanho desde há muito o ideário do Prof. Ferreira do Amaral e discordo do mesmo e já escrevi sobre isso:
http://www.veraveritas.eu/2014/10/o-euro-falacia-economica-do-prof-joao.html
A grande maioria dos economistas em Portugal discorda com a saída do Euro, o Prof. Ferreira do Amaral nesse ponto está praticamente isolado.
Foi o Euro que nos obrigou a construir autoestradas faraónicas? Foi o Euro que incentivou as famílias a terem três e quatro carros, porque o governo não taxou estes bens importados? É o Euro que nos impede de taxar mais combustíveis? Foi o Euro que nos impôs défices consecutivos porque os partidos do centro queriam assaltar o poder comprando os eleitores com mais salários e pensões?
É muito fácil culpar o vizinho pelos problemas que temos em casa.
cumprimentos
PS: não lhe reconheço qualquer autoridade para me dizer quando eu devo ou não pontuar as minhas frases!
Por muito que lhe custe vai ter que se contentar com o Nick "De".
ResponderEliminarEnquanto tal for permitido pelos donos deste blog.
O que me interessa é o debate de ideias.Mais nada do que isso. Nada mais do que isso. Estou-me positivamente nas tintas se debato com o sr a ou o senhor b, o aprendiz de feiticeiro ou o merceeiro da esquina.Todos podem dar o contributo para o debate ,independentemente do seu pedigree ou do que se entende por isso
De
Mas não deixa de ser um ato de cobardia ser rude perante os outros anonimamente. E não sou aristocrata, sou um plebeu, que adora debater ideias, independentemente com quem seja.
ResponderEliminarNão estou minimamente interessado na sua "opinião" a respeito da sinopse que leu.
ResponderEliminar"Delírio político saudosista e anti-europeísta com pouco fundamento económico" é uma afirmação que curiosamente denota um delírio saudosista troikista, pro-europeísta e despida de qualquer fundamento económico. Esta forma de discutir não interessa nem ao menino Jesus.
Daí que se não se importa é melhor deixar os chavões toscos para outros.
O motivo da colocação desta sinopse radica directamente da sua defesa patética na permanência no euro da forma como o fez.Uma coisa a 20%.
A situação começa a assumir foros confrangedores quando diz em sua defesa,e cito:
" O nosso problema, como aponta muito bem o prof. Ferreira do Amaral".
Ora Ferreira do Amaral diz muito mais do que isso.Diz que o nosso problema é o Euro. Os tais 20% ao fundo. O autor utilizado como álibi tem afinal uma opinião contrária à defendida tão levianamente pelo Sr Ferreira.
Como bem se percebe é perfeitamente secundário o seu acompanhamento do ideário do João Ferreira do Amaral e do que sobre ele escreve. O que ressalta é que o utilizou aqui em defesa do que não tem defesa.A correcção do disparate ficava-lhe bem. O pedir ajuda à "grande maioria dos economistas" para além de ser de uma puerilidade absurda , ainda sublinha mais o despropósito de citar JFA quando se discutia a "saída do euro"
Infelizmente a coisa ainda se torna "pior" quando diz que " o Prof. Ferreira do Amaral nesse ponto está praticamente isolado."
É falso e denota uma arrogância ignorante que brada aos céus.A cultura científica devia ser um objectivo de todos.Crer que o debitado nos media generalistas e nos blogs de reputação duvidosa ou fidelizados à matriz neoliberal constitui o rumo único e a verdade a seguir pelo rebanho dá cenas como estas.
Os autores deste blog, todos eles com nome e prestígio reconhecidos travam um combate há anos contra a mediocridade instituída.E não estão sós.Pelo contrário as vozes dos que contestam as evidências primárias do sr Ferreira são cada vez mais numerosas.
Pelo exposto torna-se claro que me abstenho de comentar o seu fraseado a respeito do euro e das suas não responsabilidades.Manifestamente redutor querer começar uma discussão sobre um tema que já foi aqui discutido bastas vezes e duma forma bem mais completa do que estes arremedos panfletários.Se sair da sua zona de conforto e consultar (mais uma vez lhe digo) o histórico este blog ( o melhor blog para as questões económicas no ano passado, segundo uma votação na rede) verificará que não há agora espaço para tais exercícios a cheirar a demagogia barata.
De
Quanto a esta enigmática frase:
ResponderEliminar" não lhe reconheço qualquer autoridade para me dizer quando eu devo ou não pontuar as minhas frases!"
confesso a minha perplexidade total.
A que propósito este comentário?
Será que radica deste meu parágrafo?
"Ficará para mais tarde o desconstruir as análises simplistas sobre o discurso do défice e da UE e etc e tal e tal e etc.Embora,como já o aconselhei, fosse bom ler mais do histórico deste blog e deixar de prestar exclusivamente atenção à cartilha governamento/troikista.
Então é bom que o leia de novo a ver se ...
De
Para algém que diz que gosta de debater ideias, o caro De, cinge-se muito em anónimos ataques pessoais, desprovidos de qualquer cariz racional. Se quiser debater factos e números, diga.
ResponderEliminarDeixemo-nos de tretas.
ResponderEliminarÉ aflitivo alguém que devia ter algum cuidado com o que escreve, colocar banalidades, falsidades, inverdades como o sr Ferreira o faz.
Parece que estamos num blog mal afamado que replica as teses dum césar das neves ou dum jose gomes ferreira
A defesa do euro por parte do sr Ferreira vem a par com convocações de críticos acérrimos do euro ( como João Ferreira do Amaral), o que denota sei eu lá o quê. Ignorância sem sombra de dúvida. Mas também a falta de humildade de quem é incapaz de reconhecer que foi pelo menos infeliz.Alguma pesporrência ou simplesmente uma pequena fraude?
As generalidades pueris são o traço grosso duma argumentação que o não é. Nem vale a pena falar nos 20%( !) ou no fadinho dos gastos acima das posses ,nem dos carros etc e tal.Um conhecido troikista, para exemplificar o despautério do comportamento dos portugueses, ousou afirmar que estes até compraram frigoríficos.Está gravado e dá-se um doce a quem foi o tipo que disse tal barbaridade .
Mas depois o "espectáculo" continuou. O ridículo de afirmações como " o prof Ferreira do Amaral está praticamente isolado", a referência quase que pavlovina à compra de votinhos , as generalidades improváveis em quem tem pretensões ao que quer que seja, tornam a argumentação do sr Ferreira difícil de "digerir". Por falta de substância.
(Não vale a pena falar no ridículo da queixa quanto à "pontuação das frases". o problema parece que extravasou para a simples compreensão do que se lê?)
Perante tudo isto o que faz o sr Ferreira? Queixa-se amargamente do anonimato, fala em ataques pessoais e aponta para a ausência de racionalidade. E pede para se discutirem factos e números.
Um processo de fuga?
Porque os factos que foram debatidos e apontados ao sr Ferreira ( confesso que com alguma acidez) merecerem o silêncio absoluto mas comprometido do sr Ferreira. Os exemplos aí estão. O apontar para as incongruências do discurso deste traduziram-se num desafio para um duelo de "factos e números".Ponto de exclamação
Confessemos que é duma pobreza confrangedora
De