quinta-feira, 10 de julho de 2014

Não deixa de ser revelador


Não deixa de ser irónico constatar que a principal ameaça à estabilidade financeira do país não vem do facto do Tribunal Constitucional bloquear parte da estratégia de austeridade do governo, mas sim um dos maiores grupos privados portugueses.

João Galamba (via câmara corporativa).

11 comentários:

  1. A ironia é nenhuma!
    Para o credor tanto se lhe dá que o funcionário público prospere e o proletário padeça, desde que lhe paguem.
    O que o impressiona é ....buraco!
    Seja ele défice público ou privado.
    E em todo este cenário ES fala-se em crise e não se sabe ainda se é económica ou financeira.
    Porque se é financeira, tanto pior para o poder da família ES - que o mercado tratará de comprar barato, como tudo indica estar em curso - mas daí não virá mal ao mundo.
    PS: achei prudente não falar na despesa pública como hoje ouvi na AR.

    ResponderEliminar
  2. A ironia é enorme de facto.

    O que faz saltar alguns que defendem a todo o custo o direito sagrado do agiota e do credor.Sobretudo dos grandes interesses financeiros.
    Porque quando o credor é quem trabalha e vê o seu ordenado ou pensão serem alvo do roubo, aí já não interessa para nada o direito desse credor

    Peço desculpa mas o tema é recorrente.É verdadeiramente obsceno alguém falar que o "funcionário público prospera" enquanto o proletário padece.Os factos estão aí em toda a sua magnitude e estes truques sujos a laia de tentar isolar trabalhadores e colocar uns contra os outros só mesmo de alguém que faz o papel de advogado de defesa dos credores desta forma tão... tão primária e extremista

    Quanto ao que se passa com a família ES...um dos donos de Portugal que vem do tempo de salazar...
    O mercado a funcionar?
    Seria por isso que ouvi este senhor jose a defender o sr ricardo salgado mais o seu chorudo rendimento como justo e adequado ao seu mais que justo retorno?
    Era o mercado a funcionar também?
    Ou é o capital a funcionar como já há muito que se sabe que funciona este mundo sujo e sem esperança dominado pelo Capital?

    De

    ResponderEliminar
  3. 'Sobretudo dos grandes interesses financeiros'
    Aí de incluem os Fundos de Pensões.
    Mas ...nem digo mais nada!
    Essa cegarrega contra o capital não me interessa - trata DE de fazer a revolução e até lá não chateies!

    ResponderEliminar
  4. O Efeito Dunning-Kruger é o fenômeno pelo qual indivíduos que possuem pouco conhecimento sobre um assunto acreditam saber mais que outros mais bem preparados, fazendo com que tomem decisões erradas e cheguem a resultados indevidos, porém esta própria incompetência os restringe da habilidade de reconhecer os próprios erros. Estas pessoas sofrem de superioridade ilusória.

    Em Inglês
    Unskilled and Unaware of It: How Difficulties in Recognizing One's Own
    Incompetence Lead to Inflated Self-Assessments

    http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.64.2655&rep=rep1&type=pdf


    Em Português Pós Medieval

    «Do justo e duro Pedro nasce o brando
    (Vede da natureza o desconcerto!)
    Remisso e sem cuidado algum, Fernando,
    Que todo o Reino pôs em muito aperto;
    Que, vindo o Castelhano devastando
    As terras sem defesa, esteve perto
    De destruir-se o Reino totalmente,
    Que um fraco rei faz fraca a forte gente.»

    In os Lusíadas

    E hoje não maço mais :)







    ResponderEliminar
  5. Uma boa e apropriada citação dos Lusíadas

    Quanto à fuga do jose confesso que a compreendo.Factos são factos e a defesa dos agiotas e dos credores faz lembrar quem é citado no poema trazido em boa hora pelo José Fernandes.

    Já quanto ao BES e ao nada de mal virá ao mundo:
    "A questão central é a de se saber se um banco comercial que cria moeda -bem público-, tal como os outros e ainda por cima metido em vários escândalos financeiros deve continuar na órbita privada com os lucros e não só a irem para os bolsos privados de meia dúzia e os prejuízos , a capitalização e o desendividamento a serem pagos directa e indirectamente pelos contribuintes ."

    (percebe-se o "não chateies", olá se se percebe)

    De

    ResponderEliminar
  6. Já agora...

    o desespero será assim tanto ( com alguma pesporrência?) para considerar que exigir a reestruturação da dívida é a Revolução?

    Ou será que falar nos grandes interesses económicos cria anticorpos tão potentes qye assistimos a estas cegarregas um pouco patéticas?

    De

    ResponderEliminar
  7. É um abuso esta austeridade,uma vergonha e um embuste....

    ResponderEliminar
  8. »Do justo e duro...»
    Vês alguém. DE, sobre quem se possa dizer tal coisa , depois do 25A?
    Dura, a balda institucionalizada?
    Justa, a confusão da lei e o enredo judiciário?
    Muito te apreças a lamber as botas de quem te pareça dar-te razão.
    Chamar Camões, cantor da Pátria, para sustentar cegarregas em que à pátria se aponta o calote como destino, só tu!

    ResponderEliminar
  9. Justo e duro?
    Mas que tonteria é esta?
    Por acaso vejo que há diferenças abissais entre os que nos governam, seguidores fiéis dos interesses económicos da época do fascismo, e uns tantos outros

    Mas agora nem sequer vou por aí.
    Atalho directamente para o poema, para a essência do fragmento destacado
    Daqueles que estão "perto
    de destruir o Reino totalmente".Daquelas nossas elites que em 1383-85, 1580-1640 e no presente se vendem por tuta e meia aos interesses dos grandes interesses,se vergam de forma submissa aos credores e aos agiotas, proclamando a rendição habitual entre tão fraca gente-

    Falarão em alemão ou em euros, em dólares ou em inglês.Alguns até falarão em "fundos de pensões" como alibi mnesquinho para a venda da Pátria

    Mas coelhos e cavacos e salgados e relvas e assises e aqueles que nos governaram e nos governam ,aqueles que se goivernaram e governam têm bilhete de identidade ideológica, Para infelicidade dos "lambe- botas" ( estou a citar) governamentais.

    De

    ResponderEliminar
  10. Apreças? Apressas, que apreço requer algum critério.
    Como critério exige a invocação de Pátria, que seguramente não é essa mesquinha subordinação à noção de classe, bando unido por interesses e experiências confinadas a um olhar limitado pela altura do umbigo.

    ResponderEliminar
  11. Apreças?
    Apressas?

    Há aqui alguma confusão traduzida deste jeito apressado de?

    Ou é apenas o reflexo condicionado do confronto das elites com o seu carácter vende-pátrias e pusilanimidade face ao poder?

    Entretanto o tema é o BES, o Salgado, a finança, os bancos.

    Há cerca de 4 meses numa entrevista jardim Gonçalves afirmava que quem “domina os bancos chega a todo o lado”, no "I" de 19 de Março...
    "Uma forma alambicada de dizer: quem manda é a BANCA ! Fala quem sabe....
    Outra afirmação a registar:“Se não se criarem condições para os devedores pagarem, os credores ficam com um problema grave”, acredita o ex-presidente do BCP, que liderou o grupo até 2005, e que lembra que “os países importantes” e “nossos credores” teriam falado “com mais delicadeza em relação a nós”, se Portugal não tivesse assumido “essa dívida, que ficou nos bancos portugueses”, o que “enfraqueceu a capacidade de diálogo, de negociação.”
    Mas os imbecis que afirmaram que primeiro tínhamos que mostrar que eramos cumpridores deram tempo aos bancos estrangeiros para se libertarem de boa parte da dívida portuguesa enquanto a banca nacional a aumentou e muito. Como confirma Jardim Gonçalves "essa dívida ficou nos bancos portugueses " , o que " enfraqueceu a capacidade de diálogo de negociação "... Pois é..
    Pena Preta

    Pois é

    De

    ResponderEliminar