terça-feira, 15 de julho de 2014

Da economia 1%

Um quarto da riqueza de Portugal está nas mãos de 1% da população, diz-nos um estudo de um economista do BCE, uma instituição que tem sido fundamental para aprofundar e consolidar uma fractura que é maior do que se julgava. Juntem-lhe a evolução conhecida da parte do rendimento canalizado para os tais 1% lá no topo, tal como nos indica a excelente base de dados sobre rendimentos do topo criada, entre outros, por Thomas Piketty: desde a neoliberalização inciada nos anos oitenta que tem sido um fartote neste país, revertendo-se progressivamente os efeitos igualitários da economia política do 25 de Abril. Os resultados estão à vista e ilustram aquilo que cada vez mais estudos indicam: as sociedades mais desiguais têm mais problemas socioeconómicos.

4 comentários:

  1. Os dados estão aí mais uma vez.
    E para maior clareza e exactidão foi necessário limpar e corrigir a choradeira e a pieguice dos pançudos e dos papagaios de serviço.

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  2. «Um quarto da riqueza de Portugal está nas mãos de 1% da população»


    Donde, em média, cada uma dessas pessoas que está nesses 1% mais ricos possui 330 vezes mais do que cada uma dessas pessoas que está nos 99% mais pobres.

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  3. Muito beneficiaria a análise se o gráfico contivesse dados sobre o PIB, a autonomia financeira do Estado, e outros dados que pudessem dar a saber o fundamento e o custo da 'igualdade'.
    1973 seria também uma referência interessante.

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  4. O esforço desesperado com que alguns neoliberais tentam fugir da frieza e da objectividade dos números oscila entre o cómico e o patético.

    O fundamento da presente situação sabemo-la nós qual é, embora tal possa variar de acordo com a opinião de cada um.

    Mas a realidade factual, verdadeiramente pornográfica, está aí para ilustração do modus vivendi dum país que esteve e está a saque por parte do grande capital e dos grandes interesses nacionais, com a governação adequada pelos rapazes de ocasião,

    O estudo indica que à nossa frente estão EUA, Alemanha e Áustria,.Basta a saída da zona de conforto para saber dados do PIB , embora se fique com a sensação do que se pretende é tão somente a fuga para o lado oposto.
    Como diz Vitor Dias, afinal cavaco tinha razão quando inventou aquela que Portugal estava no pelotão da frente

    Regista-se também o esforço desesperado de alguns saudosistas de salazar e do seu modus operandi para esconder a então verdadeira concentração dos meios de produção em meia dúzia de mãos (olha, assemelha-se ao presente), para ocultar a miséria que assolava a grande maioria da população, para tapar a emigração maciça de cerca de 2 000 000 de portugueses (Depois só mesmo na governança de Passos coelho).

    De lembrar que os donos de Portugal antes e depois de 25 de Abril são praticamente os mesmos.

    Ricardo salgado é um bom exemplo de tal e da forma "adequada" como alguns falam em "custo da igualdade".

    De

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