«Deste infeliz clube dos europeus que permitem a co-adopção por casais heterossexuais mas não por casais gay fazem parte, além de nós, a Rússia, a Ucrânia e a Roménia. Não seria necessário dizer mais nada para demonstrar a incredulidade face à votação do Parlamento português. A co-adopção por casais gay não é um conceito estranho que uma deputada socialista inventou para chatear o governo.
O mundo mudou e metade dos deputados portugueses ainda não se aperceberam disso. Na Alemanha já não há apenas dois sexos possíveis à nascença. Há três hipóteses. A terceira é para quando não há certeza sobre a fisiologia do bebé. A Áustria foi condenada pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem por impedir a co-adopção por casais do mesmo sexo. Em África, de facto, há cada vez mais países que criminalizam a homossexualidade.
A co-adopção é outra coisa, claro. É mais simples. É apenas garantir que uma criança criada por um casal gay não fica órfã, não é forçada a ir viver com os avós ou não é entregue por um tribunal a um lar caso o pai ou a mãe biológicos morram. É apenas isso. É garantir que o cônjuge sobrevivente continua a cuidar da criança a quem chama filho.
Mas não vale a pena esconder que por detrás do chumbo de ontem está uma incapacidade de aceitar a homossexualidade como uma coisa natural da vida. O PS, que promoveu a iniciativa, e todos os que a defenderam, não quiseram incendiar as emoções. Trataram o tema, e bem, como uma questão jurídica e de direitos básicos. Mas agora que está chumbada, essa vergonha não fica escondida.»
Editorial do Público de ontem
É garantir que continua, ou que possa continuar? A garantia é para a criança orfã ou para o viúvo/a?
ResponderEliminarPode-se discordar da decisão dp psd/cds, mas comparar com ex-paises do bloco socialista. incluindo a URSS ... A "europa" branca, não vermelha, é exemplo em mais quê ? Para o Paraíso na Terra ? Esse do garrote financeiro e do Estado "Súcial" ?
ResponderEliminarO editorial é da responsabilidade do Público, de Belmiro.E a cartografia e a sua subliminar simbologia ?
Nada a fazer| Este governo é de direita, muito conservador, revelando alguma nostalgia dos tempos de Salazar e Cerejeira...
ResponderEliminarPosso fazer uma pergunta ?
ResponderEliminarPorque é que essas crianças , só são filhas de um dos membros do casal?
Por exemplo na co-adopção por casais heterossexuais, como é que a criança não é filha dos dois membros? Não se percebe.
Essas situações todas tem algo de esquisito e pouco explicado.
Concorda-se com o que Victor Nogueira escreve,
ResponderEliminarSublinha-se que temos de facto uma direita muito retrógrada,nostálgica do néscio e pútrido salazar.
De
pena q quando foi aprovado o casamento o ps tenha plantado a discriminação que impossibilita os casamentos homossexuais de adoptar.
ResponderEliminarO mundo MUDOU, e algumas pessoas parecem não se ter apercebido disso :
ResponderEliminarhttp://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052702304914904579441563920333966