«O Orçamento (...) vai buscar a quem não pode fugir, que é aos funcionários públicos. (...) Estão-se a preparar para aumentar a carga fiscal. Como? Reduzindo as deduções que nós podemos fazer em sede de IRS (...) A política de privatizações em Portugal será criminosa nos próximos anos se visar apenas vender activos ao desbarato para arranjar dinheiro. (...) Nós não olhamos para as classes de rendimento a partir dos mil euros (...), dizendo aqui estão os ricos de Portugal, que paguem a crise. (...) Acusava-nos o Partido Socialista de querermos liberalizar os despedimentos: que lata! (...) As medidas agora anunciadas traduzem uma incompreensível insistência no erro. (...) Porque se atacam uma vez mais alicerces básicos do Estado Social. (...) Já ouvi o primeiro ministro [José Sócrates] dizer, infelizmente, que o PSD quer acabar com muitas coisas, e também com o 13º mês, e (...) isso é um disparate. (...) Eu não quero ser primeiro ministro para proteger aqueles que são mais ricos em Portugal. (...) Não dizemos hoje uma coisa e amanhã outra. (...) Nós precisamos valorizar cada vez mais a palavra, para que quando ela é proferida possamos acreditar nela.»
«É a pensar na conjugação das necessidades financeiras com a prioridade do emprego que o Orçamento para 2012 prevê a eliminação dos subsídios de férias e de Natal para todos os vencimentos dos funcionários da Administração Pública e das empresas públicas acima de mil euros por mês. Os salários situados entre o salário mínimo e os mil euros serão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um só destes subsídios. (...) Esta medida é temporária e vigorará apenas durante a vigência do programa de assistência económica e financeira [Pedro Passos Coelho]. Muitos países da União Europeia – cito-lhe a Holanda, a Noruega, a Inglaterra, vários países da União Europeia – só têm doze vencimentos. Esta tem sido uma tradição mais acentuada nos países do Sul da Europa, Portugal, Espanha, Itália (...), aqueles que até se encontram nas piores circunstâncias. (...) A suspensão que está neste momento é por dois anos, enquanto decorrer o memorando de entendimento com a Troika [Miguel Relvas].»
«É a pensar na conjugação das necessidades financeiras com a prioridade do emprego que o Orçamento para 2012 prevê a eliminação dos subsídios de férias e de Natal para todos os vencimentos dos funcionários da Administração Pública e das empresas públicas acima de mil euros por mês. Os salários situados entre o salário mínimo e os mil euros serão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um só destes subsídios. (...) Esta medida é temporária e vigorará apenas durante a vigência do programa de assistência económica e financeira [Pedro Passos Coelho]. Muitos países da União Europeia – cito-lhe a Holanda, a Noruega, a Inglaterra, vários países da União Europeia – só têm doze vencimentos. Esta tem sido uma tradição mais acentuada nos países do Sul da Europa, Portugal, Espanha, Itália (...), aqueles que até se encontram nas piores circunstâncias. (...) A suspensão que está neste momento é por dois anos, enquanto decorrer o memorando de entendimento com a Troika [Miguel Relvas].»
«O problema do debate político é que a sua palavra não vale nada. (...) Disse aqui que não podemos voltar ao nível salarial e ao nível de pensões de 2011. Ou seja, o senhor primeiro ministro tem um problema de palavra e tem um problema constitucional. Porque os cortes nos salários e nas pensões, que foram feitos durante estes três anos, foram feitos sempre com a desculpa que eram medidas pontuais, por causa do programa de ajustamento. (...) Foi isso que o senhor primeiro ministro veio cá dizer e agora afinal desdiz: o que era pontual é afinal permanente. Mas mais, o Tribunal Constitucional autorizou cortes nos salários, autorizou cortes nas pensões, porque eram transitórios. E portanto o que o senhor primeiro ministro vem cá dizer é que a sua palavra não só não vale - e o que era pontual é permanente - como quer ir contra a Constituição e tornar permanente o que já lhe disseram só podia ser transitório.»
O problema, não é a palavra do
ResponderEliminarPassos e acólitos...
O PROBLEMA, é a credibilidade... dos Partidos!!!
Absolutamente desmascarado, o videirinho!
ResponderEliminarNum país de treteiros, para quem a realidade é mera referência para a retórica, a política é um concurso de mentiras.
ResponderEliminarAcrescente-se-lhe a profissão de 'político' e encontramos a especialização e a concorrência entre pares.
Faça-se uma Constituição blindada às mudanças e temos a ficção delirante de um faz-de-conta-que-não-passa-nada!
Pois, será o bom e o bonito enfiar a carapuça e aceitar as mudanças da Constituição à vontade do freguês que “foi ao mercado”.
ResponderEliminarCristalino.
ResponderEliminarPassos Coelho não tem palavra, a sua palavra não vale nada ou seja, politicamente falando, claro, é um aldrabão.
Aliás, a aldrabice e a mentira fazem parte integrante do seu discurso politico de tal forma que já não deve saber fazer a destrinça entre uma coisa e outra.
A Constituição já foi alterada várias vezes desde 1976 e é um bom princípio que para que tal possa ser feito sejam precisas super-maiorias, e não maiorias conjunturais (nos EUA é bem mais difícil introduzir alterações, dada a natureza federal do País, p.e.). Quem não percebe isto, não percebe nada de Direito Constitucional. Quanto ao argumento 'os políticos são todos iguais, logo os pecados dos meus amigos são perdoados pelos pecados dos meus inimigos (e pela CRP Socialista)', bom, uma Mentira é uma Mentira, que é uma Mentira... Mas PPC poderia ter feito as coisas de forma diferente: poderia ter dito que era preciso uma revisão profunda da CRP, o que chegou a fazer para recuar logo que o PSD desceu nas sondagens, poderia ter dito que não era o PS que conseguiria tirar o País da Crise, uma vez que foi durante o Governo do PS que ela eclodiu e que seriam precisos muitos sacrifícios (em vez de vir falar no combate às 'Gorduras do Estado'), poderia no limite ter feito o que Manuela Ferreira Leite fez, que não prometeu nada mas também não disse ao que vinha... Mas não fez nada disso, fez o que as imagens demonstram...
ResponderEliminarUma Constituição blindada não o é em exclusivo pelos seus termos de revisão, mas sim por ser um quase-programa de governo e acrescer a irreversibiliddae dos benefícios que só a economia pode garantir.
ResponderEliminarCaro Jaime,
ResponderEliminarSó não percebeu ao que Passos Coelho vinha (e por cá anda) quem anda ou mal informado ou distraído. Uma criatura que tem o currículo que tem, e que se pode reduzir à expressão "adjunto do Ângelo Correia", ou que no dia em que chumbou o PEC IV disse que o fez porque não podia aceitar mais sacrifícios, para no dia seguinte ir a Bruxelas dizer que o fez porque não cortava o suficiente.