quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Escolhas

Vale mesmo a pena este artigo do Público sobre a operação de amortização de dívida pública em curso. Não discutindo aqui qual a melhor gestão de tesouraria do Estado, importa notar o resultado de umas contas de merceeiro. Se o Estado tiver depositado uma média de 10 000 milhões de euros no banco de Portugal (o valor era de 12 819 milhões antes desta operação), pelo quais ganhou um juro quase nulo, mas que tiveram um custo de 4%, esta "almofada financeira" traduziu-se numa despesa anual de quase 400 milhões de euros. 400 milhões de euros foi o valor avançado para a famigerada "convergência das pensões", entretanto substituída por cortes alternativos.

9 comentários:

  1. Sócrates disse algo como "a dívida de um Estado não se paga, gere-se". Pois bem, gerir a dívida tem riscos e custos.

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  2. Uma boa gestão da dívida pressupõe que só se vai buscar dinheiro quando é necessário. Ir buscar dinheiro para o deixar parqueado a render zero tem custos que podem configurar uma MÁ gestão da tesouraria do estado. Parece ser esse o caso

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  3. "Uma boa gestão da dívida pressupõe que só se vai buscar dinheiro quando é necessário."
    Ir buscar dinheiro apenas quando é necessário comporta riscos: quem vai buscar o dinheiro já não tem alternativas e por isso está sujeito a pagar mais. Ou pura e simplesmente a conjuntura já não é tão favorável e os juros exigidos são superiores. Ou pode suceder o contrário, claro.
    Imagine-se, por exemplo, o seguinte cenário. Quando for necessário, os juros dispararam. Aí os críticos diriam: não aproveitaram quando os juros estavam baixos e agora vão pedir dinheiro emprestado e com a corda na garganta. Má gestão pública gritariam!

    Todas as alternativas têm riscos e os riscos têm custos. Não se pode é ser simplista na análise.

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  4. Este é um caso nítido de má gestão dos dinheiros públicos disso não tenho a menor dúvida.
    É que, ao contrário do que alguns possam pensar, contrair divida e geri-la não pode de modo algum comportar riscos (custos sim mas sempre os mais baixos possíveis...)mas nunca riscos.0
    É que correr riscos com dinheiros públicos como se de dinheiro privado se tratasse é fazer gestão Danosa e atentar contra o interesse do país.
    O grande problema é a europa do euro ter sido entregue á finança especuladora já que o BCE (esse arremedo de banco central nada faz a não ser preocupar-se com a inflação e pouco mais tudo por obra e graça dos seus patrões Alemães que Deus há-de ter...).
    Por isso, não há qualquer dúvida esta gestão da divida é altamente danosa e mesmo criminosa.

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  5. "... correr riscos com dinheiros públicos ..."

    Para além de guardar as notas num cofre (e mesmo assim corre-se o risco de ser roubado, já para não falar de se desvalorizar!) que formas conhece de gerir dinheiro sem risco? Onde pensa que está "guardado" o dinheiro da Segurança Social?

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  6. «só se vai buscar dinheiro quando é necessário»
    Só que nunca teve a responsabilidade de manter um negócio a funcionar diz semalhante disparate!!!
    Dos mercados preversos passamos aos mercados de 'perna aberta'?

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  7. Tudo isto é mau de mais e a confiança esvai-se!
    O dinheiro parado mostra como é feita a gestão da coisa pública pelos inquilinos temporários (e depois dizem eles que o Estado não sabe gerir, quando são eles o Estado…).
    Que importa? Não podendo sacar através da famigerada “convergência de pensões”, vá de atacar os trabalhadores no activo, violando contratos.

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  8. Jose, desculpe lá mas no negócio que mantém a funcionar, pede empréstimos quando não precisa deles, só para ter de os pagar? Eu até sou capaz de compreender que haja alguma engenharia financeira associada, mas precisa desses empréstimos para manter o negocio?

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