segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
De visita
Jack Lew, o Secretário do Tesouro imperial, passeia esta semana pela Europa, sim, que os EUA ainda são a potência que lidera o capitalismo global, como atestam os mais atentos e sofisticados observadores da economia política da sua construção, implodindo de resto com conversas declinistas mais do que apressadas ou com teses irrealistas sobre um sistema que teria deixado de ter em Estados, com assinaláveis assimetrias de poder, claro, as âncoras fundamentais. Lew começará no centro europeu, na Alemanha, admoestando-a, provavelmente sem grande efeito, por exportar recessão, na linha de um diagnóstico que tem a virtude de acabar com alguns mitos sobre a posição dos EUA face à crise da Zona Euro; acabará na periferia, em Portugal, que, aposto, será saudado pelas elites subalternas e compradoras a que tem direito, pela sua disponibilidade para ser obediente correia de transmissão, que isto dos elos potencialmente fracos da cadeia é preciso mas é que não quebrem politicamente, que não façam ondas, que aguentem, aguentem.
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