quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
E agora, Nuno Crato & Companhia Lda?
«Os últimos 15 anos ou 20 anos foram marcados pela forma agressiva como um pequeno grupo ideologicamente marcado, mas com privilegiado acesso ao espaço mediático, foi tomando conta do discurso político sobre a educação. A permanente desvalorização do papel público da escola foi suportada por dois conceitos que, diziam os seus proponentes, estavam a condenar à ignorância e ao desconhecimento os nossos jovens: o "eduquês" e o "facilitismo". Os resultados hoje conhecidos do PISA, principalmente ao demonstrarem que a evolução dos alunos portugueses tem vindo a decorrer de forma sustentada e consistente, são um bom momento pra confrontar o que Nuno Crato, Filomena Mónica, José Manuel Fernandes, Fátima Bonifácio e o responsável editorial da Gradiva andaram a anos e anos a fio a propagandear.»
Pedro Sales, As teses sobre o facilitismo eram, elas próprias, facilitistas
«É oficial, Portugal ultrapassou a Suécia e, desta vez, não foi no futebol. Os estudantes portugueses tiveram melhores resultados, que os suecos, a matemática, a leitura e a ciências. (...) Ao longo do relatório, a OCDE não poupa em referências e elogios a Portugal (...) um dos países que mais tem progredido desde que este estudo comparativo tem sido realizado. (...) A Suécia fez há quase 20 anos a reforma educativa que a direita portuguesa gostava de fazer em Portugal – as famílias suecas podem escolher "livremente" entre escolas municipais e escolas independentes, todas elas financiadas pelo Estado. Na realidade, os resultados de 2012 não constituem nenhuma surpresa, a Suécia cai nos estudos PISA desde que estes começaram a ser feitos em 2000.»
Pedro Nuno Santos, Portugal vs. Suécia
«Parece que a direita, a propósito da Suécia, descobriu que as variáveis demográficas e socioeconómicas são importantes para explicar os resultados. Sobre o caso sueco, guardo algumas notas mais sumarentas para o post seguinte. (...) A condição socioeconómica é uma variável explicativa essencial do desempenho dos alunos (e países), quando os resultados são ajustados ao IEESC [Índice de Estatuto Económico, Social e Cultural], os alunos portugueses passam, no domínio da matemática (o IEESC só é aplicado este ano aos resultados da matemática), do 23.º para o 5.º lugar da classificação. Já a Suécia reforça o resultado medíocre que obteve na média geral (não ajustada), afundando-se na cauda da OCDE.»
Hugo Santos Mendes, PISA: os resultados são melhores do que a primeira análise mostra
«A maioria dos professores e especialistas não se coibem de elogiar a reforma [programas e metas curriculares da matemática] feita em 2007 e criticam, veementemente, as alterações que Crato (...) pretende fazer. (...) Não resisto a deixar-vos com um excerto do relatório saído hoje: "Portugal (...) melhorou na atitude, predisposição e confiança dos seus alunos sobre a escola em geral e em relação à matemática em particular, através, por exemplo, da reforma curricular da disciplina, sintonizando-os com os interesses e as competências dos alunos do século XXI". (...) Se o bom senso imperasse, e tendo em conta a inegável progressão de Portugal na área nos últimos anos, o que se exigiria ao ministro Crato seria que tivesse em conta os vários relatórios e pareceres que existem e fizesse marcha atrás, deixando cair os novos programas, não? Reconhecer erros é, dizem, sinal de inteligência... Só se? Hum...»
Shyznogud, PISA e Matemática
comparação do quê?
ResponderEliminaronde foram feitos os testes em cada país?
a amostragem foi aleatória ou seleccionaram ?
qual a methodologgia utilizada?
isse é quera importante ó murcões
O PISA e feito no seio da OCDE, acessivel no site deles com a metodologia usada e as series de dados todos perfeitamente acessiveis por la. Enfim, pelo menos para quem esta disposto a fazer um ligeiro esforco.
ResponderEliminarE nao apenas perguntas "facilitistas"...
Falta dizer que as escolas suecas privadas, não aceitam alunos na mesma. Só escolas privadas construídas para o efeito.
ResponderEliminarO sistema sueco é muito transparente e não corrupto, como é normal por aquelas bandas, algo que se duvida que venha a acontecer aqui. Mas as escolas privadas suecas para esse efeito, podem escolher os professores que querem, e aí e apesar da cultura deles anti-corrupção, o factor cunha começou a aparecer e deu cabo do sistema. Este é o falhanço do modelo das escolas privadas para receberem dinheiro, as cunhas dos professores, que desce a qualidade.