quinta-feira, 12 de setembro de 2013

"Só pagamos a dívida se quisermos"

Entrevista do Alexandre Abreu à Visão, sobre o livro que já sabem.

6 comentários:

  1. Este tipo também é fantástico! O Alexandre Abreu é um dos pontas-de-lança da vossa equipa que está sempre a marcar golos! Estes aldrabões batoteiros do governo e os interesses sinistros que representam não poderão continuar com as trafulhices para sempre. É muito importante, mesmo muito importante, haver pessoas com o vosso calibre capaz de ir teorizando à esquerda, porque o dia chegará em que outras políticas, mais justas e solidárias, serão implementadas!

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  2. Sem mais palavras, muito bem.

    E recordemos, neste tempo em que começamos a ser mais, Hold the fort.

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  3. "só pagamos se quisermo. Não há nenhum mecanismo que nos obrigue."

    Pergunta para o amigo A.Abreu: se os credores nos efectuarem um bloqueio economico total, através de meididas como as seguintes: saida do euro,fim dos fundos europeus para PT (anualmente 2% do PIB, aprox) fecho completo dos mercados europeus às nossas exportações, bloqueio das nossas fronteiras terrestres (tipo gibraltar), recambio dos emigrantes tugas que estão nos paises europeus, impedirem o FMI de nos prestar qualquer ajuda, obrigarem as empresas europeias (auto-europa e afins)a sairem de Portugal,
    congelarem os activos portugueses, publicos e privados, parqueados na europa, etc...
    Se tudo isto, ou parte de isto acontecesse, que consequências tinha para a Economia e sociedade Tugas, amigos ladrões de bicicletas??

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  4. Caro anónimo das 19:32:

    As consequências de uma moratória, incumprimento ou reestruturação unilateral são essencialmente ao nível do acesso ao mercado da capitais e, no máximo, da tentativa de apreensão judicial de bens do Estado em causa no exterior (como vimos recentemente no caso do navio-escola argentino Libertad). O cenário que aponta - e que, mais do que um embargo, configura um ostracismo total - não tem qualquer fundamento ou precedente histórico entre os inúmeros casos de incumprimento sobre a dívida soberana ocorridos ao longo da história e, em particular, nos séculos XIX e XX. Alguma literatura de referência, já agora: http://journalistsresource.org/wp-content/uploads/2012/12/MIT-Press_Sovereign-Defaults-and-Debt-Restructurings.pdf .
    Cumprimentos.

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  5. O Anónimo que fala nesse tipo de embargo não percebeu que isso nunca aconteceria por causa dos US.

    Eles nunca permitiriam tal coisa na Europa. Por muitas razões políticas e militares mas principalmente pelo exemplo que isso traria ao sistema financeiro mundial.

    E mesmo porque de repente o Euro se auto-destruiria em semanas. Ninguém confia numa moeda imposta pela força.

    JL

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  6. Excelente entrevista. Concordo no essencial, embora me confesse leigo na matéria.

    Agora para aqueles que não desnimaram de continuar a ler depois desta confissão, quero partilhar uma questão bastante mais vasta do que a Economia, mesmo sendo Política.

    Atente-se nesta afirmação: "O objetivo é que as pessoas se juntem, de modo a constituir-se uma maioria social capaz de apoiar um novo governo. Queremos chegar ao maior número de pessoas e permitir que uma mobilização apoie uma maioria capaz de alterar o rumo do País".

    Quando é que a Esquerda vai perceber que não é a partir de "esclarecimentos técnicos" (ainda que valiosos e muito competentes) que "as pessoas se juntam" e constituem "maiorias sociais" capazes de "apoiarem novos Governos", que "alterem o rumo do País"?

    Há um desnível colossal entre uma intervenção pedagógica, técnica e especializada, que ajuda a informar quem tem as bases indispensáveis e a formação académica mínima para poder lucrar com ela, e a ACÇÃO POLÍTICA CONCRETA, que leva as pessoas a "juntarem-se" e a "mobilizarem-se" para apoiar ou derrubar Governos!!

    Quanto a mim, o grande, o descomunal erro da elite política de Esquerda portuguesa atual é pretender que uma formação académica elevada, sobretudo em Economia, lhe garante os meios e as ferramentas para conseguir criar uma SOLUÇÃO política para o País, ou no mínimo uma presença históricamente relevante na atualidade.

    E só isso, de facto, não chega.

    Enquanto não formos mais fundo na análise do momento político atual de Portugal (onde "atual" pode significar o pós-Euro, mas pode também significar o pós U. E.), numa perspectiva eminentemente social e histórica, contuinuaremos a ter muita razão, sem dúvida.

    Mas nada mais.

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