domingo, 7 de julho de 2013

Que fazer neste país?


Num texto sombrio, José Luís Peixoto, no meio de fundado pessimismo e atento aos sinais de um país que se esvazia de vitalidade, deixa uma frincha por onde entra um luminoso otimismo da vontade: «É preciso fazer alguma coisa neste país». Que fazer então neste país? Proponho que se encare previamente uma outra questão: qual é a força decisiva da política de austeridade e dos interesses muti-escalares que serve? Fazê-lo pode ajudar-nos a enfrentar uma ideia que, atormentando ainda alguns espíritos, não pode mais ser evitada nas presentes circunstâncias: se as forças de esquerda querem fazer alguma coisa neste, com este e deste país, têm de levar a sério a ideia de que isto pode ainda ser um país, ou seja, que Portugal, enquanto Estado-nação com uma – contestada e contestável – história feita em comum, pode e deve ainda aspirar a reconquistar a soberania nacional que, historicamente, tem revelado ser condição necessária para uma democracia com efetivos protagonismo popular e capacidade redistributiva [referências omitidas].

O resto do meu artigo em defesa de uma aposta política nacional-popular pode ser lido no Mdiplo deste mês.

3 comentários:

  1. João Carlos Graça8 de julho de 2013 às 01:21

    Caro João
    Bom post. Deixo-lhe mais uma sugestão, dentro da mesma linha argumentativa. Se tiver tempo, leia sff isto aqui, do Spartaco Puttini, no Comunismo e Comunità:

    http://www.comunismoecomunita.org/?p=3712

    Abraço,
    JCG

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  2. Caro João,
    Obrigado por mais esta referência.
    Abraço
    JR

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  3. Mas como defender a soberania e os interesses do estado com ideologias de base internacionalista?Será que o povo português é mesmo masoquista ao entregar o poder aos partidos ditos de direita e a um ps mais centrista(desde 1976)ou desconfia do patriotismo da dita esquerda?Essas questões não são de ignorar.

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