sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ainda o «efeito BCE»



Na resposta de João Galamba ao deputado Duarte Pacheco (PSD), ontem na Assembleia da República: «até Dezembro de 2011, e já com este governo em funções e com medidas que alegadamente tinham conquistado imensa credibilidade, os juros subiram vertiginosamente. Em Dezembro de 2011 Mário Draghi anuncia os LTRO, que são empréstimos de financiamento de longa duração a juros inferiores a 1%. Quando é que foi a data em que os juros portugueses começaram a descer? Foi em Fevereiro/Março de 2012, depois do LTRO e num momento em que, no segundo LTRO, os bancos portugueses foram buscar 42 mil milhões de euros. (...) Até Julho desse ano não houve um investidor estrangeiro a comprar nada de dívida pública portuguesa. (...) A 26 de Julho de 2012 há a mudança radical, em que o BCE se assume como "segurador de último recurso", e é aí senhor deputado que os juros de Portugal, da Irlanda, da Espanha, da Grécia e da Itália (sobretudo da Grécia, que foi o país que mais desceu desde essa decisão), começaram a cair vertiginosamente. Subiu o rating da Grécia antes de subir o de Portugal. Senhor deputado, será por causa da credibilidade das políticas gregas, desse país de quem tanto o PSD se quer distinguir?».

7 comentários:

  1. Isto é treta, como bem explicou João Moreira Rato na comissão.

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  2. E o seu estilo de argumentação é o máximo, caro Anónimo

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  3. Isto parece ser daquele tipo de tretas que a realidade, essa maluca, insiste em confirmar.

    Para quem nao ouviu o Joao Rato na comissao, porque é que isto é treta? Qual a parte da argumentaçao que é falsa? Como é que as medidas de cortes cegos, das quais até a austera Alemanha já se começa a distanciar, contribuiram para a credibilidade e para que Portugal recuperasse confiança de credores em que recuperam o dinheiro que nos venderam?

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  4. Eu sei que custa a muita gente admitir mas a credibilidade do Gaspar não passa de um mito. Os juros só caíram por causa do LTRO e das declarações do Draghi. A verdade é que os níveis actuais de juros não são sustentáveis. O haircut é inevitável por mais que queiram negar essa hipótese. Quero ver o que vai acontecer aos juros quando o chegar o haircut. Aí é que vamos ver a credibilidade de Portugal.

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  5. Esse Duarte Pacheco não passa do pau mandado, seco, feio, do pior que se já viu, isso é verdade, mas ainda assim vaidoso como o dono dele, maior pavão, e por igual o mesmo convencido sem vergonha e senhor de si .

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  6. Claro que a descida dos juros foi fruto das intervenções europeias. Da mesma forma que a anterior subida dos juros tinha sido fruto das opções políticas europeias, das opções neoliberais que dominam a UE. Estamos em presença de uma operação interna de transferência de recursos dos mais pobres para os mais ricos que visa acentuar as desigualdades sociais dentro da EU e possibilitar dispôr de um stock de mão-de-obra barata e sem direitos, capaz de competir com os chineses. Isto não legitima que se diga que as opções políticas internas são irrelevantes. E nesse campo o PSD agora e o PS no Governo anterior são corresponsáveis pelas consequências desastrosas das políticas que aceitaram,escolheram e aplicaram. Mas a discussão sobre a descida dos juros tem um lado obsceno: os juros da emissão a dez anos situaram-se num valor próximo dos 6%. Estes juros são sustentáveis? Estes juros são a contra-parte de que direitos sociais retirados a centenas d emilhares de portugeses? Devemos centrar a discussão à volta de uma pretensa evolução positiva das taxas a pagar? Não me parece. Parece-me, apenas e só, puro onanismo parlamentar. Como não percebo que o PS apresente, neste momento, uma alternativa real ao actual estado de coisas admitindo eu que a converseta austeridade+crescimento é apenas e só uma converseta ineficaz.

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  7. Já agora, uma descoberta nova no jornalismo atirando aos Ladrões

    http://mariateixeiraalves.blogs.sapo.pt/781822.html

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