terça-feira, 23 de abril de 2013

Já repararam...

Que os prejuízos potenciais nas empresas públicas (que se estima serem superiores a três mil milhões de euros), resultantes de contratos financeiros derivados (swaps), significam «apenas» cerca de 75% dos famosos quatro mil milhões de euros que dizem ser preciso cortar no Estado Social (e a cerca de um terço do Orçamento de Estado para a Saúde)?
Sabemos, evidentemente, que a proposta aponta para que o corte desses quatro mil milhões no Estado Social seja permanente. Mas nem assim a comparação deixa de ser bastante elucidativa.

9 comentários:

  1. E parte dos administradores, que fizeram os contratos mereceram a confiança politica de um primeiro ministro que se propunha acabar com a impunidade dos responsáveis por termos chegado aqui...

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  2. A desmesura é sempre a mesma…
    (E o alarido que fizeram com o “buraco criado pelo TC” (como eles gostam de dizer)?!) Será que também, agora, a Troika vem rapidamente e em força para Lisboa, por causa deste “grão na engrenagem do ajustamento”?

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  3. Muito provavelmente seria trágico o corte de 4 mil milhões de euros no Estado Social. Seguramente é lamentável que os administradores das empresas publicas tenham feito contratos com efeitos tão perniciosos no equilíbrio financeiro das empresas que, como é habito, hão-de ser pagos pelos mesmos do costume. Mas o que me parece indefensável é comparar o incomparável: os três mil milhões são um prejuízo ultimo, fechado e definitivo, enquanto os cortes de quatro mil milhões, a irem por diante( e espero bem que não vão!), teriam um impacte anual nas contas do Estado. Em dez anos, a custos correntes, significariam uma poupança de 40 mil milhões, em 20 anos 80 mil milhões e por aí fora. O ataque ao Estado social e a tudo que cheire a publico, por este governo, é suficientemente grave para dispensar exercícios comparativos que só diminuem a credibilidade de quem os promove.

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  4. Caro Carlos Romero,
    Agradeço a sua chamada de atenção. Para evitar equívocos, acrescentei uma frase ao post.

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  5. Este post visa apenas fornecer argumentos para privatização dos transportes públicos acusando a gestão pública de ser incompetente e de fazer pagar os cidadãos pelos erros da sua incompetência.

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  6. É a sua legitima opinião, caro anónimo.
    Eu por acaso acho que o post permite pensar em duas linhas exactamente opostas: a perversão que decorre dia supostos benefícios da gestão privada de empresas publicas; o mito de que os prejuízos nas empresas de transporte se relacionam com as questões laborais (que fundamentam as sucessivas restruturações)

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  7. Voltando à vaca fria, a questão que se deve obrigatoriamente colocar é só uma: pode uma empresa pública comportar-se como uma empresa capitalista qualquer, arriscando como entender, neste caso, com os “swaps”? Saberiam esses gestores que estavam a tratar da coisa pública?
    Sinal dos tempos: não quiseram de todo saber, entusiasmados com o “empreendedorismo”, apropriaram-se das empresas públicas como se fossem suas…(Os dividendos distribuem-se por meia-duzia; os prejuízos socializam-se).
    De forma idêntica, consta que a Segurança Social pode ter perdido 1.5 mil milhões de euros na bolsa…Como, pergunto eu?
    Mas afinal, não foi com toda esta engenharia financeira do capitalismo ultraliberal que o Estado foi aprisionado?


    Enfim, voltando à política, o serviço público e a sua gestão deverão obviamente reger-se por outra bitola.

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  8. E que tal estarmos perante uma estratégia governamental para criar um clima propício à "aceitação" das medidas que se prepara para anunciar? Vejamos:
    1. ainda não se sabe exactamente o que é que está em causa;
    2. o Min Gaspar só vai falar lá para o dia 30 sobre o assunto. Demitem-se dois secretários de estado sem se saber exactamente o que se passou? O Min que emitiu um gaspacho por mil e trezentos milhões não tem tempo para falar sobre os potenciais três mil milhões?
    3. ninguém estranha a pressa com que a maioria aprovou a comissão de inquérito?
    A procissão ainda vai no adro e não somos governados por gente de bem, não esquecer ...

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  9. muito mesmo, e pela certa existem muitos mistérios mais que pagariam os outros 25%

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