“Na realidade, estava interessado em conhecer a lógica do capitalismo, não em ser ‘economista’”. Assim escrevia Mário Murteira sobre Peter Drucker em 2002.
Uma frase que se pode aplicar ao próprio Mário Murteira. E talvez só pensando assim se pode ser um economista político. Faleceu na passada sexta-feira um dos mais importantes economistas políticos portugueses.
Este blogue, embora com atraso, não podia deixar de o homenagear de forma singela, mas sentida, até porque demos os primeiros passos na economia com os livros daquele que foi também um divulgador dos temas que contam na nesta ciência social: do desenvolvimento à globalização.
Compreender as transformações também para intervir e para lhes um cunho democrático: dos governos de Vasco Gonçalves a todos os debates públicos e às revistas onde se tem espaço para pensar, seus suportes essenciais.
Dele relembro uma frase num debate em que tive o privilégio de participar e que nunca mais esqueci: “só quem tem um núcleo firme de convicções é que pode ter toda a flexibilidade que sempre é necessária para intervir neste mundo”.
Não deixará de ser lembrado e estudado.
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