Reestruturações de dívida, como a que a Europa deverá admitir no caso português, têm pouco impacto. Por um lado, só abrangem uma parte do problema: o estado continuará dependente dos mercados para financiar outras amortizações e os juros de toda a dívida. Por outro lado, não
contribuem de modo nenhum para o relançamento de uma economia funcional, da qual o governo precisa desesperadamente se quiser melhorar a situação das contas públicas.
O mais que se consegue, depois de toda a subserviência dos ministros portugueses, é um simples alargar de prazo mantendo-se condicionalidades
que ainda não conhecemos, mas que não deverão desviar-se da política recessiva que tem sido imposta a Portugal pela União Europeia.
A recusa de decisões frontais europeias de combate à crise foi, desde o início, uma parte importante da lenha que fez arder esta fogueira.
E a Europa recusa-se a aprender a lição. Continua a apostar em esperar por situações desesperadas para agir com medidas limitadas e
fica à espera que, por milagre das forças do mercado, as coisas corram bem daqui a uns anos. Esta é uma má receita, à qual se somam os resultados comprovadamente maus da austeridade.
A reestruturação das dívidas da periferia só será eficaz se for feita a nível europeu numa perspectiva corajosa e de longo prazo, baseada
no estímulo das economias e do emprego. Ficar à espera do nível seguinte do desespero para se dar mais um balão de oxigénio a economias moribundas, não é apenas ineficaz: é prolongar a crise deliberadamente.
As chamadas elites Nacionais e estrangeiras são de facto elites criminosas.
ResponderEliminarÉ o que nos diz o passado e nos mostra o presente.
ResponderEliminarA fogueira, sim, a fogueira aí está cada vez + forte.
A cegueira é das piores doenças: a da inteligência.
Almerinda Teixeira
A cegueira é a pior das doenças.
ResponderEliminarAlmerinda Teixeira
Vou citar este "Mais uma ajudinha" e colocá-lo em confronto com as ajudas concedidas à Alemanha...
ResponderEliminarMau. Tanto tempo estiveram os esquerdistas a pedir uma reestruturação da dívida e agora, que a Europa se prepara para a conceder, já se vem dizer que não serve para nada?
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