Afinal, a Islândia saiu-se bem. Saiu-se bem na economia, já abandonou a austeridade, está a mudar a Constituição no sentido exatamente inverso ao que se quereria fazer por cá e manteve a sua determinação em não pagar as dívidas contraídas por empresas financeiras privadas, tendo sido, no fim, judicialmente apoiada nesta decisão. Porque o governo islandês assim o quis? Não. Pelo contrário. Porque as pessoas exigiram e mobilizaram-se. E as pessoas, até na pacata Islândia, podem ser muito assustadoras.
A Islândia saiu-se bem na economia, em boa parte, porque tem produtos que todo o mundo quer: peixe e energia (hidroelétrica). E como tal pode exportar, em larga medida independentemente de os outros gostarem dela ou não.
ResponderEliminarA Argentina é a mesma coisa. Saiu-se bem economicamente porque, quer os outros países gostem dela quer não, precisam da carne e da soja que ela produz.
Caro Luís
ResponderEliminarEspero que não estejas a dizer que a Islândia exporta electricidade.
Anónimo,
ResponderEliminara Islândia não exporta eletricidade, mas o baixo preço da sua eletricidade convida à instalação lá de indústrias que consomem muita, nomeadamente a refinação de alumínio, o qual é depois exportado.
Antes do presidente "left-wing" se recusar a promulgar a capitulação às finanças holandesas e britânicas, a Islândia não tinha barro, nem costa, nem Bjork...
ResponderEliminarCaro Luís Lavoura,
ResponderEliminarA Argentina saiu-se bem porque promoveu a procura interna de bens produzidos no país. O crescimento baseado nas exportações de carne e soja não passa de um mito criado pelos neoliberais para fazer crer que se trata de um caso sem exemplo.
Por favor leia quem estudou o caso argentino:
http://www.guardian.co.uk/commentisfree/cifamerica/2012/may/04/argentina-magic-soybean-export-boom