terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Rumo à derrota

Provável sucessor de Monti diz que não mudará de rumo.” Já nada espanta no “centro-esquerda” que trocou Gramsci pelo Wall Street Journal. Continuem a política de Monti que vão longe. A sabedoria convencional adora elogiar a liderança austeritária de Monti, esquecendo-se que entretanto a taxa de desemprego subiu de 8,8% para 11,1%, que o PIB contrairá 2,3%, em 2012, e que a famosa descida das taxas de juro se deveu à acção do BCE, acompanhada de todas as chantagens, claro. Tudo isto no contexto do país que menos cresceu desde a adopção do euro. De resto, é por esta e por muitas outras antes desta que venho defendendo que a integração europeia realmente existente tem sido um dos principais factores de erosão ideológica e política dos socialismos democráticos no continente europeu. Enquanto esta questão continuar a ser ignorada, há uma coisa em que aposto: a derrota política certa, independentemente de vitórias eleitorais mais ou menos incertas.

5 comentários:

  1. O que me espanta, é a podridão das elites europeias, com especial ênfase, a podridão que grassa na elite, da democracia representativa.Um caminho, que nos leva de mal menor em mal menor, sempre sinalizado com chantagem, só nos mostra uma alternativa...DESTRUIÇÃO!

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  2. Que ingenuidade, João Rodrigues! Então você pensa que esta gente está de boa fé?

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  3. o João Rodrigues continua a ignorar olimpicamente que a economia é mundial

    a luta que se deve travar é ao nível mundial

    por uma globalização dos direitos dos trabalhadores

    a dicotomia que o João Rodrigues faz não questiona este dado fundamental

    limita-se a dizer: não à austeridade e fechem-se as fronteiras

    e quanto tempo é que isso ia durar?

    e é essa a solução? o proteccionismo como ideologia última

    admito o proteccionismo enquanto mal menor em determinadas circunstâncias

    mas o prtoteccionismo é apenas um amortecedor, que alivia temporariamente patrões e trabalhadores de um dado país; a longo prazo é profundamente injusto porque nos países que o praticam se pratica uma espécie de corporativismo abafador dos direitos dos trabalhadores desse país e penalizante dos trabalhadores do resto do mundo

    o proteccionismo é uma forma de nacionalismo

    os direitos dos traalhadores mundiais são substituidos pelos direitos dos nacionais do meu país

    ora o proteccionismo enquanto analgésico temporário (que eu igualmente defendo em certas circunstâncias) é aqui erigido pelo João Rodrigues em antibiótico fundamental, medicamento definito que cura tudo

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  4. "O faroleiro", terá talvez um Fiat Uno? Está disponível para passar a andar de bicicleta?

    O problema da crise,para além da "bicharada" criada pelos mercados financeiros,

    está na globalização implementada, que visou somente o lucro, deslocalizando os meus de produção e abrindo mercados de consumidores - China, Índia e afins - fundamentalmente ás grandes multinacionais.
    ( ...é claro,que há sempre umas sobras! )

    Por muito conscienciosos que sejam os ocidentais,quanto aos direitos de qualquer trabalhador,teremos que colocar a questão:

    O cidadão ocidental, está disposto a viver num patamar social,resultante do equilíbrio global espontâneo?!

    Os objectivos sociais globais,serão mais concretizáveis, do todo para as partes, ou das partes para o todo?

    Porque será, que os poderes instalados, defendem a globalização?!

    A Esquerda em Portugal,não pode secundarizar quem representa, em favor da Esquerda global
    - já nos chega o passos coelho,a governar não sei para quem mas,concerteza, não é para o Povo... de Portugal.

    A Esquerda, não pode ter complexos em colocar todas as premissas condicionantes, da solução procurada.

    Nota: Estou disponível... para andar de Fiat 600.

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  5. O foleiro-trotzkista-católico quer a revolução mundial católica que salve o mundo do capitalismo?

    A luta é aqui, hoje, em Portugal!!

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