terça-feira, 14 de agosto de 2012
Lições
FMI: Resgate à Islândia tem lições a dar aos países em crise. Política de um Estado que soube usar a sua soberania democrática tem lições a dar aos países em crise: transferir alguns dos custos do ajustamento para os credores, instituir controlos de capitais, manter a protecção social e recorrer a uma política cambial assente na desvalorização da moeda fazem parte do menu. Por contraste com a destrutiva desvalorização interna em curso nos países sem soberania, através da quebra dos salários nominais e do desemprego de massas permanente, esta opção islandesa revelou-se mais rápida e eficaz a estimular exportações e a desincentivar importações, com efeitos favoráveis na procura, teve custos para os trabalhadores, em termos de quebra dos salários reais, incomparavelmente menores e reversíveis, evitou a destruição de emprego em curso no euro-sul e não exigiu alterações regressivas nas regras laborais e sociais com efeitos negativos permanentes na correlação das forças sociais, um elemento decisivo da economia política da nossa desvalorização interna. Muitas lições. Só falta quem as queira aprender.
ResponderEliminarO problema não me parece ser de conhecimento mas de quem exerce o poder e de quem influencia as suas práticas. Seriam precisos outros agentes, outra forma de mobibilização da sociedade para que se conseguissem impor outras políticas. No modo como termina o texto parece partir de um princípio quase socrático - o mal (as políticas económicas erradas, no caso) é feito por desconhecimento e não por intenção.
Não foi aqui também que mandaram um pm para a cadeia ?
ResponderEliminar«transferir alguns dos custos do ajustamento para os credores» e «desvalorização da moeda - teve custos para os trabalhadores, em termos de quebra dos salários reais»
ResponderEliminar1 – Qual ajustamento?
2 – Porquê a quebra dos salários reais?
Em face de uma enorme fraude bancária planetária que cada vez mais gente reconhece, porquê paninhos quentes? E que tal enviar os “credores” todos à mer** e meter na prisão todos os banqueiros e políticos envolvidos?
Ah, se nós tivessemos quinhentas mil toneladas de falso bacalhau para vender como verdadeiro.
ResponderEliminarEnergia eléctrica grátis, também ajudava.
Ah, se ao menos eu tivesse um bacalhauzinho que fosse falso deixava de ter uma postura subserviente na Europa...
ResponderEliminarMaldicao! Que azar! Que contrariedade portentosa esta em que um peixe de aguas profundas (ainda para mais falso e ausente) me impede de ser vertical e justo na minha governacao...
Porque Altissimo???
Porque e que me obrigas a voluntariamente ir alem da troika???
http://rascunho.org/2012/08/14/a-fome-e-secundaria-para-quem-tem-fome-na-sua-perspectiva-assinalando-no-questionario-que-se-segue-o-que-entende-ser-prioritario-para-refazer-o-pais-4/
ResponderEliminarO problema é simples, a Islândia não pertence à UE, logo está a resolver os seus problemas, Portugal, Grécia, Espanha, Itália pertencem à UE, logo não estão a resolver os seus problemas.
ResponderEliminarQuando é que se poderá dizer que a adesão à CEE/CE/UE foi um dos maiores erros cometidos por Portugal? Num certo sentido foi a Alcácer-Quibir do Século XX.
Com uma diferença, D. Sebastião e os nobres que apoiaram a ida a Marrocos morreram lá, os Fat Cats que nos meteram na CEE/CE/UE estão cada vez mais bem instalados na vida.
Que saudades de "ROMA TRADITORIBUS NON PREMIA"