terça-feira, 3 de abril de 2012
Vemo-nos gregos
Com a taxa de desemprego num novo recorde histórico de 15% é bastante revelador que a avaliação da troika apenas mencione a evolução do desemprego como variável orçamental, ou seja, como variável que ameaça o cumprimento das inanes metas orçamentais fixadas. O desperdício de capacidades e de conhecimentos produtivos e a exclusão e empobrecimento associados não contam para os melhores amigos de Gaspar, para os que apostaram tudo numa política incompatível com a democracia. O desemprego é instrumental para o processo de desvalorização interna, de criação de uma economia sem pressão salarial. A alusão à eliminação definitiva do pagamento de dois meses de salário é expressiva, indicando que a excepção será a regra definida em Bruxelas e aceite pelas correias de transmissão em Lisboa. Não estão a pensar apenas nos funcionários públicos, claro. Em definitivo, vemo-nos gregos.
E que devem os cidadãos fazer, caro João? Aceitar bovinamente uma miséria premeditada ou revoltarem-se violentamente contra o Gaspar e quejandos?
ResponderEliminarEstá na hora de pegar em armas...
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