quarta-feira, 28 de março de 2012
Desemprego
Octávio Teixeira volta a chamar a atenção para algumas coisas incómodas em que também temos aqui insistido: estas alterações da legislação laboral são uma arma nas mãos do patronato medíocre que só pensa em reduzir salários e em transferir custos sociais para os trabalhadores; as sucessivas alterações na legislação laboral têm ido sempre na mesma direcção e a precariedade e o desemprego não cessam de aumentar. É claro que o governo omite outros detalhes: a chata da procura e as forças da crise e da austeridade que a comprimem ou o papel de uma integração monetária que só tem sido funcional para quem tem o projecto ideológico de transformar custos fixos em custos variáveis, como dizia um anúncio de uma empresa de trabalho temporário, cada vez mais temporário...
O patronato medíocre não percebe que isto é um processo autofágico.
ResponderEliminarÉ sabido que a evolução tecnológica está em desenvolvimento exponencial. Isto significa que serão necessários cada vez menos trabalhadores tanto de colarinho branco como azul.
Assim, o aumento do desemprego vai diminuir o volume de salários. Sem salários não há compras. Sem compras não há vendas. Sem vendas não há lucros. Sem lucros, a propriedade privada dos meios de produção deixa de fazer sentido. Sem esta o capitalismo desaparece.
O futuro a médio prazo (para o qual caminhamos aceleradamente é um novo paradigma do «Faça você mesmo numa nova base tecnológica».
Existe no meu local de trabalho uma máquina de tirar bebidas – café, descafeinado, chá, leite, etc. onde se pode igualmente escolher a quantidade de açúcar. O café é moído na altura.
A médio prazo será assim para todos os produtos. A máquina produzirá. Nós escolheremos as características do produto que desejamos.
Há estudos que provem que a precariedade aumenta o emprego? A certeza deste governo sobre a relação causa/efeito é aferida através do quê?
ResponderEliminaresse gráfico é muito engraçado. 2008 é totalmente esquecido
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