terça-feira, 25 de outubro de 2011

Importa-se de explicar?

Fernando Ulrich, presidente do BPI (um dos três bancos portugueses que detêm obrigações gregas) não concorda com o perdão de parte da dívida à Grécia, uma vez que «essa decisão significa reconhecer que a dívida soberana de países da zona euro perde o estatuto de ser um activo sem risco». Um activo sem risco? Se assim é, a que propósito os bancos seguem as notações pornograficamente exorbitantes das agências de rating, cujo fundamento assenta justamente no risco de incumprimento por parte dos Estados?

5 comentários:

  1. Os interesses de cada um são tão mais razoáveis quanto a importância/poder que estes têm na sociedade, esta é uma verdade que tem de ser desmistificada.

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  2. O que devia ser perdoada é metade (ou o total) da dívida de cada português honrado, trabalhador e escrupuloso pagador de impostos. Que palhaçada é esta de perdoar dívidas a Bancos que sempre nos exploraram?

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  3. E dizer que este ainda talvez me pareça o mais sincero e sério dos banqueiros portugueses? Mas admito que é apreciação subjetiva minha.

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  4. será lateral, mas isto tem que ver com o assunto

    convém perceber em que se traduz realmente o perdão da dívida grega e por que razão os gregos o não querem e os alemães continuam a pugnar por ele.

    É que este “perdão” vai ter efeitos devastadores na Grécia, além dos efeitos em cadeia que necessariamente provocará sobre a maior parte das dívidas (francesa incluída), como se tem visto. Sempre que Meckel fala nisto ou mostra a sua intransigência, a Grécia, Portugal, a Irlanda, a Itália, a Espanha e até, posto que em muito menor medida, a França e a Bélgica, pagam juros mais altos.

    A dívida grega está hoje estimada em 350 mil milhões de euros. Deste montante, 141 mil milhões pertencem a instituições gregas (bancos, companhias de seguros, caixas de reforma e os outros investidores de menor porte); 120 mil milhões estão nas mãos do BCE, do FMI e da União Europeia); e os restantes 89 mil milhões pertencem a investidores estrangeiros de vários países.

    Portanto, se houvesse um “perdão” a maior parte dele seria suportado pelos gregos e tanto mais quanto maior ele fosse. O sistema bancário grego afundar-se-ia; as caixas de reforma perderiam parte do seu dinheiro, logo as reformas teriam de diminuir na mesma proporção; as seguradoras faliriam e a Grécia não conseguiria dinheiro no mercado internacional para colmatar estas perdas.

    Como é óbvio nada disto é inocente. Quem advoga o perdão nestes termos conhece muito bem as consequências da proposta que faz e sabe por que a faz.
    lido no politeia
    http://politeiablogspotcom.blogspot.com/2011/10/o-que-esta-em-discussao-na-crise-do.html

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  5. Onde ficou a nave de Fernando Ulrich?

    Já não é a primeira vez que vejo este senhor com afirmações que indiciam de onde veio o nosso amigo Fernando!

    Eu em tempos idos julgava que o Fernandinho, era, como eu, mais um dos habitantes da Tugolândia!

    Nascido e criado por Tugoleses!

    O tempo foi passando, ele foi falando cada vez mais, e a dúvida instalou-se!

    De onde vem o Fernandinho?

    Não é deste planeta certamente!

    Depois reparei no apelido Ulrich? Isso não é nome de gente!

    Hoje, se alguma dúvida existisse ela certamente foi dissipada pela seguinte afirmação:

    "Evidentemente, é uma medida que eu não gosto. Não é por, sobretudo, o BPI ter exposição à dívida grega, mas porque esta decisão [perdão de pelo menos 50 por cento da dívida grega, sobre o qual é aguardada uma deliberação na quarta-feira em Bruxelas] significa reconhecer que a dívida soberana em países da Zona Euro perde o estatuto de activo sem risco", defendeu Ulrich?!?

    Ai, Ai! …Fernando….Fernandinho!…eu, mero servente da construção civil, tenho apenas 2 ou 3 perguntinhas…

    Se nessa cabecinha pensadora todos os países tinham o mesmo risco, como explicas que o prémio pago aos detentores de dívida Grega (na altura em que o BPI comprou dívida grega) era quase 50% superior ao premio pago por detentores da divida Alemã? É que se todos os países do Euro tem o mesmo risco o premio pago pela Grécia e Alemanha deveria ser igual!

    Se todos tem o mesmo risco, qual a razão para o BPI deter dívida Grega e não dívida Alemã?

    E por ultimo, a pergunta mais importante…Fernando, não será melhor deixares a conversa da treta e informares o pessoal onde deixas-te a NAVE?

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