Fernando Ulrich, presidente do BPI (um dos três bancos portugueses que detêm obrigações gregas) não concorda com o perdão de parte da dívida à Grécia, uma vez que «
essa decisão significa reconhecer que a dívida soberana de países da zona euro perde o estatuto de ser um activo sem risco». Um activo sem risco? Se assim é, a que propósito os bancos seguem as notações pornograficamente exorbitantes das agências de
rating, cujo fundamento assenta justamente no risco de incumprimento por parte dos Estados?
Os interesses de cada um são tão mais razoáveis quanto a importância/poder que estes têm na sociedade, esta é uma verdade que tem de ser desmistificada.
ResponderEliminarO que devia ser perdoada é metade (ou o total) da dívida de cada português honrado, trabalhador e escrupuloso pagador de impostos. Que palhaçada é esta de perdoar dívidas a Bancos que sempre nos exploraram?
ResponderEliminarE dizer que este ainda talvez me pareça o mais sincero e sério dos banqueiros portugueses? Mas admito que é apreciação subjetiva minha.
ResponderEliminarserá lateral, mas isto tem que ver com o assunto
ResponderEliminarconvém perceber em que se traduz realmente o perdão da dívida grega e por que razão os gregos o não querem e os alemães continuam a pugnar por ele.
É que este “perdão” vai ter efeitos devastadores na Grécia, além dos efeitos em cadeia que necessariamente provocará sobre a maior parte das dívidas (francesa incluída), como se tem visto. Sempre que Meckel fala nisto ou mostra a sua intransigência, a Grécia, Portugal, a Irlanda, a Itália, a Espanha e até, posto que em muito menor medida, a França e a Bélgica, pagam juros mais altos.
A dívida grega está hoje estimada em 350 mil milhões de euros. Deste montante, 141 mil milhões pertencem a instituições gregas (bancos, companhias de seguros, caixas de reforma e os outros investidores de menor porte); 120 mil milhões estão nas mãos do BCE, do FMI e da União Europeia); e os restantes 89 mil milhões pertencem a investidores estrangeiros de vários países.
Portanto, se houvesse um “perdão” a maior parte dele seria suportado pelos gregos e tanto mais quanto maior ele fosse. O sistema bancário grego afundar-se-ia; as caixas de reforma perderiam parte do seu dinheiro, logo as reformas teriam de diminuir na mesma proporção; as seguradoras faliriam e a Grécia não conseguiria dinheiro no mercado internacional para colmatar estas perdas.
Como é óbvio nada disto é inocente. Quem advoga o perdão nestes termos conhece muito bem as consequências da proposta que faz e sabe por que a faz.
lido no politeia
http://politeiablogspotcom.blogspot.com/2011/10/o-que-esta-em-discussao-na-crise-do.html
Onde ficou a nave de Fernando Ulrich?
ResponderEliminarJá não é a primeira vez que vejo este senhor com afirmações que indiciam de onde veio o nosso amigo Fernando!
Eu em tempos idos julgava que o Fernandinho, era, como eu, mais um dos habitantes da Tugolândia!
Nascido e criado por Tugoleses!
O tempo foi passando, ele foi falando cada vez mais, e a dúvida instalou-se!
De onde vem o Fernandinho?
Não é deste planeta certamente!
Depois reparei no apelido Ulrich? Isso não é nome de gente!
Hoje, se alguma dúvida existisse ela certamente foi dissipada pela seguinte afirmação:
"Evidentemente, é uma medida que eu não gosto. Não é por, sobretudo, o BPI ter exposição à dívida grega, mas porque esta decisão [perdão de pelo menos 50 por cento da dívida grega, sobre o qual é aguardada uma deliberação na quarta-feira em Bruxelas] significa reconhecer que a dívida soberana em países da Zona Euro perde o estatuto de activo sem risco", defendeu Ulrich?!?
Ai, Ai! …Fernando….Fernandinho!…eu, mero servente da construção civil, tenho apenas 2 ou 3 perguntinhas…
Se nessa cabecinha pensadora todos os países tinham o mesmo risco, como explicas que o prémio pago aos detentores de dívida Grega (na altura em que o BPI comprou dívida grega) era quase 50% superior ao premio pago por detentores da divida Alemã? É que se todos os países do Euro tem o mesmo risco o premio pago pela Grécia e Alemanha deveria ser igual!
Se todos tem o mesmo risco, qual a razão para o BPI deter dívida Grega e não dívida Alemã?
E por ultimo, a pergunta mais importante…Fernando, não será melhor deixares a conversa da treta e informares o pessoal onde deixas-te a NAVE?