terça-feira, 27 de setembro de 2011
Variedades de keynesianismo?
Entre os economistas políticos críticos, o conceito de “keynesianismo privatizado”, forjado, julgo, por Colin Crouch, tem vindo a ser usado para descrever o modelo de propulsão da procura privada pelo crédito, compensando a estagnação salarial duradoura, antes da crise e as respostas depois da crise, com o aumento dos défices, fruto da recessão e estagnação e da operação de salvação dos bancos, como refere Riccardo Bellofiore, co-autor de um outro artigo mais desenvolvido e que ajuda a compreender bem a crise europeia. Trata-se com esta expressão de distinguir um keynesianismo virtuoso, associado ao controlo político da finança e ao uso dos défices em situações de crise para promover e orientar a procura para fins social e ecologicamente desejáveis, geradores de emprego, e um “keynesianismo” que exprime a captura do Estado pelo capital financeiro, reduzindo-o a um bombeiro que socializa custos e privatiza lucros. Precisamos de uma expressão para este último fenómeno, mas duvido que keynesianismo, ainda que privatizado, seja a mais rigorosa e politicamente adequada.
Recuperando um tipo que endoideceu há poucas semanas, keynesianismo privatizado não pode ser entendido como "corporate welfare" institucionalizado?
ResponderEliminar"Keynesianismo privatizado" já tem uma palavra há muito: fascismo. Ou entäo "corporativismo".
ResponderEliminarEscolham vocês! Ou venha o Diabo...