sábado, 3 de setembro de 2011
Ainda a Irlanda
Ainda a pergunta de Carlos Alburqueque, que julgo ter suscitado o último post do José Maria: como vai a Irlanda? Olhem também para a última barra do gráfico (clicar para ampliar). O colapso das importações e uma tépida, e agora periclitante, recuperação das exportações são dois dos efeitos de uma estratégia de austeridade que não parece garantir uma saída decente para o que ainda é o maior buraco económico nacional gerado por uma crise que não é (ainda?) global. Afinal de contas, a estratégia de austeridade europeia transforma um jogo de soma nula num de soma muito negativa. Jogar este jogo com toda a determinação não permite reduzir uma taxa de desemprego irlandesa que já ultrapassou este ano os 14% (13,6% em 2010), num quadro laboral conhecido pela sempre enviesada “flexibilidade”. Entretanto, o caso irlandês pode ser acompanhado através da leitura, por exemplo, do Progressive Economy, onde pontifica, entre outros, Michael Burke, o economista que mellhor designou as intervenções externas da troika – “Tony Soprano Bailout”...
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