quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O desgoverno económico europeu

A economia de austeridade com escala europeia garante estagnação e recessão generalizadas, como os dados de ontem indicam. Confiemos que as exportações para Marte superem a falácia da composição na Zona Euro – todas as economias contraem os mercados internos na esperança de sair da crise pelas exportações?

Nem de propósito, o eixo franco-alemão, que tem impulsionado a economia de austeridade e o útil desemprego de massas que lhe está inevitavelmente associado, com a aquiescência dos governos periféricos resignados ou entusiásticos, reuniu para mostrar quem manda. Parece que usaram a expressão “governo económico europeu”, o que deixou uns poucos crentes esperançados, mas a esperança não sobrevive à reacção de “mercados” politicamente desancorados que guia as suas posições. Não se avançou com uma só “proposta” capaz de reforçar ou de criar instrumentos de política económica à altura das circunstâncias, tirando uma referência vaga à taxação das transacções financeiras.

Mais concreta foi a ideia, que subjaz ao desgoverno económico europeu, de dar dignidade constitucional às taras orçamentais da economia de austeridade. Ignora-se assim ostensivamente o que importa: tirando o Estado fiscal de classe e a maior ou menor captura do Estado por grupos económicos oriundos do sector financeiro, a posição das finanças públicas no capitalismo desenvolvido só depende do andamento da economia. Todas as regras neste campo terão de ser sempre furadas em épocas de crise, sob pena de entrarmos numa depressão como nos anos trinta.

O moralismo das finanças públicas, ainda hegemónico também graças à forma como o euro foi construído e que considera que o aumento do peso da dívida pública no PIB em 30% nos países desenvolvidos foi o resultado de um súbito surto despesista, continua a impedir a adequada compreensão da situação: os cortes no sector público tornam a economia cada vez mais imoral, atingindo famílias que não podem ser reduzidas a uma má metáfora. Entretanto, este euro continua a ser parte do problema.

10 comentários:

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  2. A economia de austeridade com escala europeia garante estagnação e recessão generalizadas...

    atão ou é estagnação ou recessão?

    decidam-se né?

    ontem 0,00% é estagnação

    ou foi - 0,0000001%
    Do you want to watch Final Destination?

    You can can
    é só olhar pela janela durante uns tempos

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  3. de dar dignidade constitucional às taras orçamentais da economia de austeridade.

    que foram perseguidas (as ditas taras) com êxito desde 1996 pelos
    boches (aqueles hunos que lutaram sozinhos (aparentemente)pela hegemonia económica....


    Ignora-se assim ostensivamente (tanta mas TAnTa coisa)

    o que importa: tirando o Estado fiscal de classe e a maior ou menor captura do Estado por grupos económicos oriundos do sector financeiro e não só....mas enfim

    o pessoal que controla o aparelho judicial e militar do estado
    também são gajos da alta-finança?

    é que tê-lo não é sê-lo

    e os fornecedores de 10 mil milhões em blocos arrendados e consumíveis vários ao estado
    podem ter aval bancário

    mas tal como aquela câmara quase espanhola posta em tribunal por ter comprado um pedaço de terra por 2 milhões sem ter dinheiro para a pagar

    acho que os que vão receber o $ não pertencem a grupos financeiros

    e é só arrepetir estas compras e obras associadas por mil
    e temos 2 mil milhões...

    só aqui no burgo arranjo 15 iguais

    uma de 8 milhões outra de 13 uma de 4 e umas nove dos 500 ao milhão

    há mais 60 dos 20 mil aos 100 mil
    mas são só trocos

    e de Vila Real de Santo António a 2 milhões em tribunal

    até Bragança arranjo 600 sem grande dificuldade



    a posição das finanças públicas no capitalismo desenvolvido só depende....

    só depende?

    se pagar bem até faço uma lista...

    de graça só dá pra fazer isto...

    e infelizmente tem muita pouca graça...

    sou inbejoso é o quéqué...

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  4. aquilo da lista senhor Douto juiz
    era a reinar...ê nem sei skrevere

    o Douto Dotôre tome lá estes presentinhos e nã s'incomode comigo qu'eu nã falo que sou mudo

    e sou surdo...desde 1974...

    dantes alembro-me daqueles corta-fitas e funcionários corruptos

    mas a democracia sr Doutor Doutor
    expurgou-lhes todos os demónios

    inda hoje fui visitar um que já começou a acicatar as Associações de Estudantes...como é que se faz isso com as do PCP?

    ê nã sei o Miguel Tiago talbez saiba

    O B.E, tem associações?
    ainda não?

    o PPM só de fadistas acho?

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  5. a posição das finanças públicas no capitalismo desenvolvido só depende....

    Parti-me a rir Sôr Doutôri

    Agente é simples nã tem Dotoramentos
    nã percebe estas minudências incunómicas

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  6. É verdade este euro é parte do problema.

    Infelizmente o escudo também vai ser um problema.

    Felizmente vou pagar tudo em coroas
    (checas que as outras são muito frias)

    Competir com moedas fracas em 2015
    só se for com o dracma?

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  7. O desgoverno europeu?

    atão os africanos têm o quê?

    keskiviikko 17. elokuuta 2011
    FRASES PORTUGUESAS DIGNAS DE MÁ MÉ MÓ RIA?
    HÁ MAIS VIDA ALÉM DO DÉFICE (GAJO QUE FALAVA DA VIDA DELE)

    ESTAR VIVO É O CONTRÁRIO DE ESTAR MORTO (INCONGRUÊNCIA ZOMBIEE À BASE DE BOTOX)

    ACREDITO QUE EM PORTUGAL SE HÁ CLASSE PROFISSIONAL INCORRUPTA SOMOS NÓS (UM JUIZ?)

    VOLTO A AGRADECER A POSSIBILIDADE DE ME DAREM QUALQUER COISINHA (OLIGARCA FINANCEIRO)

    VOLTO A AGRADECER A POSSIBILIDADE DE ME DAREM QUALQUER COISINHA (AUTARCA?)

    NÃO AGRADEÇO A POSSIBILIDADE DE ME DAREM QUALQUER COISINHA (ALBERTO JOÃO)

    OLIGARQUIAS HÁ MUITAS MEU PALERMA (ALUNO QUE CHUMBOU NA PROVA DE PORTUGUÊS?)


    A PROSPERIDADE ESTÁ NO ESCUDO, FIQUEM AQUI QUE EU JÁ VOLTO (GAJO QUE NÃO VOLTA)

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  8. Concordo consigo em que as propostas do duo franco-germânico não vão longe. Mas fiquei com receio de ser confundido com a falsa esperança que refere quando escrevi o meu ultimo "post", Ça ira! que pode ser lido como expetativa favorável em relação a estas propostas tontas de aparente resposta à crise inexorável do euro, e sabe-se lá mais do quê, a seguir.

    O que é importante ver, parece-me, é que apesar da inconsistência das propostas, e no que se referem ao Sr Rompuy é o delírio, evidente é que a "solidez" do muro do neoliberalismo a nível europeu e a construção dogmática do euro estão a abrir brechas por todos os lados. E só um governo português totalmente incompetente e vendido à ortodoxia é que não sabe aproveitá-las.

    E compete-nos urgentemente provar aos 80% de eleitores honestos da troika interna que foram aldrabados, que agora já são governos europeus como o italiano, investidores como Soros, etc., que vêm dizer que estes governantes que temos, de Portugal à Alemanha, nos vão levar para o abismo.

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  9. Um euro que permitiu o financiamento da economia portuguesa a taxas que nunca teve, nem voltará a ter (seja em euros ou em escudos) era uma opurtunidade e não um problema.

    Estados, repúblicas ou impérios romanos, onde a plebe é subsidiada para o ócio e para o circo,pelo estado, só funcionam a juros baixos ou a escravos....

    como não temos escravocracia bem estabelecida

    recomendaria que aproveitássemos os empréstimos a 4 ou 5%

    para pôr a economia em ponto de rebuçado antes de virem empréstimos a pagar em ouro....

    os últimos já esvaziaram um poukito as reservas

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  10. E compete-nos urgentemente provar aos 80% de eleitores honestos(gajo que pensou que não tinha de pagar para abastecer o pópó) da troika
    (tríade portuguesa similar à máfia chinesa mas com 8 milhões de membros) interna que foram aldrabados, a consumir como nunca antes o fizeram?

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