segunda-feira, 9 de maio de 2011

Liberticidas

É mais exigente, é mais claro e é até mais liberalizador, na convicção de que a liberdade é que gera o crescimento. Mesmo sabendo que a liberdade, em economia, gera hoje entre muitos cidadãos o medo, a insegurança de perder o emprego, o acesso à saúde e à educação, o direito à pensão de reforma ou ao subsídio de desemprego.

Helena Garrido decidiu apoiar o PSD com argumentos bizarros sobre a liberdade e a verdade. Em economia, à liberdade de uns corresponde a vulnerabilidade de outros. A questão é saber se, globalmente, a liberdade aumenta em resultado das políticas públicas que alteram as regras do jogo. Sem amplas liberdades para a maioria, sem liberdade para ter acesso a um emprego decente, a uma vida saudável e com oportunidades ricas não há prosperidade. O PSD cavalga o programa da troika, que vai aumentar a vulnerabilidade da maioria dos cidadãos, que institui o medo na economia, que aumenta as oportunidades para os sectores empresariais mais retrógrados e predatórios se apropriarem de benefícios sociais e transferirem custos sociais para a maioria dos cidadãos. Das maciças privatizações à brutal quebra do poder de compra que está a ser planeada, passando pelo aumento do regressivo IVA e acabando na diminuição das contribuições patronais para a segurança social, que fragiliza a solidariedade e não resolve nenhum problema de competitividade, o bloco central cava a recessão, aumenta o desemprego, ataca os serviços públicos e logo diminui acentuadamente as liberdades de uma imensa maioria. O programa do PSD, partilhado nas suas linhas essenciais pelo PS e pelo CDS, é um programa liberticida. Esta é a verdade. A verdade que jornalistas como Helena Garrido tinham a obrigação de conhecer.

5 comentários:

  1. Coitada. Ela sempre foi imbecil.Nunca li nada escrito pela fulana que não roçasse o mongoloidismo.

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  2. «Entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, c´est la liberté qui opprime et la loi qui affranchit.» (Lacordaire)

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  3. A liberdade na economia é muito importante, sim. Mas a liberdade deve ser talvez encarada na esteira de Amartya Sen, quando este economista afirma que o desenvolvimento (um conceito que caiu em desuso, parece) passa por eliminar as privações de liberdade, mas dos oprimidos, dos desiguais, dos desafiliados. Liberdade em excesso parece que já existe na acção de muitos que parecem não se importar por utilizarem os outros, privando-os da liberdade de serem cidadãos de pleno direito.

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  4. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI só há liberdade a sério
    Quando houver:
    -A paz,
    -o päo,
    -habitaçäo,
    -saúde,
    -educaçäo

    Só há liberdade a sério quando houver
    Liberdade para mudar e decidir

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  5. João Carlos Graça10 de maio de 2011 às 23:18

    Aqui entre nós, que ninguém nos ouve: o que eu não daria para me ver livre do jornalismo do tipo Helena Garrido...

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