Não é ajuda externa a Portugal, mas sim um “Tony Soprano bailout”, diz Michael Burke, ou seja, uma violenta operação de salvamento da banca do centro europeu e, já agora, da banca nacional à custa das populações das economias periféricas, dos seus rendimentos e activos.
Multiplicam-se as declarações de governantes espanhóis que nos garantem que a Espanha não é Portugal. Outros dirigentes europeus, como a ministra das finanças francesa, afiançam que Portugal funcionou como um “corta-fogo” da crise. Declarações deste género têm funcionado como um indicador avançado de novos problemas. Tony Soprano poderá estar a chegar a Espanha.
Um ex-funcionário português do FMI alinha com o que andamos a defender há já algum tempo: “Reestruturação da dívida pode ser usada como arma negocial pelo governo”. Usada como arma negocial de uma aliança das periferias seria ainda mais eficaz. Indicando que não é em vão que se esteve no FMI, aponta para uma redução dos direitos laborais e é franco sobre os objectivos de tal medida: reduzir os salários. O ataque ao salário directo e indirecto é uma das marcas dos Sopranos do FMI-BCE-CE.
Publicado no arrastão.
Caro João Rodrigues
ResponderEliminarCito-o: "reestruturar os bancos, impondo nesse processo perdas severas aos accionistas e aumentando a importância da banca pública".
Eufemismo para "nacionalização da banca"?
Alternativa: continuar a jogar com a nossa presumível/presumida posição de "corta-fogo" face à Espanha (ficarmos só nós "a arder", em suma)? Apelar à sensatez?... Bom, o tipo tem antecedentes reconhecidos na Europa de Leste... olhe que "tough guys don't dance"...
Em todo o caso, mesmo que agora seja mais "soft", é-o só para conseguir devagar q. b. o tal objectivo de comprimir os salários... Mesmo o cenário "benigno" não nos tira disso...
E voltássemos ao seu eufemismo inicial?...
Portugal estaria claramente melhor com uma reestruturação antes do resgate do FMI e UE
ResponderEliminarhttp://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=479743
Há vida para além do Tony Soprano, senão daqui a 2 anos temos o Paulie Walnuts a bater-nos à porta...
Caros todos
ResponderEliminarOs problemas acumulam-se e entrecruzam-se, e doravante vai ser a uma velocidade vertiginosa...
Poderemos usar o carácter "anormal" do bailout
(do ponto de vista do que é suposto ser o funcionamento das instituições democráticas) para obter alguma vantagem de tratamento subsequentemente? Estariámos "claramente melhor com uma reestruturação antes do resgate do FMI e UE"... mas entretanto estes já são factos consumados, não? Ou haverá alguma maneira ainda de contornar isso do ponto de vista legal? Sinceramente, neste ponto estamos a entrar em terrenos que de todo não domino... Alguém me pode ajudar, sff? Sou só eu, ou será que estamos todos a precisar dum brain storm?
Ah, mas tudo isto ainda não diz respeito a mais do que as emergências... e o resto? Como é que vamos atacar a questão do défices externos recorrentes limitando-nos a estes assuntos? O FMI, convirá recordá-lo, imporá aí uma razia económica e social, relativamente à qual uma parte dos efeitos depois não é facilmente reversível. Estou a pensar, concretamente, na nova campanha privatizadora que se anuncia...
E a questão da competitividade internacional? Vamos lá, de todo, sem desvalorização?
Tratamentos de urgência estão muito bem, sim senhor, mas convém não esquecer os males de raiz...
Claro que esta ajuda tem unicamente como objectivo ajudar os bancos, o euro e os mercados de capitais !! Querem lá eles saber de Portugal !
ResponderEliminarhttp://educar.wordpress.com/2011/04/16/hara-kiri-2/#comments
ResponderEliminarNobre desconhece programa do PSD
Em entrevista ao Expresso, Fernando Nobre admite que não conhece o programa do PSD, mas confia em Pedro Passos Coelho.
Absolutamente catastrófica, em toda a escala, a entrevista de Fernando Nobre ao Expresso. pessoais sobre temas específicos.
Nobre desconhece programa do PSD
Em entrevista ao Expresso, Fernando Nobre admite que não conhece o programa do PSD, mas confia em Pedro Passos Coelho.
http://aeiou.expresso.pt/nobre-desconhece-programa-do-psd=f643962
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MAS ESTE TACHISTA E ALDRABÃO TINHA DITO:
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1827399&page=1
""Não era através de um lugar no Parlamento que «acreditava poder continuar a missão que me propusera»,
mas o projecto apresentado pelo presidente do PSD «é bem mais amplo, para além de que preserva a minha autonomia e independência», disse.""
CUIDADO COM O BCP
ResponderEliminarOs bancos portugueses estão em contra-relógio. Além de estarem sob pressão para darem provas acrescidas da sua robustez num curto espaço de tempo, as instituições financeiras lusas continuam a braços com problemas de liquidez. Para conseguir satisfazer as suas necessidades de (re)financiamento, o sistema financeiro português precisa de quase 37 mil milhões de euros nos próximos três anos.
(…)
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, veio esta semana dizer que o Estado está disponível para injectar capital nas instituições financeiras, mas a banca privada diz não estar interessada e que «fará tudo [vender créditos e activos] para evitar o apoio estatal, mesmo que a exigência de capital suba», segundo noticiava o Jornal de Negócios de ontem.
(…)
MUITO CUIDADO COM O B.C.P.
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=16958
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""já que ninguém tem coragem para auditar - e TAXAR - estes agiotas trapaceiros, e o Banco de Portugal é mera figura decorativa, precipitar a queda do BCP é um convite a novos assaltos às finanças públicas, numa escala muito superior à do BPN.
""Chegámos a um ponto, em que somos presos por ter cão, e presos por não o ter.
Se deixamos o dinheiro, arriscamo-nos a perdê-lo; se o levantamos, arriscamos a queda do que resta desta fantochada de dinheiro irreal, com consequências ainda piores para os contribuintes, pois a canalha política defenderá sempre a Banca, em prejuízo dos contribuintes.""
COMENTÁRIOS A LER
Antes escrevia-se:
ResponderEliminar"Multiplicam-se as declarações de governantes gregos que nos garantem que Grécia não é Islândia."
e entretanto
"Multiplicam-se as declarações de governantes irlandeses que nos garantem que Irlanda não é Grécia."
após o que
"Multiplicam-se as declarações de governantes portugueses que nos garantem que Portugal não é Irlanda."
mas também
"Multiplicam-se as declarações de governantes portugueses que nos garantem que Portugal não é Grécia."