sábado, 9 de abril de 2011

Desunião monetária

Entretanto, a caracterização da zona euro feita pelo economista de Oxford Andrea Boltho, em 2003, ganhou uma renovada acuidade: “vista de fora, a zona euro parece um daqueles países em vias de desenvolvimento, a quem o FMI impôs um dos seus rígidos programas de estabilização que o tornaram tão famoso: baixa inflação, rectidão fiscal, desregulamentação, privatização; tudo comandado por um grupo de funcionários que ninguém elegeu.”

4 comentários:

  1. Exacto. Acabei de escrever sobre isso no meu blog. Tudo isto se baseia na crença moralista do liberalismo de que todas as coisas boas vêm em conjunto.

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  2. Portugal entrou no euro por que o desejou. Foram levantadas barreiras e nós persistimos. É só sair. A culpa de lá estarmos é nossa. Chega de queixinhas.
    Já agora se o bloco não é governo é por não ter o voto dos portugues.

    Jorge Rocha

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  3. Caro João Rodrigues
    É um facto que, já ao longo de toda esta década passada, o nosso ritmo de crescimento foi inferior ao da média da UE, pelo que é pertinente a questão de "o que é que de qualquer forma lá estivemos a fazer"?
    Por outro lado, sim, é evidência para o Boltho e para toda a gente o carácter não democrático da união monetária. É um problema que já existia mesmo bem antes da crise pós-2008 - e isso devia aliás ter constituído uma questão de princípio, ou um impedimento de princípio...
    E também o ritmo empastelado do crescimento económico da UE em geral... isso também já estava à vista de todos...
    Também é certo que a perda de peso à escala mundial do euro favorece sobretudo ao dólar, mas, como nós em definitivo não "riscamos" para as contas de qualquer deles, isso já é em todo o caso um problema bem acima das nossas cabeças... Para quê morrer de amores por qualquer deles, não é assim?
    Questão: o que é que, em definitivo, ainda nos prende a isto?

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  4. Vamos mas é sair do euro e já.

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