quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Desunião

Maria João Rodrigues, antiga ministra do Emprego de António Guterres e conselheira especial da União Europeia, lançou hoje um forte apelo ao Governo português para que rapidamente “mobilize todos os recursos diplomáticos” e os “aliados” de Portugal na União Europeia para combater a corrente “bem organizada” que encara a contenção orçamental e um maior aumento da competitividade à custa da redução dos salários na periferia como a única saída para a actual crise na Zona Euro.

Mais detalhes aqui. É caso para dizer que mais vale tarde do que nunca. Será que Sócrates continuará a apodar de "histórica" toda a cimeira europeia que reforça este desastre periférico?

14 comentários:

  1. Esta senhora colaborou com o guterrismo, o maior desatre governativo dos tempos recentes.

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  2. e então é uma demagoga

    fica bem ir atrás de uma das correntes

    soluções mistas ou uma redistribuição da produção industrial que foi alocada na periferia asiática da europa

    mas o proteccionismo levaria a problemas nas exportações alemãs

    e das restantes vinho português calçado e produtos de luxo inclusive

    queriam globalização dos tráfegos económicos....

    então parabéns o dinheiro circula à velocidade da luz (ou quase)

    homens e mercadorias andam a 900km por hora e às vezes apenas a 6

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  3. ainda se pode convergir para a periferia albanesa ou bielo-russa

    redistribuir capitais dentro do euro

    quando metade da união europeia está fora dele?

    é....palermice?

    e as clientelas da europa do euro

    também são os seus parceiros com zloty com coroas várias com libras
    com ....etc

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  4. Sócrates faz tudo para escapar ao FEE. Não pelo interesse do país mas para que o governo não caia. Demonizar o fundo chamando-lhe FMI é aquilo que Sócrates desja, Há quem colabore, e também há quem apresente moções de censura que não têm ponta por onde se lhe pegue. O BE é o grande pilar paralamentar do governo Sócrates. Não se queixem.


    Jorge Rocha

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  5. Por aqui é necessário ler Álvaro Santos Pereira, o neo-liberal. Diagnóstico certeiro. Aprende-se muito.

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  6. Maria João Rodrigues pensa bem e tem defendido posições coerentes. Recentemente deu uma oportuna entrevista à visão em que defendeu essas ideias, com fundamento.
    É bom ter as suas ideias e desejar que elas possam fazer caminho. Não está só na identificação de caminhos alternativos ao pensamento hoje dominante na UE, marcadas peloeixo franco-alemão.

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  7. Pois é, os mauzöes säo os gajos do BE que estäo contra as políticas de direita do Bloco Central. Devem ser daqueles que acreditam que o PS é de esquerda, só pode...

    Como é que o BE é o grande pilar parlamentar do governo Sócrates, quando é o PSD a aprovar os PECs, e a abster-se de censurá-lo?

    ... acho-vos uma piada! Repitam a mentira um milhäe de vezes, näo a tornaräo verdade. Realmento o sonho do PS é de que o BE tivesse o destino do PRD, esquecendo-se convenientemente que o PRD desapareceu precisamente por ter apoiado o PSD no Parlamento, coisa que o BE näo faz, enquanto o PS tiver políticas de direita.

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  8. Aqui vai um link para um paper que documenta esta histooria toda:

    http://www.levyinstitute.org/pubs/wp_651.pdf

    Este trabalho clarifica porque ee que caalculos agregados de "unit labor costs" induzem em erro a "corrente bem organizada” de que fala a Dra. Maria Joao Rodrigues. Aqui vai o abstract:

    "Current discussions about the need to reduce unit labor costs (especially through a significant reduction in nominal wages) in some countries of the eurozone (in particular, Greece, Ireland, Italy, Portugal, and Spain) to exit the crisis may not be a panacea. First, historically, there is no relationship between the growth of unit labor costs and the growth of output. This is a well-established empirical result, known in the literature as Kaldor’s paradox. Second, construction of unit labor costs using aggregate data (standard practice) is potentially misleading. Unit labor costs calculated with aggregate data are not just a weighted average of the firms’ unit labor costs. Third, aggregate unit labor costs reflect the distribution of income between wages and profits. This has implications for aggregate demand that have been neglected. Of the 12 countries studied, the labor share increased in one (Greece), declined in nine, and remained constant in two. We speculate that this is the result of the nontradable sectors gaining share in the overall economy. Also, we construct a measure of competitiveness called unit capital costs as the ratio of the nominal profit rate to capital productivity. This has increased in all 12 countries. We conclude that a large reduction in nominal wages will not solve the problem that some countries of the eurozone face. If this is done, firms should also acknowledge that unit capital costs have increased significantly and thus also share the adjustment cost. Barring solutions such as an exit from the euro, the solution is to allow fiscal policy to play a larger role in the eurozone, and to make efforts to upgrade the export basket to improve competitiveness with more advanced countries. This is a long-term solution that will not be painless, but one that does not require a reduction in nominal wages."

    Cumprimentos
    Joao Farinha

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  9. Alexandre Rosa disse...

    Maria João Rodrigues pensa

    e tem defendido posições

    obvia mente

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  10. Maquiavel, a moção de censura é só a brincar para entalar o PCP. Quem quer apresentar uma moção, apresenta-a e vota-a. O bloco é aliado objectivo deste governo, embora não aprove as suas políticas.


    Jorge Rocha

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  11. Rocha, explique -me como é que o BE é aliado objectivo deste governo, embora não aprove as suas políticas e é o grande pilar parlamentar do governo Sócrates, quando é o PSD a aprovar os PECs, e a abster-se de censurá-lo?

    Faça-me um desenho, ande!

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  12. eu cá gosto de um patrão a ganhar bué.. quanto mais ele ganhar mais hipóteses tenho eu de ganhar um bom ordenado. e um bónus no fim do ano à soares dos santos.
    se calhar pensam que há muita gente a querer ir para patrão se aturar montes de gente e o estado, não tiver compensações à altura. pois se pensam , desenganem-se. não é por acaso que a geração "mais qualificada e xpto" de sempre anda à nora sem patrão que os queira contratar. patrões , ninguém se aponta a ser? parece tão fixe. é só facturar. e tão qualificados e especializados que eles são..davam uns patrões nunca vistos.
    pena que obter emprego ou empresa não seja tão fácil como ter a barbie/ken da prateleira do super depois de uma valente birra sem levar um par de estalos da geração tão cool e compreensiva de 68.

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