sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O sucesso da política de austeridade em forma gráfica


(Os dados são do Banco de Portugal)

7 comentários:

  1. Austeridade ou efeitos crise financeira mundial ainda antes da austeridade? A mim faz-me espécie como é que o estado escaparia à austeridade se quem tem dinheiro para emprestar não empresta. Obrigo os investidores a emprestar? Como? Eles andam desconfiados.


    Jorge Rocha

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  2. Caros ladrões, não se importavam de explicar este gráfico, para leigos como eu?

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  3. JVC,

    o gráfico reflecte o andamento de dois dos principais indicadores de conjuntura produzidos pelo Banco de Portugal. Este indicadores medem o pulso à actividade económica, permitindo antecipar os dados da contabilidade nacional sobre a evolução do PIB e seus componentes (consumo, investimento, importações e exportações) que demoram mais tempo a estar disponíveis.

    O que o gráfico revela, portanto, é uma degradação da actividade económica a partir do PEC II. Ou seja, a partir do momento em que se tornou claro que os principais líderes europeus estavam determinados em curar a crise segundo a receita medieval da sangria (sem grande reacção política por parte dos governos das periferias). Ou, noutros termos, quando na UE se começou a seguir a prática, descrita por Naomi Klein no seu livro "A doutrina do choque", de aproveitar as crises (navegando a onda do medo e da desorientação) para impôr soluções que seriam democraticamente inaceitáveis em contextos normais.

    Isto leva-me ao comentário do Jorge Rocha. Quem tem dinheiro para 'emprestar' não são apenas os 'mercados' - leia-se, um número relativamente restrito de entidades financeiras privadas com capacidade elevada negocial em contextos como os actuais. Os manuais de macroeconomia continuam a referir instrumentos de política que podem ser accionados em alturas destas. esses instrumentos não existem ao nível nacional no caso dos países que aderiram ao euro, mas continuam existir ao nível da UE. É aí que a opção pela receita medieval pode ser posta em causa.

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  4. É interessante notar o comportamento do consumo ao longo deste período. Se, durante crise internacional, serviu de "almofada" ao abrandamento da actividade económica, o consumo parece ser o motor da crise agora iniciada. e

    Esta é uma recessão induzida pelas políticas de austeridade que claramente tem o rendimento dos indivíduos com principal alvo.

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  5. O seu post parte do princípio - bastante peregrino, diga-se - de que as medidas de austeridade são para desenvolver o país. Alguém disse que era o objectivo ou eu estava distraído?

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  6. Naomi Klein?!? Por favor! Não tarda nada está a citar a Oprah...

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  7. Comparaçöes entre Naomi Klein e Oprah säo completamente idiotas.

    Mas concordo, as medidas de austeridade foram implementadas para meter o povo "no seu devido lugar", retirando-lhe dinheiro e direitos, para reforçar o poder dos ricos. Óbvio.

    Os arrentinos fartaram-se disso só ao fim de... quase 20 anos. Logo o pessoal europeu só sentirá a fome lá para... 2030 ou assim. Pode ser que no leito da morte eu receba a boa novas de que os europeus acordaram, e entäo poderei morrer feliz.

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