No contexto actual a quem servem os contratos das grandes obras? Acho que ao apoiar Sócrates nestes contratos o BE e o PCP estão a comprometer e a fragilizar mais o estado, o que acabará por levar ao desmantelamento do que resta da presença do estado na economia.
Primeiro o dinheiro é entregue aos grandes grupos da construção. De seguida o país vai ter que pagar toda essa despesa e à falta de meios lá virão mais impostos, menos benefícios e mais privatizações.
Estará a esquerda a fazer o jogo do capitalismo ou trata-se de uma estratégia de quanto pior melhor?
Caro Anónimo, não se importa de justificar a sua afirmação? Admito que isto seja um bocado difícil no caso do "tontas", que é um conceito muito vago; mas no caso do "ignorantes" é fácil (isto, supondo que você sabe do que está a falar): basta dizer quais são exactamente os factos que Agostinho Lopes ignora. É que eu, talvez por ser tonto e ignorante, não estou a ver quais são.
Em primeiro lugar "prática meoliberal", a governos despesistas que já conseguiram gastar mais de metade do PIB é tonto e ignorante. Se défice, dívida e estado é "neoliberal", imaginemos, com terror, o que seria socialismo...
Em relação à segunda afirmação, quando se privatiza, evidentemente que se pode reduzir o endividamento. Mas se o governo gasta tudo o que recebe e ainda mais e se torna a endividar, mas estabelecer uma relação é um bocadinho cretino. É o mesmo que dizer que o ordenado não serve para nada porque ao fim-do-mês estamos outra vez sem dinheiro.
Quando cheguei aqui, parei. Vale mesmo a pena ouvir mais?
Mas o deputado Agostinho Branquinho não disse só isso. Disse que os consumidores/clientes/trabalhadores não obtiveram efeitos práticos da suposta eficiência que as privatizações prometiam. Não houve a constituição de um mercado concorrencial e tratou-se apenas de substituir o monopólio do estado por um monopólio privado com a agravante do monopólio privado reduzir o investimento ao mínimo e maximizar o lucro ao máximo. Estou a pensar nas telecomunicações (Portugal Telecom) e na energia (EDP). Não sei se hoje são empresas melhores do eram. Sobretudo nas condições de formação e trabalho.
Há muito que falo nessa verificação FACTUAL, neste antro de demagogos, da estupidez que é chamar neo-liberal a um estado gordo. Mas continuam a insistir no "chavão" Neo-liberal como o bode espiatório de todo o mal no mundo. Mas pronto, toda a religião tem de ter o seu diabo.
Destaco mais uma afirmação tonta. A de que os problemas actuais do país se devem às privatizações. Obviamente que foi esse o principal problema do país... nada tem que ver com as nossas altamente baixas qualificações (reais não estatísticas), a nossa total irresponsabilidade na hora do consumo (imaginem lá se os salários ainda fossem mais altos o que seria da nossa dívida externa), a nossa justiça que é um hino à ineficiência e o nosso estado balofo que carrega as empresas com tantos impostos e subsidios que só os peixes graúdos se podem dar ao luxo de ter empresas, uma pessoa das classes mais baixas que queira criar algum negócio, ou a cria no sector do consumo (aumentando o desiquilibrio consumo/produção), e mesmo esse já teve melhores dias, ou está destinado a uma morte precoce.
PRIVATIZAR SIM! MAS ABRAM-SE TODOS OS MERCADOS Á CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL!!!
Se houver alguma guerra.. ou as condições ultra-excepcionais com que normalmente se defende a propriedade pública dessas empresas "Ah e tal mas se um dia acontece qualquer coisa..." então nacionaliza-se provisóriamente e pronto... até lá deixem a concorrência funcionar.. não sejam cobardes...
Não justificou coisa nenhuma. Atirou com a palavra "despesista", mas esta palavra é um termo terrorista inventado pela propaganda neoliberal para demonizar todas as despesas do Estado que se destinem ao bem público em vez de irem parar aos bolsos privados duma das oligarquias mais improdutivas e parasitárias da Europa.
A prática dos governos portugueses das últimas décadas tem sido neoliberal: nunca se desviou um milímetro do Consenso de Washington. Mas o Muro de Berlim do neoliberalismo caiu há dois anos; não reparou?
As privatizações que os nossos governos têm feito, e as que este se propõe fazer, fazem lembrar a costureira que vende a máquina de costura para pagar a dívida que tem na mercearia; é verdade que a paga, mas fica sem a sua fonte de rendimento.
Capo, uma coisa é o Estado, outra é o governo. O Estado pode ser gordo, mas isso não o impede de ser fraco; nem impede que os governos sejam neoliberais.
A mentira está em os neoliberais dizerem, e o governo com eles, que querem emagrecer o Estado para o tornar mais forte e eficaz. Mentira. Querem e sempre quiseram um Estado ainda mais fraco, ainda mais incapaz de proteger os fracos contra os fortes, ainda mais cúmplice dum certo "fascismo de empresa" que tem crescido avassaladoramente e que em breve ultrapassará - se é que ainda não ultrapassou - os limites do tolerável.
É bom ter memória, nomeadamente pelo que a URSS fez na sua zona, que tendo tudo na sua mão, nada mais fez do que pôr a viver bem meia dúzia dos do Partido, e pôr toda a gente a trabalhar, não para desenvolver o País, mas para ficticiamente ter uma taxa de desemprego quase a 0%, e viu-se o resultado.Tudo era tão tao artesanal excepto material de guerra.....estranho, não?
como todos sabemos, o que neste momento falta não é proteccionismo tipo PCP/BE, mas regulação, regulação, não deixar o dono do capital fazer tudo e pensar que tudo é automáticamente controlado.
Não é!
Mas Pessoas com mais ambições e desmedidas não são previlégio dos Partidos de direita, dos dons do Capital - estou à vontade, não o tenho!!!! - mas de toda e qualquer Pessoa, só o por o ser.
Logo regulamentar tudo e saber tudo ser cumprido, mesmo na mão dos privados funciona, tudo à balda e imaginar que as Pessoas se regulem....nunca deu , nem dará!!!
Funciona em toso o ter, o poder, os jantares em restaurantes de luxo....
É bom ter memória, mas por favor não nos mace mais com essa história da URSS. Não é que seja falsa: é, por um lado, porque nos recordamos bem, e por outro porque não vem a propósito.
Estive há poucos dias em Berlim, que é uma cidade com memória. Não vi lá nenhum monumento a Estaline nem a Honecker, mas vi uma rua e uma praça dedicadas a Marx e a Engels; e vi, bem perto do meu hotel, uma praça e um monumento dedicados a Olof Palme. É bom ter memória, de facto.
O que já não há pachorra é para quem mete Estaline e Olof Palme no mesmo saco, dá a esse saco o nome de socialismo, e vê socialismo em tudo o que sugira, ainda que remotamente, qualquer resquício de justiça social.
Ainda que abusiva e desonesta, esta associação funcionou durante algum tempo como truque retórico: as pessoas enterraram Olof Palme com medo que Estaline ressuscitasse. Mas hoje já não funciona: as pessoas comuns sentem que foram traídas pelos "mercados" e estão desesperadas.
E o desespero é mau conselheiro: pode acontecer que o truque retórico se volte contra os seus autores e que as pessoas comuns se decidam, não a enterrar Olof Palme como querem os neoliberais, mas a desenterrar Estaline. Ou Hitler, se lhes der na cabeça, visto que a relação de forças que o mundo desenvolvido vive hoje tem muito em comum com a dos anos vinte do século passado. É bom, muito bom, ter memória.
Agradecia que compreende-se que nunca tive, nem tenho intuito de maçar ninguém, muito menos a si.
Posto isto, acho que hoje não temos politicos à altura! e SE HOJE TIVESSEMOS: Olaf Palm, Willy Brandt, F.Miterrand, e mais uns quantos, estaríamos bem melhor.
Com Berlusconi, Sarkozy e por aí, é o que se vê.
Quanto a aparecer um Hitler, no caso um pintor austriaco a mandar no destinos da Alemanha e depois - quase , quase no mundo - da forma mais cruel possivel - , espero bem que não, dado que neste momento estamos a necessitar de tudo menos de Salvadores, mas também não de pouco competentes como tem sido o caso.
E não querendo voltar a Hitler também não acho útil a politica da URSS;
se bem que muito boa gente, hoje estaria mais confortavel se ainda houvesse a Guerra Fria, ainda não conseguimos saber como mudar para os temops actuais.Espero não o ter mais maçado.
No contexto actual a quem servem os contratos das grandes obras? Acho que ao apoiar Sócrates nestes contratos o BE e o PCP estão a comprometer e a fragilizar mais o estado, o que acabará por levar ao desmantelamento do que resta da presença do estado na economia.
ResponderEliminarPrimeiro o dinheiro é entregue aos grandes grupos da construção. De seguida o país vai ter que pagar toda essa despesa e à falta de meios lá virão mais impostos, menos benefícios e mais privatizações.
Estará a esquerda a fazer o jogo do capitalismo ou trata-se de uma estratégia de quanto pior melhor?
Quando as duas primeiras afirmações são tontas e um bocado ignorantes, para quê ver mais?
ResponderEliminarCaro Anónimo, não se importa de justificar a sua afirmação? Admito que isto seja um bocado difícil no caso do "tontas", que é um conceito muito vago; mas no caso do "ignorantes" é fácil (isto, supondo que você sabe do que está a falar): basta dizer quais são exactamente os factos que Agostinho Lopes ignora.
ResponderEliminarÉ que eu, talvez por ser tonto e ignorante, não estou a ver quais são.
Claro que posso justificar.
ResponderEliminarEm primeiro lugar "prática meoliberal", a governos despesistas que já conseguiram gastar mais de metade do PIB é tonto e ignorante. Se défice, dívida e estado é "neoliberal", imaginemos, com terror, o que seria socialismo...
Em relação à segunda afirmação, quando se privatiza, evidentemente que se pode reduzir o endividamento. Mas se o governo gasta tudo o que recebe e ainda mais e se torna a endividar, mas estabelecer uma relação é um bocadinho cretino. É o mesmo que dizer que o ordenado não serve para nada porque ao fim-do-mês estamos outra vez sem dinheiro.
Quando cheguei aqui, parei. Vale mesmo a pena ouvir mais?
Mas o deputado Agostinho Branquinho não disse só isso. Disse que os consumidores/clientes/trabalhadores não obtiveram efeitos práticos da suposta eficiência que as privatizações prometiam. Não houve a constituição de um mercado concorrencial e tratou-se apenas de substituir o monopólio do estado por um monopólio privado com a agravante do monopólio privado reduzir o investimento ao mínimo e maximizar o lucro ao máximo. Estou a pensar nas telecomunicações (Portugal Telecom) e na energia (EDP). Não sei se hoje são empresas melhores do eram. Sobretudo nas condições de formação e trabalho.
ResponderEliminarBoas caro Anónimo,
ResponderEliminarHá muito que falo nessa verificação FACTUAL, neste antro de demagogos, da estupidez que é chamar neo-liberal a um estado gordo. Mas continuam a insistir no "chavão" Neo-liberal como o bode espiatório de todo o mal no mundo. Mas pronto, toda a religião tem de ter o seu diabo.
Destaco mais uma afirmação tonta. A de que os problemas actuais do país se devem às privatizações. Obviamente que foi esse o principal problema do país... nada tem que ver com as nossas altamente baixas qualificações (reais não estatísticas), a nossa total irresponsabilidade na hora do consumo (imaginem lá se os salários ainda fossem mais altos o que seria da nossa dívida externa), a nossa justiça que é um hino à ineficiência e o nosso estado balofo que carrega as empresas com tantos impostos e subsidios que só os peixes graúdos se podem dar ao luxo de ter empresas, uma pessoa das classes mais baixas que queira criar algum negócio, ou a cria no sector do consumo (aumentando o desiquilibrio consumo/produção), e mesmo esse já teve melhores dias, ou está destinado a uma morte precoce.
PRIVATIZAR SIM! MAS ABRAM-SE TODOS OS MERCADOS Á CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL!!!
ResponderEliminarSe houver alguma guerra.. ou as condições ultra-excepcionais com que normalmente se defende a propriedade pública dessas empresas "Ah e tal mas se um dia acontece qualquer coisa..." então nacionaliza-se provisóriamente e pronto... até lá deixem a concorrência funcionar.. não sejam cobardes...
Caro Anónimo:
ResponderEliminarNão justificou coisa nenhuma. Atirou com a palavra "despesista", mas esta palavra é um termo terrorista inventado pela propaganda neoliberal para demonizar todas as despesas do Estado que se destinem ao bem público em vez de irem parar aos bolsos privados duma das oligarquias mais improdutivas e parasitárias da Europa.
A prática dos governos portugueses das últimas décadas tem sido neoliberal: nunca se desviou um milímetro do Consenso de Washington. Mas o Muro de Berlim do neoliberalismo caiu há dois anos; não reparou?
As privatizações que os nossos governos têm feito, e as que este se propõe fazer, fazem lembrar a costureira que vende a máquina de costura para pagar a dívida que tem na mercearia; é verdade que a paga, mas fica sem a sua fonte de rendimento.
Capo, uma coisa é o Estado, outra é o governo. O Estado pode ser gordo, mas isso não o impede de ser fraco; nem impede que os governos sejam neoliberais.
A mentira está em os neoliberais dizerem, e o governo com eles, que querem emagrecer o Estado para o tornar mais forte e eficaz. Mentira. Querem e sempre quiseram um Estado ainda mais fraco, ainda mais incapaz de proteger os fracos contra os fortes, ainda mais cúmplice dum certo "fascismo de empresa" que tem crescido avassaladoramente e que em breve ultrapassará - se é que ainda não ultrapassou - os limites do tolerável.
Capo:
ResponderEliminarNão há concorrência internacional. As empresas multinacionais também são, ou procuram vir a ser, monopólios.
É bom ter memória, nomeadamente pelo que a URSS fez na sua zona, que tendo tudo na sua mão, nada mais fez do que pôr a viver bem meia dúzia dos do Partido, e pôr toda a gente a trabalhar, não para desenvolver o País, mas para ficticiamente ter uma taxa de desemprego quase a 0%, e viu-se o resultado.Tudo era tão tao artesanal excepto material de guerra.....estranho, não?
ResponderEliminarcomo todos sabemos, o que neste momento falta não é proteccionismo tipo PCP/BE, mas regulação, regulação, não deixar o dono do capital fazer tudo e pensar que tudo é automáticamente controlado.
Não é!
Mas Pessoas com mais ambições e desmedidas não são previlégio dos Partidos de direita, dos dons do Capital - estou à vontade, não o tenho!!!! - mas de toda e qualquer Pessoa, só o por o ser.
Logo regulamentar tudo e saber tudo ser cumprido, mesmo na mão dos privados funciona, tudo à balda e imaginar que as Pessoas se regulem....nunca deu , nem dará!!!
Funciona em toso o ter, o poder, os jantares em restaurantes de luxo....
a.Küttner
Oh José L Sarmento,
ResponderEliminarora diga lá um único monopólio internacional...
Caro a.Küttner:
ResponderEliminarÉ bom ter memória, mas por favor não nos mace mais com essa história da URSS. Não é que seja falsa: é, por um lado, porque nos recordamos bem, e por outro porque não vem a propósito.
Estive há poucos dias em Berlim, que é uma cidade com memória. Não vi lá nenhum monumento a Estaline nem a Honecker, mas vi uma rua e uma praça dedicadas a Marx e a Engels; e vi, bem perto do meu hotel, uma praça e um monumento dedicados a Olof Palme. É bom ter memória, de facto.
O que já não há pachorra é para quem mete Estaline e Olof Palme no mesmo saco, dá a esse saco o nome de socialismo, e vê socialismo em tudo o que sugira, ainda que remotamente, qualquer resquício de justiça social.
Ainda que abusiva e desonesta, esta associação funcionou durante algum tempo como truque retórico: as pessoas enterraram Olof Palme com medo que Estaline ressuscitasse. Mas hoje já não funciona: as pessoas comuns sentem que foram traídas pelos "mercados" e estão desesperadas.
E o desespero é mau conselheiro: pode acontecer que o truque retórico se volte contra os seus autores e que as pessoas comuns se decidam, não a enterrar Olof Palme como querem os neoliberais, mas a desenterrar Estaline. Ou Hitler, se lhes der na cabeça, visto que a relação de forças que o mundo desenvolvido vive hoje tem muito em comum com a dos anos vinte do século passado. É bom, muito bom, ter memória.
Caro José Luiz Sarmento
ResponderEliminarAgradecia que compreende-se que nunca tive, nem tenho intuito de maçar ninguém, muito menos a si.
Posto isto, acho que hoje não temos politicos à altura! e SE HOJE TIVESSEMOS: Olaf Palm, Willy Brandt, F.Miterrand, e mais uns quantos, estaríamos bem melhor.
Com Berlusconi, Sarkozy e por aí, é o que se vê.
Quanto a aparecer um Hitler, no caso um pintor austriaco a mandar no destinos da Alemanha e depois - quase , quase no mundo - da forma mais cruel possivel - , espero bem que não, dado que neste momento estamos a necessitar de tudo menos de Salvadores, mas também não de pouco competentes como tem sido o caso.
E não querendo voltar a Hitler também não acho útil a politica da URSS;
se bem que muito boa gente, hoje estaria mais confortavel se ainda houvesse a Guerra Fria, ainda não conseguimos saber como mudar para os temops actuais.Espero não o ter mais maçado.
ium abraço
A.Küttner de Magalhaes