Era o que faltava agora isto provar que o número de horas trabalho é inversamente proporcional à produtividade. O que é directamente proporcional são as qualificações (reais e não formais), e nessas nós somos uma vergonha e muito por culpa individual, porque o que não faltam são exemplos de pessoas que vêm de classes e famílias desfavorecidas e saem-se bastante bem.. outros.. são uns "pseudo-coitadinhos" que continuam a culpar o sistema e a envolvente contextual das suas próprias irresponsabilidades.
Há uns anos (não sei se hoje ainda será assim), um terço da mão-de-obra do Luxemburgo era portuguesa. O Luxemburgo era então o país mais produtivo da Europa. E eu pensava que devia ser dos ares mais frios do país. Não havia Sol e a malta entretinha-se a trabalhar mais horas. Afinal, lá vem a OCDE ser desmancha-prazeres...
É sempre a velha história de uma anedota que o meu pai costumava contar. Já não me lembro como era mas terminava com um trabalhador a responder: «É muito simples, Sô 'Tor, o patrão finge que nos paga e a gente finge que trabalha!» Os trabalhadores portugueses são, na sua maioria, pouco ou nada qualificados. São mal dirigidos. Trabalham em más condições, pelo menos a maior parte, e ganham mal. Em Portugal há o mito de que trabalhar bem é trabalhar muitas horas. E de que trabalho manual é que é trabalho. Depois, dá no que dá...
Que comentários simplistas, uma coisa é trabalho outra coisa é produtividade. Se o melhor joalheiro do mundo trabalhar 10 horas e fizer um fantástico anel em Portugal que é vendido sem marca por 200€, e um estagiário fizer um Cartier nas mesmas dez horas e este é vendido por 1200€, quem é mais produtivo? É um problema de formação? Se uma empresa portuguesa fabricar um fato da Armani e vender aos Italianos por 50-80€ e estes venderem o mesmo fato por 2000€, quem produz mais? O trabalhador português que trabalha 10 horas por dia e recebe o salário mínimo, ou o tipo Italiano que trabalha meia dúzia de horas por dia no escritório da Armani? Este é o problema que temos, não ficamos com o valor, fabricamos, damos consultadoria, trabalhamos, projetamos, mas não ficamos com o valor da marca, há raras excepções. Isto é o que muita gente apelida "maus gestores", mas é muito mais complexo que isso. É toda uma cultura.
Lembra-me o tempo dos descobrimentos e da importação das especiarias. Inovámos, corremos os elevados riscos do transporte mas, chegados a Lisboa, vendíamos aos holandeses, que era quem fazia o grande lucro.
Podemos então concluir que o nº de horas de trabalho é inversamente proporcional à produtividade!
ResponderEliminarEn buena hora!
Era o que faltava agora isto provar que o número de horas trabalho é inversamente proporcional à produtividade. O que é directamente proporcional são as qualificações (reais e não formais), e nessas nós somos uma vergonha e muito por culpa individual, porque o que não faltam são exemplos de pessoas que vêm de classes e famílias desfavorecidas e saem-se bastante bem.. outros.. são uns "pseudo-coitadinhos" que continuam a culpar o sistema e a envolvente contextual das suas próprias irresponsabilidades.
ResponderEliminarHá uns anos (não sei se hoje ainda será assim), um terço da mão-de-obra do Luxemburgo era portuguesa. O Luxemburgo era então o país mais produtivo da Europa. E eu pensava que devia ser dos ares mais frios do país. Não havia Sol e a malta entretinha-se a trabalhar mais horas. Afinal, lá vem a OCDE ser desmancha-prazeres...
ResponderEliminarÉ sempre a velha história de uma anedota que o meu pai costumava contar. Já não me lembro como era mas terminava com um trabalhador a responder: «É muito simples, Sô 'Tor, o patrão finge que nos paga e a gente finge que trabalha!» Os trabalhadores portugueses são, na sua maioria, pouco ou nada qualificados. São mal dirigidos. Trabalham em más condições, pelo menos a maior parte, e ganham mal. Em Portugal há o mito de que trabalhar bem é trabalhar muitas horas. E de que trabalho manual é que é trabalho. Depois, dá no que dá...
ResponderEliminarPois o que me parece é que os povos dos Norte não conseguem viver sem a inveja do Sol dos paises do Sul!!!
ResponderEliminaraté querem obrigar os gregos a venderem as suas ilhas!!! só inveja!!!
qualquer dia quererão a Costa Vicentina!!! só inveja!!!
e ainda hão-de querer toda a Costa Mediterrânica!!!
novas formas de "conquista"...
"Podemos então concluir que o nº de horas de trabalho é inversamente proporcional à produtividade!
ResponderEliminarEn buena hora!"
Exactamente
Que comentários simplistas, uma coisa é trabalho outra coisa é produtividade. Se o melhor joalheiro do mundo trabalhar 10 horas e fizer um fantástico anel em Portugal que é vendido sem marca por 200€, e um estagiário fizer um Cartier nas mesmas dez horas e este é vendido por 1200€, quem é mais produtivo? É um problema de formação? Se uma empresa portuguesa fabricar um fato da Armani e vender aos Italianos por 50-80€ e estes venderem o mesmo fato por 2000€, quem produz mais? O trabalhador português que trabalha 10 horas por dia e recebe o salário mínimo, ou o tipo Italiano que trabalha meia dúzia de horas por dia no escritório da Armani? Este é o problema que temos, não ficamos com o valor, fabricamos, damos consultadoria, trabalhamos, projetamos, mas não ficamos com o valor da marca, há raras excepções. Isto é o que muita gente apelida "maus gestores", mas é muito mais complexo que isso. É toda uma cultura.
ResponderEliminarLembra-me o tempo dos descobrimentos e da importação das especiarias. Inovámos, corremos os elevados riscos do transporte mas, chegados a Lisboa, vendíamos aos holandeses, que era quem fazia o grande lucro.
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