domingo, 30 de maio de 2010

Conflito, cooperação e popularidade



Quando Sócrates (SOC) e Coelho (PPC) se encontraram para acertar o apoio do PSD ao governo e ao seu exigentíssimo programa de austeridade, escrevi aqui no Diário Económico (14/5/10): “se a história se repetir, o PSD sairá beneficiado: disponibilizou-se para encontrar soluções; o PS será provavelmente o mais fustigado; sendo tão liberal não está afinal tão longe do PS…”

Embora haja ainda cerca de 40 por cento de indecisos na sondagem, este estudo dá-me razão, quer em matéria de intenções de voto (PSD: 43,9; PS: 27,6), quer de popularidade (SOC: -38,0 no índice de imagem; PPC: +50,7). Note-se que Sócrates está no ponto mais baixo desde Dezembro de 2008 (exceptuando Abril e Maio de 2009) e PPC apresenta o melhor resultado de todas as lideranças desde Dezembro de 2008 (sempre muito negativas). Congruência com as intenções de voto, portanto.

Em termos de voto, todos os pequenos (na casa dos 7,1, CDU, a 7,7 por cento, BE) parecem estar a ser penalizados face às legislativas. Porém, a popularidade revela que são os partidos à esquerda os mais penalizados (Louça: -9,0 no índice de imagem; Jerónimo de Sousa: -7,2), resistindo melhor o CDS-PP (Portas: +9,4). Conclusões: a disponibilidade para cooperar na procura de soluções para o país pode ser pagadora; a indisponibilidade para negociar pode ser penalizadora.

Publicado originalmente no Diário Económico de 29 de Maio de 2010

2 comentários:

  1. Ainda é muito cedo.

    E o país vive uma crise profunda.

    Nao sabemos como iremos estar em 2013.


    o melhor é o PSD continuar a seguir o seu rumo e nao embandeirar em arco.

    mas concordo com MRS : acho que as pessoas estão fartas de Socrates

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  2. Lá por estarem fartas de Socrates, custa-me a acreditar que vão votar no PSD.

    Essas sondagens são em geral feitas por telefone e incluem a opinião de milhares de abstencionistas.

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