quinta-feira, 22 de abril de 2010

Lá estão esses esquerdistas do costume

O FMI lançou um apelo ao G20 no sentido da introdução de dois novos impostos sobre as actividades financeiras: um que se aplicaria de forma transversal a todas as empresas financeiras, outro que incidiria sobre empresas com lucros e prémios excessivos. A proposta vai no sentido de estas medidas serem adoptadas pelas principais economias mundiais em simultâneo, para garantir que não seriam minadas pela concorrência fiscal entre países. Segundo o Financial Times, nem assim parece haver condições para aprovar tais medidas. Nem o FMI consegue levar o sector financeiro a pagar pelos custos do seu funcionamento em rédea solta - apesar de reconhecer que o deveria fazer.

2 comentários:

  1. O financial times anda com uns tiques de perigoso radical de esquerda, sim.

    http://www.ft.com/cms/s/0/f2e4dbb0-4caa-11df-9977-00144feab49a.html

    "Financial systems are important servants of the economy, but poor masters. A large part of the activity of the financial sector seems to be a machine to transfer income and wealth from outsiders to insiders, while increasing the fragility of the economy as a whole."

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  2. Mais uma vez, taxar, taxar, taxar, agora até o FMI.

    Será que esta gente não percebe que taxar não é assim tão facil, e que mesmo que consiguissem efectivamente obrigar a banca a pagar mais impostos, a banca iria utilizar o poder de mercado que tem para repercurtir esses impostos no cliente, que somos todos nós.

    O que é preciso é regular a banca (no sentido de impor condições ao serviços que presta/ produtos que transaciona, e no sentido de obrigar à transparência). O que é preciso é separar pela via legal as instituições financeiras que são "too big too fail", separar a banca comercial da banca de investimento, e impedir fusões e aquisições que dêem demasiado poder de mercado a qualquer uma instituição (considerando mercados regionais para a banca comercial e mercados nacionais para a banca de investimento). O que é preciso é o estado ter uma presença própria no mercado financeiro que permita conduzir politicas economicas necessarias como garantir credito à habitação barato, varios tipos transações a preço de custo ou mesmo a custo zero, seguros com verdade actuarial, etc... Isto não só permitiria aproveitar várias externalidades positivas (e.g. reduzir custos de transação) como limitaria o poder de mercado das instituições financeiras privadas, que se veriam forçadas a prestar estes mesmos serviços base mais barato ou melhor que o estado, ou simplesmente a especializarem-se noutros tipos de produtos e serviços.

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