“Se tais vendas [privatizações] se concretizarem, o Estado perde boas receitas futuras. O produto da venda não atingirá valores compensadores. Anota-se também que, com as vendas de posições sociais, o Estado, e o país, perderá posições estratégicas em empresas monopolistas. E se os monopólios estiverem sob domínio de privados, mais difícil será alcançar baixas nos preços de bens e serviços essenciais.”
Rogério Fernandes Ferreira
(Isto não é Democracia, estúpido!)
ResponderEliminarÉ inconcebível que uma decisão desta importância para o país – as privatizações – possa ser tomada por uma ou duas pessoas, cuja passagem por um executivo acaba por ser efémera.
Além disso, em certos casos, uma tal decisão poderá encerrar mais benefícios pessoais para os decisores, que aqueles de interesse público…
Uma opção desta natureza (que nem fazia parte do programa de governo) deveria ser caucionada ou referendada.
O Paulo Portas adorava fazer este PEC...como não o fez, volta-se, imaginem, à esquerda!
ResponderEliminarSó mesmo um P destes sem S para dar uma guinada deste quilate á direita.
Uma pergunta: Os 4 mil milhões de euros aplicados no BPN foram-no a título definitivo?
ResponderEliminarEste PEC é criminoso. É como prescrever uma cura de emagrecimento a um anoréctico.
ResponderEliminarPerderia receitas futuras? Quais? Penso que já é altura de se acabar com o regabofe das TAP's e outros quejandos. Por outro lado, acabam também os tachos para boys. Em bom rigor não temos outro caminho.
ResponderEliminarMarçal Mendes:
ResponderEliminarPerda de receitas futuras, sim senhor, porque o que vai ser privatizado são as empresas públicas que dão lucro e/ou as partes que dão lucro das empresas públicas.
Naquilo que dá prejuízo, nenhum privado vai querer pegar - a não ser que o Estado se comprometa a cobrir os prejuízos com o dinheiro dos contribuintes.
Os CTT, por exemplo, dão lucro. Nunca nenhum privado investiu neles um tostão: foram pagos com o dinheiro de gerações de contribuintes, que se constituem assim em accionistas. Se forem privatizados, será por um preço muito abaixo do seu valor de mercado.
No sector privado, um gestor que fizesse isto - vender a empresa, com manifesto prejuízo para os accionistas, aos seus amigos - arriscar-se-ia a passar uns anos na cadeia por gestão danosa e fraudulenta.
Actualmente, quando envio uma carta, tudo o que pago é a franquia. Não pago um cêntimo de impostos para sustentar uma empresa que até dá lucro; pelo contrário, cada euro de dividendos que os CTT pagam ao Estado é um euro a menos que o Estado pede aos contribuintes.
Se o crime que é esta privatização for avante, passarei a pagar duas vezes por cada carta que enviar: pagarei a franquia (que será, quase inevitavelmente, mais elevada do que hoje) e pagarei, através dos meus impostos, a compensação que o Estado pagar à empresa por operar em partes do território que não sejam lucrativas.
Se você gosta de ser levado à certa e esbulhado do que é seu, é lá consigo. Eu não gosto.