O poder de compra dos funcionários públicos caiu 6% entre 2000 e 2009. As despesas com pessoal da administração pública diminuíram 11,1% em termos nominais e para os dez primeiros meses de 2009, em relação ao mesmo período de 2007. As despesas com a aquisição de serviços a privados por parte da administração pública central, entretanto, aumentaram 11,6% no mesmo período. O que antes era feito pela administração passa a ser feito, cada vez mais, por privados pagos pelos contribuintes. Estas são as principais conclusões de um estudo do economista Eugénio Rosa (disponível em www.eugeniorosa.com). O resto da minha crónica no i pode ser lido
aqui.
Acho fascinante dizer-se que o aumento da intervenção do Estado na economia é um reflexo de uma política neoliberal.
ResponderEliminarAqui está o ridículo da coisa...
ResponderEliminarAfinal o estado, ao estilo do que o caro Eng. Sócrates nos tem habituado, foca-se nos efeitos e pela via da "maquilhagem" em vez de se focar nas causas.. ou seja.. diminui as despesas com pessoal (efeito) mas transferiu os custos para outro lado, sem tornar o estado relevantemente mais eficiente (causa). Os funcionários públicos continuam a trabalhar 7 horas em vez das 8 do comum dos mortais, os professores continuam a ter tempo para fazer mais dinheiro em explicações (isentas de impostos) do que o já abastado salário que recebem (um dos maiores da Europa em relação ao PIB per capita), muitos funcionários públicos continuam sem fazer uma peva perdidos pelos diversos departamentos, gabinetes e repartições centrais e locais que não servem para nada.. muito menos para um país que tem claramente outras prioridades.. os enfermeiros da velha guarda continuam a trabalhar a 10 à hora uma vez que ninguém os irá despedir.. os juízes andam entulhados com processos devido às burocráticas leis que temos... e por aí foram..
Por favor não ousem dizer que a função pública não é um peso excessivo para a economia que temos!! Isso dá-me vontade de ir pagar impostos para outro lado..
Só não vou porque esta é a minha Pátria e, por algum motivo, por mais defeitos que tenha sinto-me na obrigação de fazer algo por ela...
Eu dispenso sustentar o monstro
ResponderEliminarClaro que muito provavelmente o João Rodrigues virá para aqui dizer que nós os três somos uns "Homo economicus", cujo pensamento está turvado pela ganância instituída pelo neo-liberalismo e que tem norteado as economias modernas.. e que a vida é mais do que trabalho e ai do porco capitalista que vier para aqui tentar escrutinar o uso que o magnânime estado de providência dá aos nossos impostos, algo que como uma sociedade evoluída devemos pagar e calar...
ResponderEliminarcaro João Rodrigues, só por uma questão de idoneidade e independência, você é funcionário público?
ResponderEliminare com a agravante de que o estado retira pessoas da economia real , onde podiam ser produtivas , colocando-as a polir cadeiras no escritório e a tomar cafés nas horas do pseudoserviço.
ResponderEliminar( mas claro , associar escolaridade a bons empregos tem destas coisas... os "doutores" aos molhos agora só para estágios brincadeira na função pública porque "serviços" a sério já rebentam pelas costuras . vá , peguem mas é no tractor ou na chave de fendas ,que quem não se adapta tem os días contados , já dizia o darwin)
Bora lá bater no ceguinho..
ResponderEliminarHj tive a nefasta ideia de tirar ao calhas uma linhas de um estudo sobre H. Minsky; dizem os autores:
"According to Minsky, government must be large enough that the swings of its budgets are sufficient to offset swings of private investment; this dictates that government spending should be approximately "the same order of magnitude as or larger than investment" (Minsky,1986). This means that at full empoloyment, the budget should be balanced at about 20% of GDP (...) Minsky was quite concerd with maintaining the appearance of credit-worthiness,wich necessitates "a tax and spending regime in place that would yield favorable cash flow (a surplus) under reasonable and attainable cicumstances"; !!!
E há mais prendas como esta;
mas sendo um autor tão admirado por estas bandas, só me admiro nunca nos terem vendido esta vertente do "keynesianismo de Minsky" juntamente com a outra da treta da instabilidade financeira estrutural: óptima teoria, embora não diga absolutamente mais nada, nem em melhores condições do que disseram Marx, Keynes,Kalecki, Mandel!
Vai daí;... aconselhava-se uma revisão ao manual.
O artigo do João Rodrigues é claro (só não vê quem não quer ver…)
ResponderEliminarDe facto há uma contradição insanável (nem adianta discutir) entre aqueles que querem uma sociedade com uma verdadeira repartição da riqueza - em primeira instância - e os outros, que sonham com o “Estado mínimo”. Atenção: mínimo, mas que nunca se extinga (pudera!), de forma a garantir-lhes para sempre a propriedade, mesmo a daqueles recursos que foram apropriados à má fila. Um Estado de preferência com a “sua” Justiça, com as “suas” Defesa e Segurança e com uma prisões para aí enfiar “os mandriões que não querem trabalhar”. A Segurança Social extinta, faltaria tomar de vez a Saúde e a Educação…
Uma nota final. Depois da “prudente acalmia” que se seguiu à roubalheira impune dos BPP e BCP, e das contas das desastrosas PPP, eis que os comentadores encartados ao serviço da direita mais conservadora voltam à carga com a lengalenga do monstro. Enfim, uma manobra de diversão. Afinal, se bem que procurem incessantemente um bode expiatório, eles sabem bem, lá no fundo, quem é que deve pagar a crise…
Correcção: Roubalheira impune do BPP e BPN
ResponderEliminarAquilo que o João Rodrigues comenta ou denuncia não é muito diferente dos artigos do Miguel Sousa Tavares no Expresso de sábado!Com efeito também MST denuncia o conluio do estado e dos grandes grupos económicos.São as idiossincresias da sociedade portuguesa pos 25 de Abril,tão longe que estamos das promessas de Abril,de prosperidade e igualdade para todos!
ResponderEliminarCaro D.,H,
ResponderEliminarPedir um estado eficiente não é a mesma coisa do que pedir um estado mínimo. Aliás, o conceito de eficiência consiste em fazer o mesmo, ou até mais, porém recorrendo a um consumo inferior de recursos.. e em Portugal isso é claramente possível.. não há racionalidade nenhuma em inventar empregos, ainda por cima "eternos", só para prosseguir, por vias artificiais, o ideal da equidade...
Quanto ao resto do seu post, é mera demagogia.. arranje-me algum estudo credível que relacione directamente os níveis de corrupção/chico-espertice num país com o peso do estado numa economia.. sinceramente aconselho-o a não fazer.. ainda descobre algo que põe em causa tudo aquilo em que acredita e ainda entra numa depressão...
Mais.. explique-me lá em quê que um funcionário público a fazer um qualquer serviço inútil numa câmara qualquer ajuda a eliminar o risco de fraude?
ResponderEliminare ainda, em quê que isso contribui para a repartição da riqueza, se não numa lógica de nivelar por baixo?
O discurso do Estado mínimo e do monstro não escapa à mais ténue análise. Só mesmo com um controlo sociológico por via da comunicação social cerrado é que este discurso político conseguiu adquirir uma pseudo-cientificidade que permita a fuga ao debate democrático. A mentira como arma política.
ResponderEliminarUm discurso minimamente sério abordaria, caso a caso, política a política o papel do Estado. É muito pouco, e intelectualmente fraquinho, incitar ao preconceito laboral..."o funcionário improdutivo".
Curioso é também ver nestes discursos dizer que o Estado não produz nada, mas assim que surgem propostas de que o Estado assuma um papel em algum sector produtivo industrial..."nem pensar é concorrência com o sector privado".
Além de que é objectivamente errado dizer que o Estado não produz nada, é um visão limitada e errada do que é produção.
Porque é que nunca se fala da tremenda diferença entre o valor médio dos salários e reformas do sector privado ( muito mais baixo) e do sector público ?
ResponderEliminarPara a esquerda só estes são filhos, os do privado são enteados.
Que maneira tão estranha de ver os trabalhadores.
Gostava de saber em que teoria se baseiam, ou se é só, perdoem-me a expressão, cobardia?
Assobiam todos para o lado perante tamanha injustiça.
Já agora, o economista Eugénio Rosa tem algum estudo sobre esta diferença, ou também assobia para o lado ?
mas se o estado não consegue produzir os bens pelos quais aceitámos em 1º lugar uma diminuição da nossa liberdade e o seu poder , que são segurança ( o negócio da década , empresas privadas de segurança-xiii , que contrasenso) e justiça ( nem vale a pena dizer nada , pois não?) , o que levará alguém a pensar que produz melhor que nós aquilo em que sempre nos desenrascámos melhor ou pior?
ResponderEliminarai , estes quixotes mailas suas dulcineias , são um fartote.
Sancho Pança tem muita piada, sim senhor!
ResponderEliminarPortanto acha que o Estado não consegue garantir a segurança e a justiça? Com certeza sentir-se-ia muito melhor se estas estivessem nas mãos de privados, assim como está o sector produtivo...
Só me espanta que as mesmas pessoas que se queixam do Estado deter a mais pequena espécie de sector produtivo para se poder sustentar, sejam as mesmas que maldizem o sistema de segurança social e o aumento dos impostos.
Como diz o outro, não há almoços grátis...
E Natália Santos, desde quando é que a esquerda não se importa com os trabalhadores do sector privado? Lá que a senhora chame esquerda ao PS é consigo, mas tanto quanto sei, os sindicatos não foram invenção de direita, a menos que haja um sindicato de gestores e administradores que eu desconheça.
Diz-me, também és a favor das 60 horas de trabalho e da igualdade de contrato entre trabalhadores e empregadores? Havia dois partidos que votaram contra o novo código laboral do PS (e umas quantas ovelhas negras deste), votaste nalgum deles?
O valor económico daquilo que é feito com o dinheiro é igual? Economistas...
ResponderEliminarandrezito , se o estado cumprisse com aquilo para o que quisemos , as empresas privadas de segurança ,como diz o sancho ,<nao eram o negocio da decada ,ne? e nao se atreverá a dizer que a justiça funciona ,pois nao?
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