A actual crise financeira parece ter posto a descoberto inúmeros casos de fraude financeira um pouco por todo o mundo. Se o caso de Bernard Madoff se apresentou como a maior fraude da história, Portugal foi também palco de vários esquemas similares. É certo que os bancos portugueses não embarcaram num esquema piramidal stricto sensu como o de Madoff, mas as fraudes e os crimes no, agora nacionalizado, Banco Português de Negócios (BPN), e as burlas aos clientes do Banco Privado Português (BPP) e do Banco Comercial Português (BCP) são variações de esquemas que prosperaram com a euforia dos mercados financeiros dos últimos anos e que agora caem como peças de dominó. Todos tiveram em comum a promessa feita aos seus clientes de rendimentos extraordinários para as suas poupanças e investimentos especulativos: os juros a prazo imbatíveis do BPN, os fundos de investimento supostamente garantidos do BPP, o crédito para compra de acções do próprio banco no caso do BCP, etc.
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Numa sociedade ou numa economia desregulamentada, a fraude nunca pode ser uma excepção, como compreenderá qualquer leitor de Thomas Hobbes. Nem a fraude, nem qualquer outra forma de predação: mesmo quem não esteja inclinado ao crime será obrigado a adoptá-lo como estratégia de sobrevivência.
ResponderEliminarNão se trata de os banqueiros ou os ricos serem "maus": trata-se de não terem alternativa; no fundo, de estarem reféns no concreto da sua liberdade abstracta.
A fraude como exceção, ou como regra, na atividade bancária em partiuclar ou na vida humana em geral?
ResponderEliminarEles não sabem
ResponderEliminarnem sonham
Zé Carioca:
ResponderEliminarA fraude como regra na vida em geral, se não houver Estado.